Melhores e Piores E

Voltamos a apresentar esta rubrica agora com os jogadores das seleções do Grupo E, Itália, Bélgica, República da Irlanda e Suécia
. A divisão é feita entre melhores e piores de todas as seleções de cada grupo, tendo cada metade 4 secções: Defesa (incluindo o Guarda-Redes), Meio-Campo, Ataque e Selecionador.


Apreciamos comentários sobre as nossas escolhas!

Melhores - Defesa:
- O tridente de defesas centrais da Itália e da Juventus, composto por Barzagli, Bonucci e Chiellini tem sido espetacular na sua prestação. Destaque para Bonucci como o grande líder desta defesa que eleve o jogo dos seus companheiros e já leva uma assistência;
- Thomas Meunier, a quem foi dado o lugar de defesa direito nos 2 últimos jogos da Bélgica, depois de Laurent Ciman ter sido titular contra a Itália, tem feito boas exibições, dando um óptimo dinamismo à sua ala;
- Victor Lindelöf jogou apenas um jogo na sua posição natural, o único empate da Suécia, tendo sido lateral nas duas derrotas. Não é a sua posição natural e viu-se com problemas na adaptação mas mostra um enorme espírito de sacrifício do jovem central do Benfica;
- Martin Olsson continua a conseguir fazer o corredor esquerdo como uma qualidade excepcional, trazendo grande segurança defensiva e dando um apoio inestimável ao ataque;

Melhores - Meio-Campo:
- Todos os defesas/médios ala italianos até agora têm estado excepcionais. Candreva, Florenzi e Giaccherini têm sido a principal força do sistema tático de Conte, sendo cruciais nos dois momentos mais importantes do jogo italiano: defesa/contenção e transição;
- Nainggolan e Witsel têm sido os melhores do meio-campo belga. O primeiro com o golo da vitória no último jogo e que, depois de ter avançado no terreno no segundo jogo, conseguiu a liberdade criativa que procura ter. O antigo médio do Benfica tem tido a sua presença habitual no meio-campo, quer na função de contenção, quer no apoio ao ataque;
- Brady e Hoolahan são os nomes dos dois heróis da República da Irlanda, por coincidência, ambos jogam no meio-campo. Destaque para Hoolahan que, pelo vigor e garra demonstrados, parece ser bastante mais novo do que os seus 34 anos;
- Emil Forsberg foi o médio sueco que teve maior energia e que mais qualidade teve, especialmente nas suas movimentações e nos seus perigosos cruzamentos;

Melhores - Ataque:
- Éder e Pellé têm produzido os resultados desejados, tendo marcado 1 golo em 2 jogos cada pela seleção italiana. Têm a pouca sorte de jogarem por uma equipa em que a bola chega aos avançados uma vez em cada 15 minutos mas, pelo menos até agora, não têm tido problemas com isso;
- Lukaku, para quem viu o Euro 2016 até agora, será uma escolha estranha para esta lista. É um trapalhão com a bola, ganha poucos lances aéreos e atrasa o ataque. No entanto, tem 2 golos em 3 jogos;
- Ibrahimovic aparece aqui, como outros antes dele, não pelas suas exibições neste Europeu mas porque anunciou a sua retirada do futebol internacional e temos de dar parabéns merecidos a um dos melhores avançados que os grandes palcos já viram;

Melhores - Selecionador:
- Antonio Conte da Itália tem o mérito de pôr uma seleção italiana desfalcada a ganhar e a ganhar como sempre o fizeram. É também um dos únicos treinadores que fazem a dupla função de selecionador e treinador de clube e o seu trabalho na Juventus, de onde saiu agora para o Chelsea, é visível nesta equipa italiana que tem muitos jogadores da vecchia signora;

Piores - Defesa:
- Salvatore Sirigu tem a infelicidade de, num dos poucos jogos oficiais em que tem a oportunidade de mostrar ser o sucessor do grande Buffon, sofre o único golo da Itália na fase de grupos;
- Alderweireld e Vermaelen têm tido prestações insatisfatórias até agora no centro da defesa com muitas responsabilidades pelo 1º golo sofrido contra a Itália e este tem sido o pior sector da Bélgica;
- Granqvist e Johansson, à semelhança do que se passa na seleção belga, o centro da defesa da Suécia foi o que esteve menos bem, especialmente Johansson que entrou para substituir o lesionado Lustig, fazendo com que Lindelöf jogasse à direita na defesa;
- Seamus Coleman era, teoricamente o jogador com mais talento e reputação da República da Irlanda mas até agora não tem mostrado a sua capacidade de explosão ofensiva que o fez ser conhecido. Pode estar a poupar-se para a próxima fase;

Piores - Meio-Campo:
- Thiago Motta tem estado apagado no meio-campo, mostrando alguma debilidade física para conseguir acompanhar os poucos momentos de transição rápida da equipa e tendo alguma dificuldade para conseguir defender de forma efetiva a sua posição;
- Fellaini aparece nesta lista mas pode ter poucas responsabilidades. A verdade é que teve uma prestação horrível contra a Itália mas pode ter sido devido à colocação como médio-centro ofensivo, posição em que se sente menos confortável;
- Aiden McGeady tem, à semelhança de Coleman, aparecido pouco e tem responsabilidades para mais. É um bom avançado mas tem de mostrar mais numa equipa que precisa desesperadamente de velocidade e capacidade criativa;
- Ekdal e Kallstrom estiveram aquém das expetativas no meio-campo sueco e fizeram com que o 4-4-2 adoptado por Erik Hamrén funcionasse de maneira débil e previsível e fosse muito permeável às defesas contrárias;

Piores - Ataque:
- A dupla belga de Mertens e Origi não tem conseguido entrar bem nem resolver alguns dos problemas ofensivos belgas como a qualidade do último passe e a finalização;
- A dupla irlandesa de Keane e Long têm estado mal e os seus 0 golos marcados podem atestar isto, precisando a Irlanda que os seus médios finalizem;
- A dupla sueca Berg e Guidetti não têm toda a responsabilidade na pouca qualidade ofensiva da sua seleção mas pede-se mais a quem joga lado a lado com Ibrahimovic, devido não só a qualidade deste mas também à atenção que lhe é dedicada pela defesa adversária;

Piores - Selecionador:
- Erik Hamrén da Suécia tem alguma responsabilidade por ter feito pouco ajustamentos de jogo para jogo e por ter insistido num estilo de jogo e sistema tático que trouxeram pouco rendimento à sua equipa e que podem ter sido os factores da eliminação da Seleção Sueca;
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O Tempo Passa, a Itália Fica...

O Fura-Redes a acompanhar a fase final do Euro 2016 em França. Analisamos de seguida o Grupo E onde se encontravam a Itália, a Bélgica, a República da Irlanda e a Suécia. Um grupo em que a Itália provou aos seus adeptos, aos média e ao mundo que continua a ser um forte candidato ao título europeu, por muitas críticas que lhe dirijam. A Bélgica fica assim em 2º lugar, decepcionando um pouco mas pior ficou a Suécia com Ibrahimovic a despedir-se cedo do seu último campeonato europeu de futebol.

A Itália é capaz de ser a única seleção mundial que, após mais de 60 anos, continua a praticar o mesmo estilo de jogo com o mesmo sistema tático do 3-5-2. Não desiste do futebol que é chamado por muitos de aborrecido e que provoca resultados "pouco merecidos" mas, quando continua a ser tão efetivo, poucas razões há para mudar. Baseamos a nossa admiração no jogo contra a Bélgica pois a Suécia não tem tantos argumentos e, no jogo contra a República da Irlanda, a Itália sabia estar desde já apurada em 1º lugar (sem poder fugir a um confronto épico contra a Espanha nos oitavos-de-final). A Bélgica era claramente o adversário mais perigoso para o eventual domínio italiano, facto que provaram tanto no próprio frente-a-frente entre os números 2 e 12 do ranking mundial da Fifa, como, e especialmente, nos jogos contra a Irlanda e contra a Suécia. No entanto, o estilo de jogo em que a bola e o espaço são dados ao adversário para permitir contra-ataques rápidos pelas alas ou bolas lançadas nas costas da defesa foi super efetivo contra a Bélgica e selou assim o primeiro lugar do grupo E para a Itália. Embora o percurso para a Itália seja difícil, a começar já pela campeã europeia em título, e haja algumas favoritas ao título final, a Itália tem motivos para estar contente e confiante já que está a jogar a um nível muito semelhante ou superior (embora com estilos completamente opostos) em comparação com a Espanha, França e Alemanha.

A outra equipa que se qualificou neste Grupo E foi a Bélgica. A seleção que muitos dizem ser uma das não-favoritas a poderem causar sérias surpresas, ficou em 2º lugar e, como Portugal, na metade teoricamente mais fraca da fase a eliminar. Fez três boas exibições, sendo que no seu primeiro jogo perdeu para a estratégia e tática italianas e no último teve outra vez alguns problemas na finalização e na organização defensiva. Se talento também não falta à seleção belga, alguns jogadores que têm criado altas expetativas pelas boas épocas conseguidas, ainda não apareceram de forma determinante nesta equipa, os maiores exemplos são De Bruyne e Mertens. Hazard, Lukaku e Ferreira Carrasco são outros que terão de demonstrar mais se a Bélgica quiser chegar o mais longe possível. Entretanto e especialmente nos dois últimos jogos, Nainggolan e Witsel têm se mostrado a óptimo nível no meio-campo belga e portas poderão abrir-se depois deste Euro 2016 em clubes de maior reputação que a Roma e o Zenit respectivamente. A Bélgica parece ter sofrido muito com o futebol mais fechado e direto que todos os seus adversários no grupo praticam e a má notícia é que o seu próximo adversário é a Hungria, que não só pratica o mesmo estilo mas como ficou em 1º lugar do grupo F e está empatada em 1º lugar como o melhor ataque deste Euro 2016.

A República da Irlanda não quis ser a única equipa das Ilhas Bretãs, presentes nesta fase final do Euro 2016 (falta apenas a Escócia) a ficar para trás nesta fase de grupos e apurou-se em 3º lugar tendo feito 4 pontos graças a um empate esforçado contra a Suécia e a uma vitória nos últimos minutos de uma Itália em poupança (entre os muitos jogadores não usados, encontrava-se a lenda viva Buffon). A República da Irlanda terá de agradecer muito ao experiente Wes Hoolahan, jogador de 34 anos do Norwich que já tem uma assistência e um golo e tem compensado a falta de criatividade e eficácia dos seus avançados. É o seu companheiro de equipa do Norwich, Robbie Brady que fica como o herói do apuramento para os oitavos-de-final mas Hoolahan tem sido mais consistente e deverá ser titular no jogo contra a anfitriã França. Não esperamos grande coisa desta República da Irlanda, especialmente no jogo contra os gauleses que jogam em casa e têm muito mais qualidade e talento à sua disposição.

