3 pontos e não muito mais...
O Benfica deslocava-se à Madeira numa posição delicada devido às vitórias dos rivais no dia de ontem. Penso que essa pressão de não poder falhar foi o maior inimigo do Benfica. Um jogo fraco do clube de Lisboa que só se safa mesmo pelos importantíssimos três pontos.
O lançamento do jogo fica marcado pela proximidade do um outro Marítimo-Benfica (1 semana depois) e este facto esteve, definitivamente, na cabeça dos dois treinadores quando escolherem os respectivos 11. Jorge Jesus sentiu que precisava de uma maior mobilidade no ataque para prender os médios do Marítimo no meio campo defensivo, esfriando os rápidos contra-ataques do Marítimo, e escolheu Rodrigo em vez de Nolito para o lugar do lesionado Gaítan. Pedro Mendes escolheu Heldon para o ataque, ele que tinha sido fundamental na reviravolta da sua equipa à uma semana, saindo do banco ao intervalo do jogo da Taça.
O Marítimo entrou muito bem no jogo e foi dono e senhor da partida nos primeiros 20 minutos. Uma pressão alta logo na zona de construção defensiva do Benfica e uma evidente maior frescura física de uma equipa com mais 5 dias de descanso que os jogadores encarnados. Este Marítimo não engana e é uma das boas surpresas da Liga deste ano. Jogadores como Baba, Sami ou Roberto Sousa são jogadores que podiam estar em qualquer dos plantéis dos 3 grandes.
Para além dos méritos da equipa do Funchal, existiram problemas de organização táctica no Benfica, que levaram à boa entrada da equipa insular. Primeiro erro a excessiva entrega de bola ao corredor esquerdo do ataque e a Emerson, ele que é muito limitado na construção de jogo ofensivo. Esta ideia fica confirmada, para mim, pois as jogadas de perigo do SLB na 1ª parte foram todas pelo lado direito. Por outro lado, a presença de Witsel muito subido e sedento de bola que tirou protagonismo a Aimar. Witsel ainda não tem esta parte do jogo bem aprendida; não pode ser ele a pegar no jogo com o jogo empatado. Tem que deixar esse papel a Aimar e uma ou outra vez aparecer a romper para a área para desequilibrar a equipa adversária.
Estava eu a pedir a voz alta a bola em Aimar, quando ele apareceu aos 26 minutos de jogo para fazer a melhor jogada do Benfica. Tabela perfeita e velocidade de execução só ao alcance de poucos que só não deu golo por grande saída do guarda redes Peçanha. Esta jogada acordou o Benfica para o melhor momento de jogo, que só não deu em golo por falhanço inacreditável de Cardozo com a baliza escancarada.
Infelizmente, a partir dos 35 minutos de jogo uma grande quantidade de faltas, paragens e assistências médicas levou a que o jogo se arrastasse até ao intervalo com o resultado que mais se ajustava.
As equipas vieram sem alterações para a 2ª parte mas o senhor Jorge Sousa tratou de alterar o jogo logo nos primeiros minutos. Falta clara sobre Maxi Pereira mas 2º amarelo forçado numa falta a meio campo sem perigo aparente. Podia-se pensar que o jogo estava ganho ali mas nada podia ser mais errado.
O Benfica fez uma má segunda parte sem qualquer fio de jogo e sem ideias ofensivas. O Marítimo entrou num habitual anti-jogo nestas situações de jogo mas que não deixa de ser lastimável. O jogo arrastou-se entre faltas, rebolões de jogadores, simulações, etc... Foi, sem dúvida, uma 2ª parte para esquecer e enervante.
Jorge Jesus demorou a colocar Saviola em campo, o jogo estava claramente a pedir o argentino. A substituição de Nolito foi fundamental para o assalto final, o espanhol mexeu muito com o ataque do Benfica que já acusava desgaste físico.
Mas quando poucos já acreditavam lá chegou o mal amado da Luz, Cardozo, a dar os três pontos ao Benfica. Jogada de insistência na área do Marítimo e bola como se tivesse íman nos pés de Cardozo que só teve que encostar.
O Benfica sai de um ciclo infernal de três jogos para o campeonato (Braga, Sporting e Marítimo) com 7 pontos, o que não deixa de ser positivo. Finalmente, é dos candidatos ao título o que, claramente, já fez as deslocações mais difíceis (Dragão, Braga e Marítimo).
Figura de jogo - Cardozo, pois claro. Não entendo como se pode assobiar um jogador que marca tantos golos. Vai na sua 5ª época de águia ao peito e soma 112 golos, é obra! Para se ter uma ideia da sua importância, hoje igualou Simão Sabrosa nos golos marcados (75) no campeonato português. Gostei, também, da segurança de Jardel na defesa encarnada, que quase fez esquecer o capitão encarnado.
