Gestão de Pinto da Costa contestada em AG
Foi uma Assembleia geral do FC Porto agitada! Para além das mais de 3 horas de perguntas ao Presidente Pinto da Costa acontecerem cenas lamentáveis, infelizmente normais nestes assuntos azuis e brancos, com um jornalista agredido na cabeça por um bando de pessoas de rosto tapado.
A reunião magna dos dragões de ontem tinha apenas como ponto de ordem apreciar, discutir e votar a proposta de Regulamento Eleitoral, seguido de meia hora para serem tratados assuntos de interesse para o clube. O tempo acabou por arrastar-se…
Pinto da Costa foi confrontado com várias perguntas, muitas delas a contestar a gestão da SAD, a ausência de títulos, até a relação entre Antero Henrique e Alexandre Pinto da Costa, seu filho, depois dos rumores de discordância entre dois dos homens de maior confiança de Pinto da Costa. Apesar do homem forte do clube nortenho ter desmentido esses rumores, muitos especulam que os falhanços em diversas contratações milionárias do FC Porto se devem às constates lutas pelas comissões entre Antero e Alexandre. Um dos sócios que usou da palavra apelou mesmo ao presidente do FCP para se afastar dos «mafiosos e oportunistas» que andam à sua volta.
O presidente dos dragões reconheceu que tem sido um mandato mau no que diz respeito ao futebol mas também se queixou das arbitragens, lembrando o trabalho feito no museu, no basquetebol, no ciclismo e nas piscinas do clube. Não deixou de criticar aqueles que assobiam a equipa, mas também nomes como Rodolfo Reis, Guilherme Aguiar, Miguel Guedes e Manuel Serrão, comentadores afetos ao clube em programas de televisão.
Os sócios quiseram também saber o que levou a que as eleições da SAD fossem realizadas no início de Março, quando ainda não tinha sido eleito o presidente do clube. Recorde-se que as eleições para os órgãos sociais do clube decorrem a 17 de Abril e, caso Pinto da Costa não seja eleito – e ainda nem é candidato – haverá um presidente da SAD, entidade responsável pelo futebol, que não é a mesma pessoa que o presidente do clube. E poderá até nem ter a mesma visão para o FC Porto.
Jorge Nuno Pinto da Costa explicou que o prazo para as eleições na SAD se realizarem era o mês de Março. Mas o ato eleitoral até acabou por ser apressado porque havia questões para resolver que necessitavam da legitimidade que a reeleição da direção da SAD traria, como o caso da parceria com Unicer, «um contrato para três anos, de vários milhões euros».
O responsável explicou ainda que convocou duas reuniões antes das eleições: uma na SAD e outra na direção do FC Porto, onde estiveram os 14 vice-presidentes, e onde garantiu: «Se eu não for o presidente, no mesmo dia demitimo-nos da SAD sem exigir absolutamente nada ao FC Porto».
Alguns associados queixaram-se ainda da forma como o clube está a ser gerido, falaram sobre divisões internas no seio do FC Porto, e apelaram à necessidade de «fazer uma limpeza para tirar os oportunistas e os mafiosos».
As restantes questões foram, quase todas, sobre os maus resultados do clube, que têm deixado os azuis e brancos numa seca de títulos. Os associados perguntaram a Pinto da Costa como explica a situação dos insucessos dos últimos dois anos, e de «mais um que vai pelo mesmo caminho», e que está previsto fazer para a inverter.
Pinto da Costa admitiu então que o anterior treinador, Julen Lopetegui, «não se integrou no futebol português», mas aponta também o dedo aos árbitros, embora admita que «não é uma explicação», e ao anterior presidente da Liga, Mário Figueiredo.
Perante vários sócios que se disseram tristes com o que tem acontecido no futebol do clube, o presidente admitiu: «Estamos tristes quando se fala de futebol. No nosso mandato, o FC Porto ganhou uma supertaça, não é nada para o que queremos».
As contratações também foram alvo de crítica, nomeadamente a da Imbula, que chegou ao FC Porto por 20 milhões de euros, e já foi vendido para o Stoke City. O presidente apontou toda a responsabilidade ao técnico Julen Lopetegui. «Fomos atrás da sua opinião. Felizmente que conseguimos não perder dinheiro porque o vendemos a tempo e horas».
Mas as queixas não foram unidirecionais e Pinto da Costa também apontou o dedo aos adeptos por assobiarem os jogadores quando falham um passe «aos 5 minutos», e rejeitou as críticas de que a equipa tem poucos portugueses, lembrando que a formação que ganhou a Liga Europa em 2011 em Dublin tinha três portugueses, quando agora há quatro a jogar regulamente, não contando com Sérgio Oliveira, por exemplo, que jogou no último domingo.
E o argumento de «falta de mística» também não colhe junto de Pinto da Costa que diz que a mística é serem verdadeiros profissionais e deu exemplos. «Quando chegou cá, o Hulk não sabia o que era o FC Porto, nem o James Rodriguez, ou o Falcao. E agora ninguém pode pôr em causa o profissionalismo, o empenho, a vontade do Maxi Pereira, do Danilo… de diversos jogadores que são um exemplo dentro do campo».
De referir que Fernando Madureira, líder da principal claque de apoio do clube, também usou da palavra, dando apoio ao presidente e apelando à união.
3 comentários:
toda a gente falava que bastava o Benfica ganhar 2 ou 3 anos para isto implodir...
15 de março de 2016 às 20:22A Nandinha já tem as malas feitas para se porem nas putas para o outro lado do Atlantico, há duvidas? espero bem que a PJ esteja atenta!
15 de março de 2016 às 20:43Afinal o teu problema é com a Nandinha ou com o Pintinho?
16 de março de 2016 às 13:37Enviar um comentário
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