A Suécia ficou em 4º lugar do Grupo E e está assim eliminada do Euro 2016. Tem de ser visto como uma desilusão pois o talento que têm - não falamos apenas de Ibrahimovic - deveria ter sido suficiente para pelo menos conseguirem uma vitória contra a República da Irlanda e lutado por ser um dos melhores 3os. Não o fizeram e também não conseguiram evitar as derrotas contra a Bélgica e a Itália. Ibrahimovic será, muito à semelhança de Cristiano Ronaldo, o 1º a ser culpado e quem verá mais responsabilidades a serem-lhe atribuidas mas, por muito mais que se esperava que o avançado sueco que jogava em França, onde joga pelo PSG, marcasse pelo menos um golo, não é apenas por ele que a Suécia teve esta má prestação no Euro 2016. Tanto Marcus Berg como John Guidetti e o próprio Sebastian Larsson fizeram más exibições e o próprio selecionador insistiu na mesma forma de jogar e no mesmo sistema tático mesmo com os consecutivos maus resultados. Teremos de esperar para ver mas sendo certamente o último Campeonato internacional para Ibrahimovic e muito provavelmente para outras duas referências suecas - Kallstrom e Isasksson - podemos prever tempos algo turbulentos para esta seleção nórdica na procura de outras referências e de jovens talentos para preencher os grandes vazios deixados.
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Melhores e Piores D

Voltamos a apresentar esta rubrica agora com os jogadores das seleções do Grupo D, Croácia, Espanha, Turquia e República Checa. A divisão é feita entre melhores e piores de todas as seleções de cada grupo, tendo cada metade 4 secções: Defesa (incluindo o Guarda-Redes), Meio-Campo, Ataque e Selecionador.

Apreciamos comentários sobre as nossas escolhas!


Melhores - Defesa:
- Juanfran, ainda não fez nenhuma grande exibição, mas tem cumprido bem o papel de lateral direito e tem conseguido ser um bom apoio ao ataque espanhol, à medida de Jordi Alba na esquerda. Posição em que havia mais dúvidas na Espanha, até agora tem sido bem preenchida pelo homem do Atlético;
- Outros dois laterais que estão a cumprir muito bem o seu papel, dando consistência defensiva e ajudando a capacidade ofensiva da Croácia têm sido Strinic e Srna, ambos jogando ao nível que deles se esperava;
- Subasic poderá ser, até agora, o melhor guarda-redes do Euro 2016, não só por ter defendido o penalti de Sergio Ramos, mas também pelas 3 exibições conseguidas. Já sofreu 3 golos, um deles de penalti, mas não teve grande responsabilidade em nenhum deles;
- Kaderabek da República Checa, conhecido pela sua versatilidade teve em bom nível pela sua seleção, na posição atribuída de lateral direito, não comprometendo a sua equipa;

Melhores - Meio-Campo:
- Iniesta da Espanha e Rosicky da República Checa poderão estar a fazer neste Euro 2016 o seu canto do cisne mas ainda demonstram classe, técnica e qualidade em todas as jogadas de que fazem parte. Se houvesse Hall of Fame no futebol, entrariam ambos com facilidade;
- Perisic, com dois golos marcados e uma assistência está a fazer um Europeu de excelência e poderá haver dúvidas sobre a sua permanência no Inter de Milão. Com as suas exibições de qualidade quase faz esquecer a lesão de Modric;
- Ozan Tufan, autor do segundo golo da Turquia no Europeu fez boas exibições no meio-campo da sua seleção e foi um dos poucos que mostrou empenho e criatividade de todas as vezes que tinha a bola no pé;
- Darida e Plasil fizeram ambos uma boa prestação no meio campo defensivo da República Checa e não foi por este sector que a sua seleção ficou eliminada na fase de grupos;

Melhores - Ataque:
- A dupla de Mórata e Nolito, embora tenhamos afirmado consistentemente que não são jogadores para o sistema espanhol, têm ambos mostrado grande qualidade, com Mórata a ter já 3 golos marcados e Nolito a aparecer como um bom elemento no ataque espanhol;
- Kalinic, jogador croata que tem sido alternativa mais vezes do que titular tem já 1 golo marcado e uma assistência, ambos no único jogo que fez a titular. Se as dúvidas relativas à saúde de Mandzukic se mantiverem, a Croácia tem aqui um substituto à altura;
- Emre Mor e Burak Yilmaz foram os jogadores turcos mais inconformados, com Mor, jogador que andava em todas as bocas do mundo como um dos grandes prodígios desta competição a mostrar a sua qualidade e irreverência e Yilmaz a apontar o 1º golo da Turquia na sua vitória contra a República Checa;
- Por fim temos a tripla de pontas de lança da República Checa: Lafata, Necid e Skoda. O primeiro entrou sempre bem nos jogos e mostrou a sua capacidade criativa e os outros dois apontaram entre eles os únicos golos da sua seleção neste Euro;

Melhores - Selecionador:
- ;Ante Cacic que, nesta altura está a ter pouco mérito devido à quantidade e qualidade do talento que tem à sua disposição, sobretudo no meio-campo ofensivo. Mas, temos de ser honestos, e há muitos selecionadores somente neste Euro 2016 que tinham jogadores de qualidade na sua convocatória e já estão eliminados na competição. Parabéns a Cacic mas que a sua boa campanha acabe já nos oitavos!

Piores - Defesa:
- De Gea tem sido alvo de muita conversa neste Europeu, não só pelas alegações contra ele que nada têm a ver com futebol mas sobretudo por ocupar o lugar do grande Casillas. Até agora tem estado mal e teve responsabilidade num dos dois únicos golos sofridos pela Espanha;
- Sergio Ramos é um óptimo central mas a mentalidade positiva não é o seu ponto forte, o que ficou mais uma vez provado por ter falhado um penalti decisivo para a sua equipa. Pode-se também culpar Del Bosque por não aprender com o passado;
- Se a maioria dos laterais das seleções deste grupo se têm portado muito bem, a Turquia é a excepção que confirma a regra com Gönul e Erkin ambos a fazerem fracas exibições, a comprometer a sua equipa nas transições e a não conseguirem apoiar efetivamente o seu ataque;
- Jedvaj é um jogador jovem da República Checa que confessamos admirar mas, no único jogo que entrou a titular, esteve mal e acusou a sua juventude, especialmente na defesa ao experiente Yilmaz. Vrsaljko foi o outro central checo que esteve aquém das expetativas;

Piores - Meio-Campo:
- Bruno Soriano teve finalmente a sua oportunidade pela seleção numa fase final de um campeonato internacional, após outra boa época pelo Villarreal mas ainda não conseguiu o bom enquadramento na equipa espanhola. Sobretudo, ficará para sempre marcado pelo facto de ter entrado no jogo com a Croácia para que a sua equipa não sofresse golos e o contrário aconteceu, numa jogada pelo centro do campo;
- Como já dissemos no artigo anterior, tanto Arda Turan como Nuri Sahin desiludiram neste Euro 2016 e podem ser considerados os grandes culpados pela Turquia não se qualificar para a próxima fase;
- Kovacic é o único jogador do meio-campo ofensivo croata que ainda não mostrou a qualidade que toda a gente lhe reconhece e que lhe valeu a transferência para o Real Madrid na época passada. Esperemos que ele não saiba português e veja isto pois não queremos que ele se lembre de começar a jogar bem agora, contra Portugal;

Piores - Ataque:
- Aduriz, o jogador basco, ícone do Athletic de Bilbao tem sido o que tem mais sofrido em adaptar-se a um estilo de jogo do qual ele praticou pouco durante a sua longa carreira. Prefere jogo directo e jogadas com 3 toques ou menos e, com esta Espanha, isso é difícil de ter;
- Pedro Rodriguez é outro jogador espanhol que tem estado abaixo do nível que demonstrou em anos passados, sobretudo no seu clube de formação, Barcelona, onde o estilo de jogo, sistema tático e a função que tem de desempenhar são praticamente as mesmas;
- Mandzukic pode estar lesionado, e, se isso se confirmar, pediremos desculpas. Mas a nós parece-nos uma lesão para salvar um pouco a reputação do avançado da Juventus que, tanto no seu clube como na sua seleção parece estar à beira de ceder o seu lugar (a Mórata e a Kalinic respectivamente);
- Krejci é um jogador de um potencial estonteante, quer pela sua velocidade, técnica e capacidade de finalização. É, no entanto, ainda pouco trabalhado do ponto de vista da leitura de jogo e no conhecimento tático, aspectos negativos do seu jogo que foram visíveis e que o impediram de boas exibições no Euro 2016;

Piores - Selecionador:
- Vincente del Bosque que, como já referimos, não adapta a forma de jogar da equipa consoante os jogadores à sua disposição, tirando algum rendimento a jogadores como Nolito, Mórata (que podia ter feito o dobro dos 3 golos que já apontou) e Aduriz;
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Culpas e Desculpas

O Fura-Redes a acompanhar a fase final do Euro 2016 em França. Analisamos de seguida o Grupo D onde se encontravam a Croácia, a Espanha, a Turquia e a República Checa. Previa-se um grupo muito equilibrado, especialmente na luta pelo primeiro e terceiro lugares e não desiludiu, com jogos intensos, combativos e cheios de emoção. A Espanha foi a primeira grande favorita a passar como 2º classificado, o que não só aumenta a expetativa de coroarmos um novo campeão europeu, como nos dá um grande jogo para os oitavos de final: Itália vs Espanha.


A Croácia não pode ser considerada surpresa. Não só pela grande qualidade do seu plantel, especialmente no meio-campo, como pelas boas indicações dadas na fase de qualificação, em que conseguiram dois empates contra a Itália, ficando em 2º lugar desse grupo. Mesmo não sendo surpresa, não podemos afirmar que víamos a Croácia a ficar à frente da Espanha e, embora tenhamos previsto um jogo muito intenso sem qualquer certeza da vitória espanhola, não previmos nem o penalti defendido por Subasic, nem o golo tardio de Perisic. É uma seleção que dá gozo em ver, pela qualidade do seu jogo e também por estar a confirmar as expetativas altas que lhe era atribuída mas também ficamos muito apreensivos, visto ser a próxima adversária de Portugal. É uma equipa croata que está a praticar futebol muito atrativo, em que, tendo soberba capacidade técnica e de passe, não se limitam a atrasar o jogo e a esperar pelo erro do adversário, impondo velocidade e criando com facilidades oportunidades de golo. Nesta seleção temos de realçar Subasic e Perisic, os heróis do jogo contra a Espanha, por estarem a exibir-se ao mesmo nível ou mesmo melhor do que as estrelas croatas Modric, Srna, Rakitic, entre outros. Um aspeto negativo nesta Croácia são os adeptos, principais culpados da Croácia não ter feito 9 pontos, através de uma demonstração muito feia nos últimos minutos do jogo com a República Checa que desconcentrou os seus jogadores e originou um penalti que fez com que o jogo terminasse 2-2. Vamos ver se serão factor para o jogo dos oitavos de final contra Portugal ou se irão deixar a sua seleção praticar bom futebol, numa eliminatória entre dois dos principais outsiders da competição, que fica só atrás da Itália-Espanha.

A Espanha, que fica em 2º classificado do Grupo D e começa assim já a desiludir os seus adeptos que esperam mais da campeã europeia em título pode começar, como Portugal já o fez, a culpar determinadas pessoas pela derrota com a Croácia. A culpa é do Sérgio Ramos, a culpa é do De Gea, a culpa é do Selecionador. A nós, embora com a seleção nacional às vezes também caiemos na tentação, parece-nos injusto individualizar alguém. Acima de tudo é preciso realçar a beleza do futebol que foi demonstrada neste grande jogo da fase de grupos entre espanhóis e croatas e em que a fortuna sorriu ao país dos Balcãs. Contudo, se fizermos a análise da Espanha, é óbvio que há elementos que não estão a funcionar nesta seleção, pelo menos tão bem como funcionaram em competições anteriores. Uma equipa precisa de identidade no seu estilo de jogo e, nesta seleção espanhola, este é o 4-3-3, em que o passe e o tiqui-taca são elementos indiscutíveis. No entanto, é preciso adaptação consoante os jogadores que fazem parte da equipa e, parece-nos que é por aqui que a seleção espanhola mais está a pecar.  Com Nolito e Morata na equipa titular, jogadores que têm estilo de jogo muito mais direto nos seus clubes e em que o passe e as oportunidades são criados em um ou dois momentos, não estão a conseguir afirmar-se dentro do estilo de jogo em que a Espanha contabiliza já 2023 passes tentados, 1876 passes conseguidos e uma posse de bola média de 61%. Não estamos com isto a afirmar que são eles os culpados pelo segundo lugar nem que não se deviam convocar jogadores com estilos diferentes de jogo. Estamos apenas a dizer que, se se convocarem jogadores, é preciso haver respeito pelas suas características e que este Euro 2016 pode terminar efetivamente, após o desaire do Mundial do Brazil, o domínio da La Roja e haver alguma mudança nas leis dogmáticas de estilo de jogo, que foram transportadas do F.C. Barcelona.

