La Masia: A fabricar talentos desde 1979
Um artigo interessante e atual do IOnline no dia seguinte ao Barcelona se ter sagrado campeão europeu de juniores.
«Formação do Barcelona deu um murro na mesa e demonstrou que é a melhor da Europa. Conhece a sua história?
La Masia. Construída em 1702, não passava de uma casa de campo, que servia de atelier a arquitectos e homens da construção civil. Em 1957, quando Camp Nou foi inaugurado, foi remodelada, transformando-se na sede social do clube. Seria só a partir de 20 de Outubro de 79 que esta La Masia se tornaria o quartel-general da formação blaugrana. Um nome incontornável na história do futebol juvenil do Barça é Oriol Tort Martínez, um caça-talentos que orientou as primeiras pisadas de garotos como Guardiola, Sergi, Ferrer, Amor, Iván de la Peña, Xavi, Iniesta, etc. O homem foi tão importante que, aquando do encerramento da La Masia, a 30 de Junho de 2011, mereceu dar o nome à nova academia: La Masia-Centre de Formació Oriol Tort.
«Formação do Barcelona deu um murro na mesa e demonstrou que é a melhor da Europa. Conhece a sua história?
La Masia. Construída em 1702, não passava de uma casa de campo, que servia de atelier a arquitectos e homens da construção civil. Em 1957, quando Camp Nou foi inaugurado, foi remodelada, transformando-se na sede social do clube. Seria só a partir de 20 de Outubro de 79 que esta La Masia se tornaria o quartel-general da formação blaugrana. Um nome incontornável na história do futebol juvenil do Barça é Oriol Tort Martínez, um caça-talentos que orientou as primeiras pisadas de garotos como Guardiola, Sergi, Ferrer, Amor, Iván de la Peña, Xavi, Iniesta, etc. O homem foi tão importante que, aquando do encerramento da La Masia, a 30 de Junho de 2011, mereceu dar o nome à nova academia: La Masia-Centre de Formació Oriol Tort.
Ainda antes da final da Youth League contra o Benfica, estava lançada a discussão na Catalunha: seria esta a geração de ouro do Barcelona? Comecemos então pela equipa que acabou de sagrar-se campeã da Europa, em Nyon. A primeira surpresa desta final foi a identidade do Barça. Esperávamos algo virado para a posse de bola, com movimentações constantes e um futebol de outro mundo, mas não foi bem assim. Este Barcelona aproxima-se muito ao que vemos nas camadas jovens: 4-3-3 e queda para o contra-ataque e ataques rápidos, com preferência pelas alas. Pormenor importante: 5 jogadores desta geração já estão na equipa B e vários decidiram abandonar para brilhar/jogar noutras paragens - Keita Balde (Lazio), Pol Garcia (Juventus), Jon Toral e Héctor Bellerín (Arsenal) são alguns exemplos. Até pode ter sido um jogo menos conseguido, mas a defesa acusou alguns problemas na hora da saída de bola e deu algum espaço aos avançados do Benfica. O meio-campo (Ortega, Enguene e Kaptoum) é forte fisicamente, mas não se mostrou autoritário - sim, estávamos à espera de Xavis, Busquets e Fàbregas. Qué tonteria, eh?!
No ataque está o ouro. Adama Traoré é a gazela: tem descendência maliana mas nasceu em Barcelona. É conhecido por "flecha", pela sua velocidade incrível, e até já se estreou na equipa principal, tanto no campeonato (vs. Granada) como na Liga dos Campeões (vs. Ajax) - ambos em Novembro. Depois há El Haddadi. Que pé esquerdo, senhores! Apesar do nome, este menino nasceu em Madrid. As movimentações e a forma como segurava a bola saltaram logo à vista. A boa finalização no 2-0, idem E aquele chapéu do meio-campo? Sem comentários.
O Barça está intimamente ligado à escola holandesa, que ainda bebe do "futebol total" de Rinus Michels, o homem da Laranja Mecânica - venceu o Euro-88 com a Holanda e Ligas com Barça (73/74) e Ajax (4), e dos ensinamentos de Cruijff. Neste clube, cujo lema é "més que un club" (mais que um clube), ninguém é mandado embora pelo tamanho. "Bem--vindos à La Masia, a academia do Barça, a escola dos sonhos", assim começa um anúncio de Guardiola, no qual pinta o paraíso que parece ser a academia. "Bom de mais para ser verdade? Sim, claro que é. Isto não é um campo de férias!" De repente, há uma quebra, na música e no tom de voz, e a chuva torrencial começa a cair nos campos de treino: "Aqui tens de ter 'ganas', 'ganas' de ser o mais rápido, 'ganas' de ser o mais esperto, 'ganas' de ser o melhor." La Masia é isto: identidade, ambição e qualidade. A prioridade é a bola, a técnica, depois vem o resto, exactamente como defendia o holandês Wiel Coerver, que ganhou a UEFA-74 pelo Feyenoord e inventou a Pirâmide Coerver, onde, antes de tudo, está "mestria com bola" na base.
E que outras gerações deram que falar? Podemos começar pela fornada de Pep Guardiola: Albert Ferrer (venceu 5 Ligas e 2 Copas), Sergi Barjuan (3/2), Antonio Pinilla, Álex García e Lluís Carreras. Guardiola chegaria a treinador do Barça: na última Champions que venceu, sete titulares eram formados no clube. Quer mais? A Quinta de Lo Pelat, que enchia o Mini e ganhou tudo: Iván de la Peña (1/3), Roger Garcia (2/2), Celades (2/2 - mais 2 Ligas com Real Madrid), Toni Velamazán, García Pimienta, Juan Carlos Moreno. Com Xavi Hernández, subiram jogadores como Gabri (duas Ligas), Jofre (uma Liga), Mario, Miguel Ángel e Luis García, aquele que brilhou no Liverpool. Em 87, nasceu a fornada de Messi, Piqué e Fábregas. Em 91, a de Thiago Alcantara, Montoya, Tello, Bartra, Oriol Romeu e Cuenca. A torneira catalã não pára de pingar...
Falta saber como será o futuro desta geração de 95/96. Ganhar uma Liga dos Campeões é um belo início de carreira. Uma coisa é certa: já não esquecemos os nomes de Traoré e El Haddadi.»
3 comentários:
La Masia fica situada onde? Camarões?
15 de abril de 2014 às 17:06é perto disso! heheheheheh
15 de abril de 2014 às 18:49Sim de Marrocos e Nigéria sinceramente não entendo um clube condenado a não inscrever jogadores por causa destas coisas dispute uma final até acho que é ilegal o problema é que o Benfica foi a cobaia .
15 de abril de 2014 às 19:47Enviar um comentário
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