Fio Maravilha by Cabelo do Aimar
Um post fantástico do Vitto Vendetta no Cabelo do Aimar (AQUI) que aproveito para partilhar com vocês:
Em 1972, o SLBenfica de Nené, Simões, Toni, Diamantino e Artur Correia,
deu um saltinho ao Maracanã, para disputar o Torneio Internacional
organizado pelo Flamengo, que contava com Rodrigo Neto, Cairo e, claro
está, com Fio Maravilha.
Fio era, na altura, um jogador pobre, como tantos outros, ainda a dar os
primeiros chutes na equipa principal do Mengão, e, na ânsia de renovar
contrato no defeso de 72, marcou aquele que é o golo mais conhecido em
todo o Brasil, independentemente de poucos o terem visto. Não há
qualquer registo de vídeo desse golo, mas o músico e poeta Jorge Ben (ou
Jorge Ben Jor, como preferirem) imortalizou esse golo, onde, segundo
conta, no último quarto de hora da partida, após sair do banco.
Fio Maravilha driblou Messias Timula e Rui Rodrigues, a dupla de centrais do Benfica nesse jogo. Ao primeiro, despachou-o com um drible curto, e quanto ao outro, bastou-se eficaz uma revienga seguida de uma finta de corpo, para ficar em frente a José Henrique, guarda-redes encarnado, que, prostrado no chão, viu-se ultrapassado pelo 'dentuço' dos rubro-negro, que só não entrou na baliza por respeito e humildade. É assim que Jorge Ben nos conta, e será para sempre assim que esse momento será recordado.
Fio Maravilha driblou Messias Timula e Rui Rodrigues, a dupla de centrais do Benfica nesse jogo. Ao primeiro, despachou-o com um drible curto, e quanto ao outro, bastou-se eficaz uma revienga seguida de uma finta de corpo, para ficar em frente a José Henrique, guarda-redes encarnado, que, prostrado no chão, viu-se ultrapassado pelo 'dentuço' dos rubro-negro, que só não entrou na baliza por respeito e humildade. É assim que Jorge Ben nos conta, e será para sempre assim que esse momento será recordado.
Analisando em concreto, e dada a ausência de provas que sustentem isso, e
à própria confissão de Fio Maravilha 40 anos depois, é provável que o
golo não tenha sido assim tão magnífico, e foi contra uma equipa do
Glorioso que deixava de fora grandes nomes da altura, mas nada disso
deverá menorizar o facto deste ser o golo mais famoso de todo o Brasil, e
de o Benfica estar directamente presente nele. Jorge Ben, presente no
estádio na altura do golo, não mais largou a ideia do que teria sido um
miúdo desengonçado saltar do banco de suplentes para marcar um grande
golo ao colosso Benfica, um dos maiores da Europa, e o maior da
lusofonia na altura. Jorge Ben imortalizou a música, no mesmo ano, ao
produzi-la para Maria Alcina, uma cantora da época, que a interpretou no
Festival da Canção, e gravando depois com a sua própria voz.
Fiquem então com a música, que, certamente todos conhecem, mas poucos saberiam que este golo foi contra o Glorioso.
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