A Turquia confirma com duas derrotas e uma vitória o 3º lugar do grupo mas, especialmente devido aos 3 golos sofridos contra a Espanha, fica pela fase de grupos, não conseguindo ser um dos melhores 3os e assim, não se qualificando para os oitavos-de-final. A Turquia foi uma ligeira decepção, não só pela derrota pesada sofrida que mencionámos mas também por não ter apresentado argumentos nem criatividade até ao último jogo e, mesmo nesse jogo, a seleção turca não fez o suficiente para garantir o apuramento. É uma seleção que desilude, por ventura não tanto como a Rússia e a Ucrânia, mas que, especialmente ao nível da criação de oportunidade de golos e capacidade ofensiva, se esperava mais do que apenas 2 golos marcados em 3 jogos. Este aspeto é referido de forma geral, direccionado à equipa toda, mas também pode ser almejado a alguém em particular, Arda Turan. Era esperado do médio do Barcelona que fosse o líder ofensivo da equipa turca, que fosse a partir dele que surgissem oportunidades de golo e ajudasse a finalizar. No rescaldo final, foram 3 exibições pálidas do médio turco com outras estrelas a não subirem à altura do momento como Nuri Sahin ou Ozyakup. A Turquia pode também ficar a lamentar-se ao ver os turco-descendentes, Mezut Özil e Emre Can, que jogam pela Alemanha, o primeiro a fazer mais uma grande fase final e o segundo a não ter jogado em nenhum dos jogos da fase de grupos. Ambos poderiam ser suficientes para transformar completamente esta seleção e dar à Turquia maiores expetativas do que ficar eliminado ao fim da segunda semana do Euro 2016.

A República Checa fica no 4º lugar de um grupo D que era o mais próximo de um grupo da morte. Desta seleção checa não se esperava outra classificação, sendo teoricamente a seleção menos completa do seu grupo. No entanto, esperavam-se exibições melhores, dando mais luta quer à Espanha quer à Turquia, seleção muito equiparável à República Checa, quer pelo talento individual, quer pelo sistema tático ou pelo estilo de jogo. Ficam desde já eliminados do Euro 2016 com duas grandes lendas do futebol checo, Rosicky e Petr Cech, a poderem ter feito o seu último Europeu. Neste República Checa que mostrou uma convocatória equilibrada entre juventude e experiência, dos jogadores que tiveram em campo, metade tinha 30 anos ou mais, e vamos ver como será o futuro desta seleção que terá de apostar em Kaderabek, Krejci, Darida e Necid para as suas futuras competições. Parece-nos também imperativo a renovação desta seleção com a maior inclusão de jogadores sub-21 ou pelo menos sub-23, sendo que a experiência demonstrada por esta convocatória não conseguiu trazer alegria a um país que espera muito da sua seleção. Foi uma prestação pobre e levam apenas um ponto, criado a partir de um penalti em tempo de descontos contra a Croácia, que foi assinalado depois de uma situação que perturbou em muito os jogadores croatas.
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Melhores e Piores C

Voltamos a apresentar esta rubrica agora com os jogadores das seleções do Grupo C, Alemanha, Polónia, Irlanda do Norte e Ucrânia. A divisão é feita entre melhores e piores de todas as seleções de cada grupo, tendo cada metade 4 secções: Defesa (incluindo o Guarda-Redes), Meio-Campo, Ataque e Selecionador.

Apreciamos comentários sobre as nossas escolhas!

Melhores - Defesa:
- Howedes e Hector têm sido grandes peças para Joachim Löw nesta Alemanha. O primeiro já reputado mas jogando como lateral, fora da sua posição natural e o segundo, provavelmente o jogador menos cotado internacionalmente dos 23 convocados, ambos com boas prestações até agora;
- Jedrzejczyk e Piszczek, os laterais da Polónia, como os seus congéneres alemães, têm feito exibições de qualidade para a seleção polaca, o que, não sendo surpresa dada a sua indiscutível titularidade, é um óptimo sinal para a fase de eliminação;
- McAuley, Evans e Cathcart, os três centrais da Irlanda do Norte têm cumprido o seu papel e mais além, com Evans a ter posse de bola e a ser, normalmente o príncipio das saídas norte irlandesas e com McAuley a ter feito o golo que deu a liderança mais crucial até ao momento no jogo contra a Ucrânia;
- Shevchuk, o lateral esquerdo ucraniano mostrou nos três jogos disputados, não só grande disciplina tática e posicional mas também vontade e energia para atacar consistentemente e apoiar os jogadores mais avançados;

Melhores - Meio-Campo:
- Schweinsteiger e Blaszczykowski são dois jogadores que, jogando em sleeções distintas, aqui no Fura-Redes admiramo-los muito. Ambos têm feito exibições incosistentes mas merecem este destaque pois fizeram cada um fez um golo após entrar a partir da posição de suplentes;
- Kapustka e Krychowiak, os dois médios mais recuados da Polónia têm sido irreprensíveis, um adjetivo que é normal em Krychowiak, médio experiente do Sevilha mas não tanto para Kapustka, jovem de 19 anos que tem demonstrado ser um verdadeiro prodígio na posição de médio área-a-área;
- Steven Davis já confirmou ser o melhor jogador norte irlandês dos convocados, se não da atualidade. O seu controlo de bola, qualidade de passe, posicionamento e leitura de jogo são factores decisivos para as poucas oportunidades de golo dos adversários e os poucos golos sofridos;
- Tymoschuk é referido aqui por razões completamente diferentes das utilizadas anteriormente. É um jogador que só entrou no final do jogo com a Polónia e não foi factor para nenhum jogo mas, dado o facto que o jogador anunciou a sua retirada do futebol internacional, é preciso referi-lo nesta rúbrica como um dos melhores jogadores ucranianos, atrás, mas não muito, da lenda Schevchenko;

Melhores - Ataque:
- Özil tem feito aquilo que faz sempre, maravilhar. É impressionante como o seu estilo de jogo continua a ser tão efetivo contra quem quer que seja e a sua qualidade de passe e técnica individual são algo que fazem invejar muitos jogadores. Tem sido a par de Müller o melhor da Alemanha;
- Müller é outro dos atacantes alemães em grande destaque, algo que também já nos habitou. Embora tenha o mau hábito de marcar contra as nossas equipas, é um excelente jogador e, parece que as más linguas que diziam que ele só joga bem em Mundiais não está a acertar até ao momento;
- Lewandoski tem 0 golos e já tem sofrido algumas críticas por isso mesmo - não muitas já que a Polónia se apurou em 2º lugar com 7 pontos - mas as suas movimentações no ataque e a sua qualidade de passe tem-se feito notar. Não deve tardar muito para fazer o gosto ao pé neste Euro;
- Yarmolenko e Konoplyanka são talentos excepcionais e, se a Ucrânia faz uma péssima prestação nesta fase final não será por nenhum dos dois, inconformados com cada um dos desaires e empurrando sempre os seus colegas para a frente, dando linhas de passe e criando oportunidades;

Melhores - Selecionador:
- Michael O'Neill da Irlanda do Norte é inegavelmente o melhor treinador do grupo, considerando o talento à disposição dos outros 3. Não fez golos nem defendeu remates mas a sua confiança nos seus jogadores e no sistema tático foi, para nós, um dos grandes factores da vitória e do apuramento para os 8os de final da Irlanda do Norte;

Piores - Defesa:
- Kimmich tem-se mostrado áquem do que se esperava depois da época sensacional pelo Bayern Munique. A transição para lateral não tem sido, aparentemente, tão fácil como foi para Howedes;
- McLaughlin era, á partida, um dos jogadores mais cotados e reputados a nível internacional da Irlanda do Norte mas não tem conseguido boas exibições até agora;
- Pyatov e Kucher, elementos de uma defesa que sofreu 5 golos em 3 jogos e ambos tiveram alguma responsabilidade em pelo menos 3. Dois grandes nomes do futebol ucraniano que parecem estar agora a aproximar-se do fim das suas carreiras;

Piores - Meio-Campo:
- Toni Kroos tem desiludido. Não tem jogado mal nem tem comprometido a equipa de qualquer forma mas espera-se mais do médio área-a-área do Real Madrid que, nesta Alemanha, entrou no onze titular para substituir o grande Schweinsteiger;
- Maczynski é um jogador sem grande reputação internacional, ainda joga pelo muito modesto Wisla, mas é um nome habitual nas convocatórias polacas e esperava-se bastante mais dele, especialmente considerando a última exibição muito apagada contra a Ucrância;
- Ward era apontado como o dínamo da seleção da Irlanda do Norte, aquele que poderia trazer a velocidade e irreverência a uma equipa que de resto é conservadora, lenta e defensiva. Não o tem feito e tem jogado bastante mal, mas, na retrospetiva, ainda não foi preciso;
- Stepanenko, Sydorchuk e Garmash são os jogadores ucranianos que jogam como médios mais defensivos na sua seleção e tem sido nesse sector que a Ucrânia tem consentido mais espaço e em que nenhum dos três foram capazes de fazerem o papel de barreira defensiva ou de apoiar as alas quando assim foi necessário;

Piores - Ataque:
- Draxler, Schurrle e Gotze têm sido, até agora, os piores jogadores alemães. E, embora seja um título pouco prejudicial, visto que a Alemanha consegue os resultados que quer sem eles, espera-se mais deles, especialmente na sua capacidade finalizadora que tem deixado muito a desejar. Vamos ver se algum ou todos os três conseguem fazer melhor nos próximos jogos;
- Milik é o companheiro de Lewandoski. Qualquer um nesta posição será sempre alvo de alguma crítica. No entanto, e apesar de já ter um golo marcado, temos de afirmar que o avançado do Ajax, que teve uma óptima temporada, está a  desperdiçar muitas e boas oportunidades de golo;
- Lafferty e Washington são a dupla de avançados numa equipa da Irlanda do Norte concentrada quase exclusivamente em defender. Elogiando o grande esforço defensivo e sacrificio que ambos estão a demonstrar, continua a ser negativo que nenhum tenha tido parte nos 2 golos marcados pela sua seleção;
- Seleznyov e Sozulya são a réplica ucraniana para aquilo que foi dito sobre os avançados norte irlandeses. Com a diferença que a Ucrânia nos seus dois últimos jogos se preocupou pouco com defender e atacou por várias vezes e de forma coordenada a baliza adversária. Também tem de ser posto em consideração que poderão ficar na história deste Euro 2016 como os avançados da única seleção sem golos marcados (caso a Áustria não consiga marcar golos no seu jogo com a Islândia);

Piores - Selecionador:
- Mykhailo Fomenko da Ucrânia, embora no artigo anterior tenhamos afirmado que não devia ser demitido da sua posição de selecionador, terá de assumir alguma responsabilidade pela fraca prestação no Euro 2016, pelo pouco trabalho tático, especialmente na defesa das bolas paradas que a sua equipa demonstrou em todos os jogos;
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Espólios de Guerra

O Fura-Redes a acompanhar a fase final do Euro 2016 em França. Passamos agora para o Grupo C da Alemanha, Polónia, Turquia e República Checa. Um grupo em que no rescaldo do equilíbrio previsto entre Alemanha e Polónia, quem aproveitou a oportunidade de ficar em terceiro lugar foi a improvável Irlanda do Norte, juntando-se assim à Albânia como a segunda surpresa positiva deste Euro.