O lançamento do jogo fica marcado pela proximidade do um outro Marítimo-Benfica (1 semana depois) e este facto esteve, definitivamente, na cabeça dos dois treinadores quando escolherem os respectivos 11. Jorge Jesus sentiu que precisava de uma maior mobilidade no ataque para prender os médios do Marítimo no meio campo defensivo, esfriando os rápidos contra-ataques do Marítimo, e escolheu Rodrigo em vez de Nolito para o lugar do lesionado Gaítan. Pedro Mendes escolheu Heldon para o ataque, ele que tinha sido fundamental na reviravolta da sua equipa à uma semana, saindo do banco ao intervalo do jogo da Taça.
O Marítimo entrou muito bem no jogo e foi dono e senhor da partida nos primeiros 20 minutos. Uma pressão alta logo na zona de construção defensiva do Benfica e uma evidente maior frescura física de uma equipa com mais 5 dias de descanso que os jogadores encarnados. Este Marítimo não engana e é uma das boas surpresas da Liga deste ano. Jogadores como Baba, Sami ou Roberto Sousa são jogadores que podiam estar em qualquer dos plantéis dos 3 grandes.
Para além dos méritos da equipa do Funchal, existiram problemas de organização táctica no Benfica, que levaram à boa entrada da equipa insular. Primeiro erro a excessiva entrega de bola ao corredor esquerdo do ataque e a Emerson, ele que é muito limitado na construção de jogo ofensivo. Esta ideia fica confirmada, para mim, pois as jogadas de perigo do SLB na 1ª parte foram todas pelo lado direito. Por outro lado, a presença de Witsel muito subido e sedento de bola que tirou protagonismo a Aimar. Witsel ainda não tem esta parte do jogo bem aprendida; não pode ser ele a pegar no jogo com o jogo empatado. Tem que deixar esse papel a Aimar e uma ou outra vez aparecer a romper para a área para desequilibrar a equipa adversária.
Estava eu a pedir a voz alta a bola em Aimar, quando ele apareceu aos 26 minutos de jogo para fazer a melhor jogada do Benfica. Tabela perfeita e velocidade de execução só ao alcance de poucos que só não deu golo por grande saída do guarda redes Peçanha. Esta jogada acordou o Benfica para o melhor momento de jogo, que só não deu em golo por falhanço inacreditável de Cardozo com a baliza escancarada.
Infelizmente, a partir dos 35 minutos de jogo uma grande quantidade de faltas, paragens e assistências médicas levou a que o jogo se arrastasse até ao intervalo com o resultado que mais se ajustava.
As equipas vieram sem alterações para a 2ª parte mas o senhor Jorge Sousa tratou de alterar o jogo logo nos primeiros minutos. Falta clara sobre Maxi Pereira mas 2º amarelo forçado numa falta a meio campo sem perigo aparente. Podia-se pensar que o jogo estava ganho ali mas nada podia ser mais errado.
O Benfica fez uma má segunda parte sem qualquer fio de jogo e sem ideias ofensivas. O Marítimo entrou num habitual anti-jogo nestas situações de jogo mas que não deixa de ser lastimável. O jogo arrastou-se entre faltas, rebolões de jogadores, simulações, etc... Foi, sem dúvida, uma 2ª parte para esquecer e enervante.
Jorge Jesus demorou a colocar Saviola em campo, o jogo estava claramente a pedir o argentino. A substituição de Nolito foi fundamental para o assalto final, o espanhol mexeu muito com o ataque do Benfica que já acusava desgaste físico.
Mas quando poucos já acreditavam lá chegou o mal amado da Luz, Cardozo, a dar os três pontos ao Benfica. Jogada de insistência na área do Marítimo e bola como se tivesse íman nos pés de Cardozo que só teve que encostar.
O Benfica sai de um ciclo infernal de três jogos para o campeonato (Braga, Sporting e Marítimo) com 7 pontos, o que não deixa de ser positivo. Finalmente, é dos candidatos ao título o que, claramente, já fez as deslocações mais difíceis (Dragão, Braga e Marítimo).
Figura de jogo - Cardozo, pois claro. Não entendo como se pode assobiar um jogador que marca tantos golos. Vai na sua 5ª época de águia ao peito e soma 112 golos, é obra! Para se ter uma ideia da sua importância, hoje igualou Simão Sabrosa nos golos marcados (75) no campeonato português. Gostei, também, da segurança de Jardel na defesa encarnada, que quase fez esquecer o capitão encarnado.
3 comentários:
O Djalma já saiu para o porto, se é aquele que eu estou a pensar.
12 de dezembro de 2011 às 00:54Parabéns.
12 de dezembro de 2011 às 01:14Excelente começo do blogue.
Grande produção, não percam a embalagem e continuem a editar este tipo de crónicas e comentários. Desejo que este espaço se transforme numa grande tertúlia sobre o desporto e o futebol.
Será também bom enviar o blogue para certas redacções e, particularmente, para a Sport TV, para ver se aprendem alguma coisa.
Thx Karlos pela correcção. Tava a pensar no Baba
12 de dezembro de 2011 às 01:19Enviar um comentário
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