Super Clássico!!!
Que melhor maneira para começar o nosso blog do que com um superclássico? Acho que não podíamos ter melhor primeiro assunto. O clássico dos clássicos, as maiores estrelas do futebol actual em campo, 500 milhões de telespectadores e enorme expectativa num grande jogo de futebol.
O pré-jogo ficou marcado por uma pergunta, feita em toda a Espanha e em todo o mundo: se era o momento em que o Real Madrid ia dar o passo decisivo para quebrar a hegemonia que o Barcelona conquistou na última década no futebol espanhol, com uma vitória no seu Estádio e consequentes nove pontos de vantagem na luta pela Liga. Apesar desta expectativa não tivemos muitas picardias e provocações pré-jogo, já habituais nas semanas anteriores. Notei só uma grande confiança do lado Madrilista que este era o jogo da viragem e da afirmação do Real Madrid, com diversos ex-jogadores e dirigentes a afirmar que o Real Madrid estava melhor e que esperavam uma vitória. Do lado do Barcelona silêncio quase total, e esta, quase sempre, é a melhor estratégia para enfrentar uma equipa em euforia.
As duas equipas vinham de vitórias gordas fora de portas na Champions, apesar de terem jogado com as reservas para poupar os craques para o jogo de sábado. No campeonato, nas primeiras 14 jornadas, o Real Madrid estava a fazer um início demolidor de época com goleada atrás de goleada. Por seu lado, o Barcelona notava uma dificuldade nos jogos fora de casa (em 6 jogos só duas vitórias e só 8 golos marcados). Com estes dados a expectativa era de um jogo mais equilibrado do que os das últimas épocas, onde o Real Madrid raramente ganhou ao Barça.
O jogo não ficará na história da rivalidade como dos mais bem jogados mas, como sempre, teve muita emoção, golos e grandes estrelas em acção. Os três melhores jogadores FIFA 2011 no campo do Barnabéu e dois dos três treinadores do ano na linha lateral.
As equipas titulares, para mim, foram uma surpresa. Mourinho apostou, devido à onda de lesões no sector defensivo, em Coentrão na ala direita e em Khedira no banco para pôr em jogo Ozil. Guardiola guardou Villa no banco e atirou às feras o jovem Alexis, contratação deste último mercado, uma opção que me deixou de boca aberta, pois Villa tem sido um quebra cabeças e um jogador decisivo nos últimos jogos contra o Real Madrid.
Mas todas estas ideias caíram por terra aos 20 segundos de jogo!!! Ainda nem muita gente se tinha sentado nas cadeiras e já Madrid saltava de alegria. Benzema aproveitou uma falha incrível de Victor Valdez, que passou a bola a Di Maria, deixando a defesa do Barcelona baralhada e desposicionada. Parecia que as previsões optimistas do lado Blanco se iam confirmar.
Não acredito que nenhum dos treinadores, por melhores que sejam, tivessem previsto e trabalhado com os jogadores um jogo com um golo tão cedo. E penso que isso se notou dos dois lados. Se do lado do Barcelona os primeiros 20 minutos foram um caos com uma equipa desequilibrada e incapaz de manter a bola (o que é dizer tudo em relação a esta equipa), do outro lado a equipa do Real não conseguiu aproveitar o golpe desferido e perdeu-se em faltas e reclamações de amarelos, etc etc...
O jogo estava a arrastar-se quando, como em tantas outras vezes, apareceu Messi. Jogada no centro do meio campo do Real, sem nenhum de três defesas a conseguir tirar a bola à Pulga, e passe na última a desmarcar Alexis Sanchez que com um bom remate, ainda fora da área, empatou o jogo. Guardiola ganhava a aposta no chileno.
Este foi um golpe fatal para a equipa do Real Madrid, que assim perdeu a oportunidade de jogar com o tempo, pois este faria com que o Barça abrisse espaços para o contra golpe do Real, único aspecto do jogo em que o Real é claramente melhor que o Barça.
A segunda parte do jogo foi, numa palavra, um baile do Barcelona. Posse de bola até haver um espaço para fazer o golo, jogadores do Real Madrid atrás da bola e a desesperarem, sem conseguirem ter a bola mais que um minuto e magia das estrelas do Barça a encherem o campo. Resumindo, o costume!
Mourinho queixou-se no final da sorte, principalmente, na tabela que dá o segundo golo ao Barcelona, num discurso nada característico do Special One. De facto, é um lance fortuito, mas a superioridade do Barcelona é indiscutível, e quem falha golos como o Real não se pode queixar da sorte. Ele e Cristiano Ronaldo são os grandes derrotados de ontem. CR7 falhou golos nada característicos, parecendo acusar a importância do jogo.
Figura do jogo: Iniesta - impressionante a segunda parte deste craque. A deixar a cabeça em água a todos os que o tentaram parar, naquele estilo de fintas curtas. Um génio!
Este era o resultado que melhor servia os adeptos do futebol pois, agora temos campeonato em Espanha!
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