A Alemanha confirma o favoritismo, muito à semelhança de outro candidato ao título europeu, a França, com duas vitórias e um empate a 0 com o 2º classificado do grupo, ficando com os mesmos pontos da Polónia, mas com mais um golo no balanço. A Alemanha apresenta-se outra vez muito forte numa fase final, desta vez sem ainda o demonstrar nos resultados e a desperdiçar mais oportunidades de golo do que habitual mas, mesmo assim, a praticar um futebol do mais alto nível e com uma profundidade de plantel que não tem rival neste Euro 2016. A equipa de Joachim Low sente-se igualmente confortável com ou sem bola, sendo uma das poucas seleções com qualidade suficiente para atacar de forma coordenada e metódica e atacar em transição rápida, sendo perigosa e efetiva nos dois estilos de jogo. A eficácia fica, no entanto, como o ponto menos forte apresentado até agora pela seleção germânica. Como dissemos, é uma seleção que cria muitas oportunidades mas, à semelhança de Portugal, nesta primeira fase do Euro 2016, está a ter dificuldades no momento da finalização. 3 golos marcados em 3 jogos é pouco para aquilo que o Mundo ficou a saber possível para a Alemanha em 2014. Responsabilidades podem ser repartidas por todos os jogadores do meio-campo e ataque, com Muller, Ozil, e Gomez a jogarem muito bem mas a falharem alguns lances de golo evidente. No entanto, parece-nos que tanto Gotze, Draxler e Schurrle têm sido os mais perdulários e com evidente quebra de forma ou falta de adaptação ao estilo de jogo ou aos seus colegas. Leroy Sané e Julian Weigl, ambos jovens de 20 anos com boas épocas nos respetivos clubes (Shalke e Dortmund), que ainda não jogaram podem ser alternativas para a fase de eliminação caso esta situação continue.

A Polónia confirma-se como o segundo melhor deste grupo e, de uma forma melhor do que se esperava, sendo o primeiro e único 2º classificado de um grupo neste Euro 2016 a conseguir 7 pontos. Uma fase de grupos sem derrotas conseguida através de um empate 0-0 contra a Alemanha, através de uma boa defesa e consistência tática. Como a seleção Alemã, no entanto, é também uma equipa que parece não muito eficaz ofensivamente, com Lewandoski a ainda não ter conseguido nenhum golo marcado e com Milik, apesar de ter feito um dos únicos 2 golos da seleção polaca, a ser uma figura muito pálida no acompanhamento ao homem do Bayern Munique. É um 4-4-2 clássico que consegue ser muito compacto e impede a criação de espaços entre os defesas e os médios sendo que a única ameaça à sua baliza provém, normalmente, de situações em que os seus adversários aproveitam o adiantamento no terreno de um dos laterais Jedrzejczyk ou Piszczek, muito ofensivos por natureza. É uma seleção que apresenta nas bolas paradas o seu ponto mais forte, quer a defender, com Lewandoski e Milik a porem a sua altura ao serviço da defesa, quer a atacar, o que fazem de maneiras diferentes, quer optando pela jogada estudada, pelo cruzamento ao segundo poste ou pelo canto curto, dificultando assim a execução defensiva da equipa contrária.

A Irlanda do Norte consegue aqui um resultado histórico na sua estreia num Campeonato Europeu de futebol. Apenas a vitória contra a Ucrânia e os 3 pontos num grupo com adversários que teoricamente os humilhariam seria motivo de celebrar. Um golo sofrido face a cada uma das seleções mais fortes do grupo, equipas essas que são teoricamente tão superiores à sua seleção como o céu e a terra, já era um feito grandioso. E, se não bastasse, com os resultados do Grupo D, apuram-se em 3º lugar para a próxima fase do Euro 2016. Parece-nos que ninguém conseguirá pôr fim à enorme festa que a Irlanda do Norte fará neste verão, independentemente dos próximos resultados. É uma das muitas seleções que, compreendendo o seu estatuto e capacidade reduzidos, aposta em 90 minutos de defesa e contenção. Joga num 4-4-2 mas em que todas as linhas jogam muito aproximadas e atrás da bola, mostrando grande sacrifício a nível individual e privilegiando sempre a organização defensiva e o espírito coletivo. Espera depois por 1 ou 2 oportunidades, especialmente nos lances de bolas paradas como foi o seu 1º golo frente à Ucrânia (tendo o 2º surgido numa fase do jogo em que a seleção ucraniana estava completamente desequilibrada na busca frenética pelo golo e pela vitória que dela se esperava), para fazer golo. É uma boa surpresa e, se o seu estilo de jogo é pouco atrativo, no futebol são os resultados que importam e a Irlanda do Norte pode estar muito orgulhosa do que os seus jogadores já conseguiram alcançar neste Euro 2016.

A Ucrânia, que fica em 4º lugar deste grupo C e eliminada desta edição do Campeonato Europeu de Futebol, é um pouco a antítese da Irlanda do Norte, praticando em todos os 3 jogos deste grupo futebol muito bonito, intenso e de qualidade mas fazendo 0 golos, sofrendo 5 e tendo sido eliminada com 0 pontos (é a única seleção de qualquer grupo a não conseguir 1 único ponto e poderá também ser a única a fazer 0 golos se a Áustria marcar no seu próximo jogo). É um Europeu para esquecer para um seleção que tem muito talento e que, lentamente mas seguramente começa a criar expetativas no seu país e no panorama internacional sobre as suas capacidades. Mas, como dissemos anteriormente, são os resultados que mais importam no mundo do desporto e, por isso, frutação e desilusão serão os sentimentos mais normais para esta equipa e para a Ucrânia em geral. Há que sublinhar, no entanto, que, ao contrário da Rússia, não nos parece ser um problema estrutural - criação de talento nacional, estruturas desportivas ou outros elementos aparte do futebol -, e com algum trabalho a nível tático, integrando melhor algumas das jovens promessas ucranianas e fortalecendo o espírito de equipa e o sentido coletivo, é provável que estejam presentes no próximo Campeonato do Mundo e façam melhores prestações. Não nos parece que seja um bom passo o despedimento do selecionador Fomenko e é de realçar o talento demonstrado mais uma vez pelo Kovalenko, Yarmolenko, Konoplyanka e Zynchenko.
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Portugal com caminho livre para a Final

É ver para querer. Portugal ou será 1º ou 3º, só muito dificilmente cairá em 2º lugar. E assim sendo ficará na metade fraca do emparelhamento deste Euro 2016. Por favor ganhem à Hungria rapazes e é esperar que a Islândia não ganhe o jogo com a Áustria pela mesma diferença que a nossa Seleção!


Fonte: visãodemercado.pt
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Melhores e Piores B

Voltamos a apresentar esta rubrica agora com os jogadores das seleções do Grupo B, Inglaterra, País de Gales, Eslováquia e Rússia. A divisão é feita entre melhores e piores de todas as seleções de cada grupo, tendo cada metade 4 secções: Defesa (incluindo o Guarda-Redes), Meio-Campo, Ataque e Selecionador.

Apreciamos comentários sobre as nossas escolhas!

Melhores - Defesa:
- Henessey e Kozacik, guarda-redes do País de Gales e Eslováquia respetivamente, ambos com pouca reputação mas que estão a dar cartas para as suas seleções e estão a conseguir boas exibições frente a alguns dos melhores avançados do Mundo;
- Neil Taylor, lateral/médio-ala esquerdo do País de Gales tem estado a um excelente nível e tem feito todo o seu corredor de forma exemplar, libertando Allen, Ledley, Bale e Ramsey para as movimentações interiores que tanto gostam;
- Kyle Walker, jogando mais recuado que Taylor, tem feito quase o mesmo papel que o galês, apoiando a ataque na direita inglesa e tem estado seguro na área menos boa do seu jogo, a defender;
- Embora a Rússia se tenha apresentado muito mal neste Euro, Schennikov e Smolnikov merecem ser realçados pelo grande esforço que fizeram, tanto a defender como no apoio ao ataque;

Melhores - Meio-Campo:
- A dupla Galesa, Allen-Ledley tem sido fundamental para esta seleção, ambos dando equílibrio e capacidade defensiva e, nos momentos de transição, a capacidade de passe e visão tem sido o ponto chave para a boa execução do sistema tático 5-3-2;
- O outro homem do meio-campo galês merece um destaque particular, não só pelas suas boas movimentações e pela capacidade finalizadora, mas também porque o País de Gales precisava que ele aparecesse nesta fase final do Euro e ele está, até agora, a responder muito bem;
- Outra dupla, agora da vizinha Inglaterra, Eric Dier-Rooney têm sido dos melhores jogadores ingleses e é a graças a estes dois jogadores que o sistema tático escolhido tem sido bem executado, criando várias hipóteses de golo e não permitindo muitos desequilíbrios defensivos ou posicionais;
- Hamsik é um dos melhores jogadores do mundo e é triste que ele ainda não tenha saido de um campeonato italiano que, por aquela ou outra razão, se encontra em rota descendente. Tem feito exibições muito boas e tem sido o líder da seleção Eslovaca;
- Pelas razões que mencionei no artigo anterior, Pecovsky merece esta distinção. O equilíbrio e tranquilidade que veio dar a esta seleção eslovaca que ainda não perdeu com ele a titular é inestimável;

Melhores - Ataque:
- Gareth Bale, actualmente o melhor marcador isolado do Euro 2016 e que tem revelado um compromisso forte com esta missão de fazer da estreia do País de Gales, a melhor possível;
- Vladimir Weiss (o jogador) tem sido o mais perigoso e também o mais certeiro do tridente ofensivo eslovaco, sendo o único que já marcou neste campeonato;
- Robson-Kanu merece figurar aqui porque, mesmo não sendo a razão pela qual o País de Gales está a jogar bem, marcou o golo da vitória sobre a Eslováquia e, sobretudo, não respondeu negativamente quando o seu selecionador não o colocou a titular;

Melhores - Selecionador:
- Chris Coleman tem de ser considerado o melhor selecionador do grupo B, simplesmente pela razão de ter apurado em 1º lugar uma seleção de que não se esperava muito. No entanto, há que acrescentar a este facto, a forma como esta seleção apresenta um sistema tático muito bem conseguido, o que revela muito trabalho e preparação e também a forma como faz substituições importantes nos momentos chave dos jogos;

Piores - Defesa:
- Joe Hart não tem estado ao nível dos cinco melhores guarda-redes europeus, prestígio que parece consensual para o guardião inglês. Tem responsabilidade em dois dos golos sofridos e transmite pouca confiança aos elementos da sua defesa, algo que bem precisam;
- O seu colega de posição russo teve, mesmo assim, exibições muito piores com 6 golos sofridos em 3 jogos, num média de 2 golos sofridos por jogo. Já dissemos que há muita responsabilidade nos elementos da defesa russa mas...;
- E são os mesmos, os defesas centrais russos, os próximos a serem vítimas do título de piores. Se, a idade, teoricamente, não é impedimento para jogar bem, não é este o caso de Ignashevich e Berezutski que acusaram a sua muita experiência e foram responsáveis, em parte, pela fraca prestação russa neste Euro 2016;
- Gyomber, o lateral direito da Roma teve em grande nível pelo seu clube esta época e já vem provado que é um bom jogador. Neste Euro, no entanto, não conseguiu aproveitar a oportunidade concedida por Weiss, fazendo uma pobre exibição;

Piores - Meio-Campo:
- A dupla galesa Edwards/Williams está, até agora, a comprovar aquilo que já era algo óbvio: a diferença é abismal entre as primeiras e as segundas opções para o meio-campo do País de Gales e tem de ser motivo de preocupação porque nenhum dos dois parece estar à altura de substituir Allen, Ledley ou Ramsey se estes se lesionarem ou forem suspensos;
- Delle Alli é outro jogador que deu um verdadeiro salto esta época pelo Tottenham mas que, nesta fase de grupos do Euro 2016 tem estado aquém das expetativas. Enquanto que há jogadores que se movimentam pouco ou com menos qualidade, Alli é o contrário, movimentando-se demais e prejudicando a boa articulação do meio-campo e do ataque inglês;
- Hrosovsky era a grande aposta do selecionador Vladimir Weiss para o meio-campo eslovaco, não tendo jogado nenhum dos jogos de qualificação mas jogando todos os amigáveis de preparação para o Euro. Foi uma aposta gorada e o próprio selecionador colocou Pecovsky no seu lugar nos dois jogos seguintes devido à forma como o jovem eslovaco não conseguiu segurar a bola e dar bom apoio aos centrais;
- Golovin/Shirokov aparecem aqui juntos não porque jogam com as mesmas funções ou na mesma área do campo mas porque ambos carregavam muitas expetativas e acabaram por ser dois dos piores jogadores russos nesta fase final do Euro 2016;

Piores - Ataque:
- Globalmente, todos os atacantes deste Grupo B têm estado menos bem, com metade dos golos marcados pelas seleções deste grupo a serem apontados por defesas ou pelo meio-campo;
- Sam Vokes e Dzyuba eram titulares indiscutíveis das suas respetivas seleções do País de Gales e da Rússia mas ambos acabam esta fase de grupos com muitas oportunidades e 0 golos marcados;
- O tridente ofensivo titular da Inglaterra tem estado a exibir-se pior do que se esperava quando se antecipou o talento agregado deste sector inglês. Tanto Sterling, Lallana e Kane têm sido muito perdulários e não parecem combinar muito bem uns com os outros, procurando mais facilmente a jogada individual do que os seus colegas. Os três têm 0 golos marcados enquanto que os seus substitutos, Vardy e Sturridge, têm 1 golo cada;
- Duris e Nemec, avançados eslovacos também não têm tido nem talento nem sorte e estão a branco neste Euro 2016, provocando a experiência de Weiss de colocar Duda como ponta-de-lança;

Piores - Selecionador:
- Leonid Slutski, o selecionador russo. Se não concordam, perguntem ao próprio pois ele já se demitiu do seu cargo logo após a derrota com o País de Gales que o eliminou do Euro 2016. Verdade seja dita, a responsabilidade desta derrota parece-nos melhor colocada nos jogadores russos mas o selecionador tem também de assumir culpas pela má prestação da Rússia nesta fase final. Apostou forte num estilo de jogo de contenção e de procura das bolas paradas, algo que lhe valeu a qualificação e também o único ponto ganho mas precisavam de assumir o jogo de forma eficaz contra a Eslováquia e o País de Gales, assim não fizeram e foram eliminados;
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U(ma) R(ússia) S(em) S(oluções)

Ontem tivemos mais uma jornada de Euro 2016 e com ela, os últimos jogos do Grupo B. Foi um grupo que nos trouxe jogos com qualidade e intensidade como, aliás, era previsto. Um grupo bem discutido com as três primeiras posições a serem decididas na última jornada. Menos previsível foi o resultado final num grupo em que o País de Gales venceu em 1º lugar e em que a Rússia foi eliminada com apenas um ponto e dois golos marcados. A Inglaterra cedeu assim o 1º lugar do grupo ao país vizinho e a Eslováquia tornou-se o primeiro 3º classificado de um grupo a conseguir 4 pontos.


O País de Gales consegue aqui um grande feito com uma apuramento em 1º lugar de um grupo, teoricamente e na prática também, muito difícil. Ao fazer 6 pontos, duas vitórias e uma derrota, iguala assim a Croácia como segunda melhor estreante na fase de grupos de um Euro, ficando apenas atrás da Suécia que em 1992 conseguiu 2 vitórias e 1 empate. E aqui, temos de admitir que a nossa previsão errou, nós que colocámos o País de Gales apenas com um ponto e a ser eliminado da fase de grupos. Não servindo de desculpas, preocupou-nos, especialmente o prolongamento da Final da Liga dos Campeões, em que Gareth Bale parecia exausto e não conseguia correr e, em alguns momentos, nem consegui manter-se de pé. Gales com esta boa performance no Grupo B veio provar ao menos duas coisas: que não é Bale-Dependente (com Ramsey, Ledley e outros a assumirem a sua responsabilidade), e que a própria estrela nacional ainda tem muito combustível no tanque (e está altamente motivado) para atacar a próxima fase desta competição, sendo nesta altura o melhor marcador isolado do Euro 2016 com 3 golos marcados. Mesmo que continue a não ser favorita para chegar às meias-finais, afirmou com muita segurança que tem ambição para tal e os seus adversários terão que ter muito cuidado com esta seleção perigosa , mesmo letal no jogo de contra-ataque e transição rápida que executam perfeitamente (ou muito perto).

A Inglaterra faz mais uma fase de grupos em que, desilude e ao mesmo tempo corresponde às expetativas. A desilusão vem sobretudo porque é uma seleção com reputação, com enorme talento e com boa capacidade tática e organizacional. Mas, nos últimos campeonatos europeus, apresenta-se sempre com futebol muito bonito, capacidade ofensiva extraordinária mas, sem conseguir os resultados que seriam produtos normais das suas exibições. Uma seleção que, neste Euro 2016, mostrou-se um pouco diferente do 4-4-2 habitual, tanto a nível do desenho tático que muda constantemente de um 4-4-2 para um 4-3-3 como dos jogadores que o selecionador escolhe para cada posição. Tanto Eric Dier e Wayne Rooney não são médios de área-a-área, sendo que o primeiro é médio defensivo e de contenção, e o Rooney é, como toda a gente o sabe, ponta-de-lança. Ou seja, à partida é impossível que joguem lado-a-lado e o selecionador não lhes pede isto. De facto, é o próprio Delle Alli, que, apresentado como segundo avançado, tem aparecido ao lado de Rooney, um pouco mais à frente para dar linhas de passe mas provocando um desenho no campo de um 4-3-3 com médio defensivo e dois médios ofensivos. A tática, no entanto, não é a razão pela qual a Inglaterra tenha falhado na finalização, até tem ajudado bastante no processo criativo ter Rooney mais atrás, ele que tem estado exímio na sua qualidade de visão, passe e cruzamento, algo que já não víamos dele há algumas épocas. Aqui, os principais culpados pela Inglaterra não ter 9 pontos neste grupo são os avançados, especialmente Sterling e Lallana que se têm exibido muito abaixo do que mostraram nos seus clubes, falhando oportunidades, aparecendo frequentemente em fora-de-jogo e a não conseguirem executar a sua capacidade de explosão e jogo vertiginoso que deles se espera. Não havendo muitas alternativas para os extremos na seleção inglesa, Roy Hodgson terá de pensar se não será melhor deixar as alas para Walker e Rose, e colocar mais jogadores no centro do campo (Dier-Rooney-Wilshere-Alli-Sturridge-Kane).

A Eslováquia tem de estar contente por ter sobrevivido neste grupo. Não só pelos quatro pontos que lhes devem garantir ser um dos melhores 3os qualificados, mas porque não têm tido exibições tão fortes como deles se esperava. Se o empate de ontem, especialmente na segunda parte do jogo com a Inglaterra, foi produto da matemática que lhes permitiria passar para a próxima fase, os dois jogos anteriores foram um pouco abaixo do que o talento e a experiência dos seus jogadores sugere, especialmente contra o País de Gales, em que houve pouca força e criatividade no meio-campo. Hrsovosky acusou um pouco a sua pouca idade e experiência num grande palco tendo tido uma exibição muito pálida numa posição crucial de trinco para quem joga com uma seleção que aposta tão forte em transições e no contra-ataque. O Selecionador leu bem e começou nos outros dois jogos com Pecovsky, que, para além de ter trazido muito mais confiança no sector defensivo Eslovaco, libertou Kucka e Hamsik para exercer as funções que estão habituados nos seus respetivos clubes, de criação, encurtar linhas e aparecer atrás do ponta-de-lança. Veremos como irá correr a fase de eliminação a esta seleção estreante (desde a separação da Checo-Eslováquia) num Campeonato Europeu, se lá chegarem (matematicamente seriam precisos muitos resultados combinados para não conseguirem passar com 4 pontos e  um balanço de golos neutro, mas nunca se sabe). Outra pergunta para Vladimir Weiss será o ponta-de-lança solitário neste sistema tático de 4-3-3. Tanto Nemec como Duris ainda não têm nenhum golo marcado e, a procura de soluções neste sector é óbvia, com Weiss a colocar Ondrej Duda (médio) como jogador mais avançado no último jogo. Veremos se ele consegue resolver este dilema antes do próximo jogo que o colocará frente a frente a um dos favoritos para este Europeu, a Alemanha ou a Espanha.

Chegamos por fim à Rússia e, se existe alguma justiça poética que esta seleção tenha sido já eliminada devido às ações criminosas dos seus adeptos, aqui não gostamos de bater no ceguinho. Importa sublinhar que uma seleção que consegue apenas um ponto está já apurada para o próximo Campeonato Mundial de 2018, que a Rússia irá organizar. A razão para isso é, claramente, não desportiva mas não deixa de ser triste a proteção que este país está a ter. Independentemente, a nível futebolístico, a Rússia parece ter sofrido um pouco com a superior dimensão mediática que o seu campeonato nacional está a ter. Todos sabemos que com maior atenção internacional, os campeonatos procuram talento estrangeiro - jogadores e treinadores - o que prejudica um pouco a formação de jogadores russos. Isto é evidente, especialmente no sector defensivo, onde os irmãos Berezutski e Ignashevich têm já 34 e 36 anos respetivamente. De facto, o mais novo jogador russo é Kolovin com 20 anos tendo o resto dos convocados, 25 anos ou mais. Kolovin que junta-se a um grupo alargado de jogadores russos com talento e de quem se esperava muito para fazer a Rússia passar a fase de grupos e ir ainda mais além, tem desiludido, tanto nas suas exibições como na pouca motivação, energia e vontade que demonstraram nestes jogos. Pode-se dizer, em certa medida, que o único ponto conseguido pela Rússia, acabou por ser muito negativo para a própria seleção que poderá ter pensado que. mesmo sem jogar nada ou perto, poderiam fazer pontos e passar à fase seguinte. Para o futuro, é preciso avaliar esta prestação com calma mas a nós parece-nos que uma restruturação, não só na prórpia seleção como no campeonato russo é necessária, se razões faltassem, 17 dos convodados jogaram neste campeonato europeu e apenas 6 clubes foram representados (7 do CSKA Moscovo, 4 do Zenit, 2 do Spartak Moscovo, 2 do Krasnodar, 1 do Schalke e 1 do Lokomitv Moscovo).

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Melhores e Piores A

O Fura-Redes continua a acompanhar o Euro 2016, desta vez com a análise das exibições individuais da Fase de Grupos, que agora entra na sua última jornada, começando pelo Grupo A da França, Suíça, Albânia e Roménia. A divisão é feita entre melhores e piores de todas as seleções de cada grupo, tendo cada metade quatro secções: Defesa (incluindo o Guarda-Redes), Meio-Campo, Ataque e Selecionador. Apreciamos comentários sobre as nossas escolhas!


Melhores - Defesa:

- Sapunaru e Chiriches na defesa, apesar de já serem jogadores experientes, foram sólidos na contenção defensiva e, especialmente o antigo jogador do Porto, no apoio ao ataque e no momento de transição para o ataque;
- Sommer, guardião suíço responsável de defesas fantásticas e que tem dado bastante segurança a Djourou e a Schär);
- Berisha, o guardião albanês, especialmente pelo jogo em branco contra a Roménia que confirmou o pouco provável 3º lugar para a sua seleção;
- Hysaj que tem defendido de forma excepcional o seu lado e que tem dado um importante apoio nos poucos momentos ofensivos da equipa;

Melhores - Meio Campo:
- Kanté, pela raça e determinação e Sissoko pelo dinamismo que deu à França no último jogo;
- Chipciu, Pintilii (a maior surpresa desta seleção) que deram consistência tática e capacidade física à seleção Romena;
- Granit Xhaka que tem feito grandes exibições no meio-campo e, embora seja uma figura muito jovem, está a transformar-se no líder da seleção helvética;
- Lenjani, Kukeli, Roshi e Abrashi têm sido consistentes no meio-campo albanês, forçados a ter funções mais defensivas e cumprindo bem o papel dos momentos de transição da equipa;


Melhores - Ataque:

- Dimitri Payet (se razões faltassem, está empatado em 1º para o melhor marcador da competição);
- Stanciu, único jogador romeno com dinamismo e criatividade suficientes para este nível;
- Breel Embolo que, à semelhança de Stanciu na Roménia, é o único jogador do ataque suíço que tem mostrado boa movimentação e dinamismo;
- Sadiku, avançado albanês que apontou o único golo, até ao momento, da sua seleção;

Melhores - Selecionador:
- Didier Deschamps, além dos 7 pontos, não teve medo de pôr as suas maiores estrelas no banco, mesmo num jogo em que havia muito para decidir e que experimenta opções sem prejudicar o rendimento da equipa.

Piores - Defesa:
- Adil Rami que se está a ver aflito para preencher os grandes sapatos de Varane e Mathieu e que, a partir de agora, enfrentará adversários muito melhores na sua técnica e velocidade.
- Tatarasanu que, apesar de ter fez boas exibições e de ter mostrado que não é só apenas um gigante na baliza, falhou no momento mais crucial desta competição, no golo sofrido contra a Albânia;
- Lorik Cana e Mavraj, defesas centrais, têm-se exibido aquém do que se esperava, conseguindo defender mas a mostrar debilidades físicas que têm provocado espaços abertos aos atacantes adversários, algo que foi notório especialmente nos últimos 20 minutos do jogo com a França;

Piores - Meio Campo:
- Taulant Xhaka que está a acusar a sua juventude, tem estado mal a nível posicional, lento nas coberturas e sem capacidade de apoiar as sortidas ofensivas da sua equipa;
- Paul Pogba não tem assumido o estatuto de melhor jogador francês da atualidade, revelando lentidão na transição e algumas más decisões. Tem jogado bem, mas espera-se muito mais;
- Dzemali, grande referência do meio-campo suíço tem tido poucos momentos de qualidade e tem também responsabilidade pela falta de dinamismo e criatividade do ataque suíço;

Piores - Ataque:
- Griezmman, Coman e Martial (muito abaixo do que a sua reputação e clubes atuais indicariam, sem capacidade criativa e movimentação muito previsível);
- Adrian Popa e Alibec que tiveram exibições pouco satisfatórias em qualquer dos jogos e não conseguiram ser determinantes para a sua equipa nos momentos de ataque;
- Mehmedi, Shaquiri e Seferovic, os jogadores que compõe o tridente ofensivo titular da seleção suíça têm-se mostrado muito estáticos, perdulários e, perdoem-nos a expressão, inofensivos nesta fase de grupos;

Piores - Selecionador:
- Iordanescu, selecionador romeno que teve pouca capacidade de ler os jogos e trazer soluções à equipa e que não apostou em Gabriel Torje desde o inicio, prejudicando a confiança deste jogador.
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Lógica, Previsões... Albânia!

O Fura-Redes a fazer a revisão da fase de grupos, começando pelo Grupo A da anfitriã França, da Suíça, Roménia e Albânia. Se maioritariamente a lógica prevaleceu no grupo com a França a passar em 1º e a Suíça em 2º, o grupo A já originou a primeira surpresa deste Euro 2016 com o nome de Albânia.

A França acaba esta fase de grupos como se esperava, em 1o lugar do grupo com exibições qb. De facto, a seleção francesa não está a conseguir encontrar o seu melhor futebol, nem coletivamente, nem individualmente, à exceção do herói improvável, Dimitri Payet, jogador do modesto West Ham que tem conseguido exibições muito acima de Pogba (Juventus), Griezmman (Atlético), e Coman (Bayern Munique). Mas este pouco rendimento, para além de ser esperado, foi acompanhado pelos golos e pontos necessários para passar este grupo em primeiro e, como o Fura-Redes previu, foi um bom treino para quem tem a obrigação de ir até à final e mais longe.


Treino e experiências que têm sido comprovadas pelo selecionador francês, Didier Deschamps que tem aproveitados os primeiros jogos oficiais desde 2014 (já que a França qualificou-se diretamente para o Euro que organiza) para fazer rodar a equipa, sendo que 16 dos 23 jogadores já entraram a titular nos jogos, e não falta estrear mais nenhuma das opções de Deschamps para o meio-campo e para o ataque. Não podíamos deixar de assinalar também a ajuda preciosa que a França tem recebido da arbitragem, home cooking, cozinha caseira, como dizem os americanos. Mesmo assim, passam merecidamente em 1o lugar e esperam agora confortavelmente a próxima fase, tendo assegurado não só um adversário teoricamente mais fraco como também mais 24h de descanso e preparação do que teria sido se tivessem passado em 2º lugar.

À semelhança da França, a Suíça também comprovou as previsões para este grupo com um 2º lugar merecido, conseguindo evitar qualquer derrota e passando, com 5 pontos, para a próxima fase pela 1ª vez na história da sua seleção. No entanto, comprovou também que é uma seleção com poucas hipóteses de ir longe no Euro 2016, especialmente na sua capacidade ofensiva, fazendo apenas 2 golos em 3 jogos. É verdade que a nível defensivo é uma seleção forte, passando a fase de grupos com apenas um golo sofrido de penalti, tanto pela qualidade individual do defesas e do seu guarda-redes Sommer, como na sua organização tática, capacidade de entre-ajuda das diferentes linhas e coesão da equipa. Granit Xhaka tem sido o principal elemento desta seleção pelo esforço defensivo, capacidade de sair rápido com bola e a sua qualidade de passe, tendo, até agora, feito esquecer a não-inclusão do antigo capitão helvético, Gokhan Inler. Por outro lado, os médios ofensivos e os avançados desta seleção têm deixado muito a desejar e nada indica que darão o salto na fase a eliminar. A Suíça fica agora a aguardar o seu adversário nos 8os de final que já sabe ser o eventual  2º classificado do grupo C (as hipóteses são a Alemanha, a Polónia e a Irlanda do Norte, sendo bastante fácil adivinhar quem é que a nação helvética está a rezar para evitar e para enfrentar).

A Albânia, seleção de quem já falámos acima, causa assim a primeira surpresa nas classificações finais dos grupos ficando em 3º lugar do grupo com 3 pontos e eliminado a Roménia. Os romenos, no entanto, não foram as primeiras vítimas desta equipa, sendo que Portugal já perdeu às mãos da seleção albanesa, derrota que custou o lugar de selecionador a Paulo Bento, abrindo as portas na altura para Fernando Santos assumir a liderança tuga. Bento nesta altura deve-se sentir agradecido aos albaneses por terem confirmado que essa derrota não foi apenas um momento miraculoso dos albaneses mas uma afirmação que esta seleção pode provocar surpresas aos adversários menos preparados. A Albânia que pareceu conformada com as primeiras derrotas, tanto contra a França como contra a Suíça e apostou tudo no último jogo, sobretudo na segunda metade da primeira parte do jogo contra a Roménia, assumindo o comando do jogo e mostrando a sua capacidade ofensiva que lhe valeu um golo (lance em que Tatarusanu, guardião romeno, tem, no mínimo, alguma responsabilidade). Resta saber se esta aposta completa no 3º lugar e em 3 pontos, como se fosse poker, é recompensada, dependendo agora de terceiros para conseguir fazer parte dos 3os classificados que passam aos 8os de final. Mas, se passar, terá provavelmente de medir forças ou com a Inglaterra ou com a Alemanha.

A Roménia fica assim com a péssima conotação de primeiro eliminado e, também, de primeira desilusão deste Euro 2016. Foi uma equipa que teve um percurso descendente, tendo começado de forma muito positiva face à anfitrião França, tendo feito suar os gauleses, causar muitos nervos a milhões de francês e fazer com que a arbitragem assumisse um papel de protagonista nesse jogo. Seguiu-se uma boa exibição frente à Suíça que lhes valeu o empate e o único ponto da seleção romena nesta fase final do Euro 2016. No entanto, desiludiu muito no único jogo que se esperava uma vitória, não tendo sido capazes de comprovar o seu favoritismo. Jogo também em que mostraram, especialmente na segunda parte, não conseguirem aguentar com o peso da sua superioridade teórica e com a pressão de um país inteiro. Foi um jogo pobre da Roménia, não tendo conseguido assumir a posse de bola, sofrendo muito nas transições rápidas da Albânia e com zero dinamismo e eficácia no último terço do campo. Fica a exibição contra a França como a única boa lembrança desta seleção que fica assim eliminada deste campeonato Europeu.
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Como Fernando Santos construiu uma equipa

A partir de uma ideia elementar - dar as melhores condições ao melhor jogador (CR, claro) -, puzzle foi sendo montado. Ausência de pontas-de-lança e abundância de médios ajudaram a encaixar as peças

Há muito tempo que Fernando Santos sabe como quer que Portugal jogue neste Europeu. Ou qual o modo teoricamente mais eficaz de organizar os jogadores em campo. Sigamos os passos:

1 - Percebeu cedo que não é possível ter a equipa equilibrada com Cristiano Ronaldo colocado na ala esquerda. O jogador que melhor ataca é também o que menos defende - e não há mal nisso, Messi também é assim. Pelo que, quando o adversário tem a bola, não se pode contar com CR7 para ocupar com eficácia um corredor lateral. Paulo Bento fez a enésima tentativa de o conseguir no Mundial do Brasil, pedindo a Raul Meireles ou Moutinho que fechassem o lado esquerdo, mas não foi bem-sucedido. No Real Madrid, alguém tem de se colocar na proteção ao lateral Marcelo, seja James ou Isco (quando jogam) ou até Kroos (também por isso a equipa melhorou com Casemiro, que permite a Kroos estar mais perto de acudir ao flanco). Ronaldo já não é um extremo a atacar - cada vez mais um avançado-centro, com liberdade para surgir onde possa cheirar o golo - mas sobretudo nunca foi um ala a defender. Por aqui, o sistema de jogo estava encontrado e partia de uma estrutura 4-4-2, em que Ronaldo estava dispensado de tarefas defensivas;
2 - A seguir, o selecionador procurou mas nunca encontrou o ponta-de-lança que pudesse ser o complemento para Ronaldo. Postiga já não era o mesmo, André Silva ainda não é o que irá ser, Lima não estava naturalizado, Nelson Oliveira lesionou-se após uma época interessante, a Hugo Vieira faltava dimensão e Éder, a despeito do bom momento que atravessa, não é nem um titular óbvio nem o parceiro tático ideal para Ronaldo. Consequência: o 4-4-2 ia viver de mobilidade dos dois homens da frente e, falhada também a experiência Danny - mais forte de trás para a frente, testado antes de se lesionar -, restava Nani, pela qualidade e pelo sentido tático que desenvolveu com os anos e lhe permite jogar mais atrás ou mais à frente, nos corredores laterais como na zona central. Só o momento exuberante de Quaresma alterou o curso deste raciocínio linear, embora a pequena lesão que o afeta deva fazer que Portugal comece o Euro com o onze previsto até há um par de semanas;

3 - Na defesa, um problema: a maturidade dos centrais tem no reverso da medalha um défice de velocidade. Pepe é a exceção, apesar dos 32 anos, que as demais opções são jogadores que nunca foram rápidos, como Bruno Alves e Fonte, e Ricardo Carvalho, que, apesar da classe natural e nos seus incrivelmente competitivos 38 anos, não se desloca com a rapidez de outrora. A consequência é a dificuldade em controlar a profundidade defensiva, ou seja, quanto mais metros a seleção quiser ter entre a linha defensiva e a sua própria baliza, mais dificuldade terá em não sofrer com os lançamentos longos do adversário. Além de que, para se protegerem da falta de velocidade, os próprios jogadores acabam por fazer que a equipa jogue menos subida, comprometendo a intenção - que parece evidente para os primeiros jogos - de pressionar mais alto os adversários (e o que define se o bloco está a pressionar mais ou menos alto é precisamente a colocação da linha defensiva);

4 - A ideia de jogo inicial poderia ser a de um bloco menos subido, para conceder menos espaço nas costas e proteger os centrais, aproveitando o espaço à frente com a velocidade de Ronaldo, Nani, mas também Quaresma ou Rafa. No fundo, Portugal voltaria a apostar mais no contra-ataque como fez noutros campeonatos, reconhecendo não ter alguns jogadores essenciais para proceder de outra forma. Dois fatores vieram alterar este cenário: o sorteio da fase de grupos, que colocou Portugal perante equipas teoricamente mais frágeis e que dificilmente assumirão iniciativa de jogo, e a emergência de vários médios de qualidade, como João Mário, André Gomes, Adrien e Renato Sanches, que, com Moutinho, reclamam que a seleção queira ter a bola mais tempo, assumindo maior controlo de jogo e esperando em posse o momento certo, seja para acionar os avançados ou mesmo os laterais levezinhos e de perfil ofensivo (Raphael Guerreiro e Cédric) que exploram os corredores;

5 - É esta existência de médios de qualidade mas também rotativos que permite a Fernando Santos pensar numa pressão mais alta nos primeiros jogos - a começar hoje e tal como ensaiado com a Estónia - e foi por isso o recado a Danilo após o último teste, que um bloco só é eficaz se avançar e recuar de modo compacto. A ação de Moutinho, de garantir a pressão no corredor central perto da área contrária, tem de ser acompanhada de uma subida do médio defensivo e dos centrais de modo a atingir os objetivos estratégicos: impedir que a Islândia tenha espaço para sair a jogar e permitir que Portugal recupere a bola mais perto da baliza contrária. Ofensivamente, há sempre dois médios - João Mário e André Gomes - que surgem da ala para dentro, para jogar em espaços curtos na aproximação aos atacantes, mas que também sabem variar e atacar "por fora", mais junto à linha, de modo a tornar o jogo menos previsível;

Uma nota final de aviso: a Islândia não é o adversário mais forte para já - será a Áustria -, mas também não é a Estónia. Mais: foi segunda no grupo de qualificação que provocou a principal ausência deste Europeu, a da Holanda, a quem os islandeses ganharam duas vezes.

UM DUELO A SEGUIR

Ronaldo vs. Sigurdsson

Entre os 300 mil habitantes da Islândia, dois futebolistas se destacaram nas últimas décadas e estão ambos em França: Eidur Gudjohnsen, antigo jogador do Barcelona e que aos 37 anos recebe um prémio de carreira, e Gylfi Sigurdsson, o craque atual, a jogar no Swansea da Premier League, onde sempre brilhou mais do que na passagem pelo Tottenham. Se Portugal tem um jogador estratosférico, Ronaldo, a Islândia tem em Sigurdsson alguém claramente melhor do que os demais, autor de seis golos no apuramento, incluindo os três que ditaram vitórias frente à Holanda. Cristiano Ronaldo é o que sabemos, talvez o avançado mais completo da história do futebol, e com certeza um dos melhores. Corre como poucos, chuta como ninguém, mas também assiste, dribla e cabeceia. E ainda tem tomahawks guardados para quando a bola não mexe. Gylfi Sigurdsson não sobe tão alto mas é cérebro e técnica, médio que organiza, que progride, passa e finaliza. Dele depende a melhor Islândia e dos seus pés sairá o perigo maior para a baliza de Rui Patrício.


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Uma Estreia de Sonho

O Fura-Redes a acompanhar todos os jogos do Euro 2016. Agora no jogo inaugural do grupo B - País de Gales vs. Eslováquia -, grupo que é recheado de talento e do qual se esperam jogos muito competitivos e futebol de qualidade. Um jogo que se esperava ser dos primeiros a ser renhido e entusiasmante e foi isso que se verificou com uma vitória do País de Gales sobre a Eslováquia. Ênfase também para o facto que tanto o País de Gales como a Eslováquia (enquanto nação independente) fazerem a sua estreia numa fase final de um Euro.

O País de Gales a apresentar-se num 3-5-2, sistema que começou a ser usado a
meio da fase de qualificação e que, em conjunto com os golos de Bale, foi o factor determinante para o apuramento. 3-5-2 com os três experientes centrais atrás, Taylor na esquerda e Gunter na direita a fazerem toda a ala, quer a defender quer a atacar, Ramsey, Edwards e Allen no meio-campo e Jonathan Williams a fazer companhia a Gareth Bale como jogadores mais avançados. Sistema tático surpreendente visto que se esperava uma formação e um jogo mais defensivo do País de Gales, esperando oportunidades para a capacidade criativa de Ramsey e a velocidade de Bale. Surpresa também pelas escolhas de Ward, Edwards e Williams para o onze titular pelo selecionador galês Coleman que deixa Hennessey (o guarda-redes totalista na fase de qualificação), Ledley, Vokes e Robson-Kanu no banco.

Do outro lado, menos surpresas para uma equipa Eslovaca que tinha ganho num amigável 3-1 contra a Alemanha. Alinhou com um 4-5-1 que funcionou como 4-2-3-1 a atacar, com Hrsovosky e Kucka como médios mais defensivos e de conteção, Hamsik como médio criativo atrás de Duris e Robert Mak e Vladimir Weiss como extremos, apoiando o único avançado e dependendo dos laterais Pekarik na direita e Svento na esquerda para aguentar defensivamente as alas. Surpresa pela escolha de Svento em vez de Gyomber para lateral esquerdo, Hrosovsky por Pecovsky e Mak e Duris em vez do extremo Stoch e do avançado Nemec.

O jogo a arrancar da melhor forma com uma grande arrancada da estrela eslovaca Marek Hamsik que ultrapassa três jogadores galeses e vê o golo a ser negado pelo defesa Ben Davies que faz um corte salvador. A Eslováquia que consegue contrariar as jogadas pelas alas, especialmente pela descida de Mak e de Weiss e o acompanhamento que fazem aos alas galeses. O País de Gales que no entanto consegue arranjar espaço na zona central através do bom entendimento entre Ramsey e Joe Allen e que aos 10 minutos chega ao golo. É assinalado um livre perigoso à entrada da grande àrea, depois de falta de Hrosovsky, que Gareth Bale aproveita da melhor forma com o guarda-redes eslovaco Kozacik a não conseguir ver a bola partir e a ser batido pelo efeito da bola batida pelo mágico do Real Madrid.

A Eslováquia a sentir o golo e a sentir falta de outro médio que construa o jogo que não Marek Hamsik, sendo que especialmente Hrosovsky a limitar-se a tarefas defensivas e a sentir negativamente a titularidade e a Kucka a não conseguir bola suficiente para apoiar efetivamente Hamsik e o tridente ofensivo. Jogo que se disputou, à semelhança dos dois anteriores, de forma agressiva a meio-campo com o desejo de recuperar a bola o mais rápido possível por parte das duas equipas. Grande mérito para a linha média de 5 jogadores do País de Gales que consegue ao mesmo tempo impedir a construção de jogo da Eslováquia como também sair de forma organizada e com velocidade para o ataque. Últimos minutos do primeiro tempo que viu a Eslováquia a conseguir atacar mais e a empurrar o País de Gales para a sua grande área mas a continuar sem grande clarividência e com pouca qualidade na execução, especialmente da parte de Weiss e de Duris.

Uma primeira parte decepcionante da Eslováquia com o selecionador Kozak a precisar de fazer mudanças ao intervalo, quer na forma de substituição de jogadores ou na mudança do sistema tático, passando a assumir um 4-1-2-1-2 em losango com Hrosovsky a continuar mais recuado, Kucka a passar para a direita, Weiss na esquerda e Hamisk atrás de Duris e Mak que passa para a posição que lhe é familiar, avançado. Do lado galês, é preciso continuar a fazer a mesma coisa sem necessidade de mudanças. Sobretudo é preciso continuar com a excelente disciplina tática e com a grande disponibilidade física demonstrada pelos seus jogadores até agora. Arbitragem que fica manchada por um lance polémico com Skrtel a atingir a cara de Jonathan Williams com o cotovelo na grande área eslovaca, situação merecedora de sanção disciplinar e grande penalidade que deixaria o país de gales em situação muito favorável para o segundo tempo.

A segunda parte a começar sem alterações e com o País de Gales a continuar em cima no jogo, a abordá-lo com a mesma fome e vontade que mostrou no primeiro tempo e que teve como recompensa o golo de Bale. A Eslováquia, mesmo com Hamsik mais atrás, ao lado de Kucka a tentar ter bola, sem capacidade de criar oportunidades até ao minuto 54 com Mak a desaproveitar o bom passe de Weiss com um remate para o 3o anel. Logo depois, Joe Allen a responder com um bom remate de cabeça após cruzamento de Bale, para defesa complicada de Kuzacik.

Nemec e Duda, que se esperavam ser titulares, a entrarem aos 60 minutos por Hrosovsky e Duris, ambos com exibições negativas e, Ondrej Duda a faturar logo 30 segundos depois de entrar, com um remate forte numa zona que é normalmente ocupada por Hamsik. O Fura-Redes não é profeta mas Duda e Nemec, que pusemos como titulares, sem a equipa ter que mudar de tática, serviram como completos catalistas para a seleção eslovaca com muito mais capacidade criativa e jogo construido de forma mais efetiva a meio-campo. Também a assinalar uma notável subida de forma de Weiss e à decrescente capacidade física do meio-campo do País de Gales.

O País de Gales que passa a defender o empate, quer por incapacidade própria, quer por escolha tática e a dar a bola à Eslováquia com o selecionador Coleman, a tirar Edwards e Jonathan Williams para fazer entrar dois jogadores que eram previsíveis titulares, Ledley e Robson-Kanu, sem mudar nada a nível tático, à semelhança do selecionador eslovaco. É a partir do golo que o jogo se torna como tinha sido previsto. A Eslováquia que finalmente assume a posição de favorito para o jogo, com posse de bola de qualidade e a encostar o País de Gales na sua grande área e os galeses a tentarem o contra-ataque para fazer o golo da vitória, golo que podiam ter feito no cabeceamento falhado de Ramsey.

Também à semelhança de Kozak, Coleman teve proveito das substituições que fez com um golo que resulta de uma jogada de Joe Ledley que faz combinação com Ramsey e finalização de Robson-Kanu que tem sorte no remate que bate num defesa eslovaco e engana assim outra vez Kozacik, Últimos dez minutos com a Eslováquia a ter que arriscar mais e a deixar espaços no seu próprio meio-campo que, no entanto, não foram aproveitados pelo País de Gales. Eslováquia que tem uma oportunidade de ouro através de um cabeceamento de Nemec ao poste e que logo depois sofre um contra-ataque de Bale que Ramsey desaproveita antes de ser substituído por Ashley "Jazz" Richards para defender o resultado e aguentar a pressão sufocante do ataque eslovaco.

Acabou por ser um jogo interessante de ver com uma vitória algo surpreendente para o País de Gales mas que se justifica, tanto pela qualidade do seu jogo como pela deficiência do jogo eslovaco, que só demonstrou o que se esperava desta seleção nos últimos 20 minutos do jogo, algo que foi insuficiente para ganhar o jogo e será necessário para a Eslováquia jogar mais durante os 90 minutos para ainda sonhar com a qualificação para a fase seguinte do Euro 2016. Por outro lado, o País de Gales a assegurar uma vitória impressionante e crucial na sua estreia num Euro, que poderá dar a muito necessária confiança para abordar o próximo jogo, o duelo com a rival do Reino Unido, a Inglaterra. Bale a ser um dos melhores jogadores mas a dividir esse mérito com quase todos os seus colegas já que foi uma equipa muito equilibrada e coesa. Kozacik a comprometer a Eslováquia e tem responsabilidade nos dois golos sofridos.
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Família? Futebol à parte!

Continua o Euro 2016 com o segundo jogo do Grupo A, Albânia-Suíça e com vitória da seleção Helvética que assim começa o Euro a confirmar o seu favoritismo ao segundo lugar neste grupo. Depois dos dois jogos deste primeiro grupo, as duas favoritas, França e Suíça, deixam muito a desejar, a conseguir confirmar o seu favoritismo com três pontos para cada uma mas a jogar muito abaixo do que se esperava delas. Duas seleções que provocam uma situação antes nunca vista num Campeonato Europeu de futebol com dois irmãos a jogar um contra o outro, um escolheu jogar pela Suíça, Granit Xhaka - o mais talentoso entre os dois - e outro pela Albânia - o Taulant Xhaka.

A Albânia a jogar em 4-3-3 com Xhaka e Kukeli mais recuados e Abrashi mais avançado. e a Suíça a apresentar-se no 4-2-3-1 habitual com Seferovic como o jogador mais avançado, Dzemali atrás dele e Shaquiri e Mehmedi como extremos. São dois sistemas táticos muito adaptáveis já que dos dois lados os defesas-ala são de natureza ofensiva - Agolli e Hysaj para a Albânia e Lichtsteiner e Rodriguez para a Suíça e tanto Lenjani, Roshi (Albânia) como Shaquiri e Mehmedi (Suíça) apresentam-se como extremos mas podem jogar facilmente no centro do campo.

O golo vem de um canto e da cabeça Fabian Schar, central, após uma má saída do guarda-redes Berisha que facilitou - à semelhança do primeiro golo francês ontem - e permitiu a inauguração do marcador para o lado suíço. A Albânia depois do golo reagiu bem e começou a pressionar mais alto e a conseguir recuperar bolas no meio-campo adversário. A suíça não conseguiu sair muitas vezes de forma organizada e mantendo a posse de bola e tanto Shaqiri e Mehmedi não pareceram muito bem na posição de extremo com a bola a não chegar aos dois avançados na maior parte do tempo.

Jogo muito físico, como se esperava, de parte a parte com entradas agressivas e muita vontade de recuperar a bola a meio-campo. Não foi surpresa que logo aos 36 minutos, Lorik Cana, capitão da Albânia tenha sido expulso por duplo-amarelo. A única coisa surpreendente foi a forma como Cana ganha o segundo amarelo com um lance muito infantil de um jogador muito experiente - joga a mão com a bola estando no chão. Livre marcado com muita perícia por Dzemaili com o poste esquerdo da baliza a impedir o segundo golo para a Suíça. Com a expulsão, Mehmedi e Shaqiri ganham mais espaço para fazer as diagonais que tanto gostam e a aparecerem mais no jogo.

Notas mais altas para Seferovic do lado Suíço e Lenjani da Albânia com boas movimentações e a conseguirem criar oportunidades para eles próprios ou para os colegas. Segunda parte a começar um pouco da mesma maneira com a diferença de que a Albânia tem de arriscar mais por estar a perder mas a jogar com 10, deixa mais espaços para a Suíça aproveitar e fica assim um jogo mais aberto para os dois lados com menos batalha a meio campo e mais lances pelas alas. Fruto da expulsão também, Taulant Xhaka é substituído por um central, Kace e deixa assim apenas Dzemaili e Kukeli a ter de assumir o meio-campo.

Berisha na segunda parte a conseguir redimir-se do seu erro gigante que permitiu o golo da Suíça com pelo menos três defesas espetaculares nos primeiros 20 minutos do 2o tempo e a conseguir ganhar os duelos com o perigoso Seferovic. A seleção da Albânia que ao longo do jogo, assume que perder por um ou perder por muitos é à mesma 0 pontos e joga ao ataque na tentativa desesperada de fazer golo num 4-2-3. E até tem algumas oportunidades de golo, a mais flagrante aos 86 minutos com Gashi, que tinha entrado para fazer golo, a ser isolado muito bem e no momento decisivo a falhar cara-a-cara com o guarda-redes. Também houve um lance duvidoso na grande área Suíça com Lenjani a ser agarrado e que podia ter sido grande penalidade.

No entanto, e ao contrário do primeiro jogo, foi uma boa arbitragem do árbitro espanhol, Ferrera Carrasco, que desde o inicio teve um jogo muito agressivo e que respondeu bem, dando amarelos justificados aos jogadores que entraram de forma mais forte. A Suíça assegura assim uma vitória e os três primeiros pontos muito importantes, pela margem mínima e sem jogar muito bem, especialmente quando considerando que o seu adversário é um dos mais fracos teoricamente e que jogou 2/3 com menos um jogador. A seleção helvética fica assim, ao fim desta primeira jornada do Grupo A no segundo lugar, atrás da França (as 2 seleções com 3 pontos e com a mesma diferença de golos mas a França marcou 2 e a Suíça apenas 1).
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O Berço da Igualdade?

Começou o Euro 2016 em França com a anfitriã a assegurar uma importante primeira vitória sobre a Roménia. A seleção da Europa de Leste que provou neste jogo que quer mais desta competição do que ficar só na fase de grupos.

Uma seleção francesa que desiludiu muito, tanto a nível coletivo - linhas muito recuadas e sem conseguirem ligar bem umas com as outras, sem conseguirem ter posse de bola e sem assumirem o jogo - como a nível individual com as estrelas Griezmann e Pogba a não terem estado ao nível que se espera deles, saindo os dois a meio da segunda parte. Especialmente o jogador do Atlético de Madrid que não criou oportunidades para os colegas nem aproveitou as que  lhes foram oferecidas. Aliás, o homem do jogo, quer para nós como para a UEFA como para quem quer que tenha visto o jogo, foi aquele que não era apontando como titular nesta equipa, Dimitri Payet. O jogador do West Ham United foi o único que teve coerência, atrevimento e técnica suficiente para ameaçar a defesa romena, criando várias oportunidades, fazendo uma assistência e coroando a sua grande exibição com o golo que dá à França os três primeiros pontos do Euro 2016.

A França apresentou-se num 4-2-3-1 com Kanté na posição mais recuada, Rami a fazer companhia a Koschielny - devido às lesões de Varane e Mathieu, centrais titulares -  e Payet no tridente de ataque, com Griezmann e Giroud. A Roménia jogou num 4-2-3-1 com a sua equipa titular À excepção de Gabriel Torje, um dos seus melhores jogadores que só entrou no jogo aos 81 minutos. Um sistema tático que não teve nada de defensivo e os jogadores romenos procuraram sempre sair para o ataque, não se rendendo à superioridade teórica do seu adversário.

E, de facto, foi a Roménia a ter o primeiro e um dos mais flagrantes lances de perigo do jogo, com um cruzamento venenoso e um remate à queima-roupa que Lloris consegue defender. O resto da primeira parte foi maioritariamente mal jogada, com a França a não conseguir sair organizada mas ao mesmo tempo com uma Roménia que arriscou em demasia e que não se mostrou tão sólida a nível defensivo como o seu recorde de apenas 2 golos sofridos em 10 jogos de qualificação faria prever. Alguns lances de perigo para um lado e para o outro, especialmente a partir dos dois grandes criativos do jogo, Payet do lado francês, Stanciu do lado romeno sem grande aproveitamento, quer de Griezman, Girou ou Stancu. Na primeira parte fica um penalti por assinalar com falta de Koschielny sobre Stanciu.

Na segunda parte foi mais do mesmo. Pouca coerência e consistência no ataque francês e com a Roménia a apostar na recuperação de bola agressiva e à queima que resultava em espaços para o lado francês que aproveitava mal. O golo vem da única forma possível, de bola parada, com Payet a cruzar para a grande área e o guarda-redes romeno Tatarusanu a sair muito mal, deixando a baliza aberta para o cabeceamento de Olivier Giroud. Fica a dúvida da legalidade do golo, já que Giroud parece afastar com o braço Tatarusanu e faz com que o guarda-redes falhe a sua entrada para a bola.

A Roménia reagiu bem ao golo sofrido e assumiu mais no ataque sendo recompensada logo 5 minutos depois com um penalti bem assinalado que Bogdan Stancu aproveita da melhor maneira. A faltar 30 minutos para o fim do jogo, Didier Deschamps mexe no jogo, fazendo entrar dois dos jovens à sua disposição e de quem se espera muito neste Euro, Martial do Man. Utd. e Coman do Bayern Munique, apostando mais no ataque mas mantendo mais ou menos o mesmo sistema tático que fica a impressão ser o único que esta seleção gaulesa tem treinado de forma efetiva. Assim, mantendo Matuidi e Kanté - jogador do Leicester que teve uma boa exibição, especialmente na segunda parte - à frente da linha defensiva, mete Payet no meio, lugar de Pogba que saiu aos 76 minutos, com Martial e Coman a extremos e Giroud na frente de ataque.

E é assim que chega ao golo da vitória com um remate forte e colocado de Payet após assistência de Kanté. Vitória da França no seu jogo inaugural que continua a deixar muitas dúvidas relativamente à possível candidatura dos gauleses ao Euro que acolhem com uma construção de jogo muito deficiente e com as estrelas da equipa a jogarem vários furos abaixo do nível que se espera deles. Dúvidas não existem relativamente à proteção dos árbitros à equipa da casa com um penalti para assinalar para a Roménia e um golo da França que devia ter sido anulado. Já estávamos a prever mas continua a ser muito triste ver no palco tão grande do futebol europeu...
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ARREPIANTE!!!!!

Este gajo tem um jeito para isto!!!! Grande vídeo Guilherme Cabral! Força Portugal!



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