Barcelona vence AC Milan com uma ajudinha do árbitro

Barcelona vence AC Milan com uma ajudinha do árbitro

Confesso, desde já, que não me revejo nada naquelas críticas que dizem que o Barcelona só ganha o que tem ganho por ser a equipa da UEFA e que tem sido muito ajudado... Tem ganho porque é a melhor equipa da década!
Hoje, no entanto, o árbitro holandês Björn Kuipers foi a principal figura do jogo entre Barcelona e AC Milan. Assinalou dois penalties para o Barcelona, um deles muito duvidoso, e deixou passar em claro um penalty para o AC Milan, sobre Ibrahimovic, com o resultado em 2-1 para o Barcelona. É verdade que na 1ª Mão ficou um penalty claro por marcar sobre Puyol mas não era preciso tanto disparate no jogo de volta.
 

Foi dos jogos mais equilibrados que vi ultimamente no Camp Nou, quer pela desinspiração do Barcelona, quer pelo óptimo comportamento táctico do AC Milan. Este equilíbrio terá sido mais evidente na 1ª parte do jogo em que o Barcelona raramente conseguiu incomodar Abiatti.

Mesmo assim, entrou forte a equipa da casa e podia ter marcado por Messi logo aos 7 minutos, depois de tabela com Fàbregas já dentro da área. Não marcou aqui, marcou 3 minutos depois num penalty cometido por Antonini, depois do mesmo ter entregue a bola a Messi - este tipo de infatilidades na casa do FCB paga-se caro. O argentino converteu e tornou-se no jogador com mais golos numa só prova da Champions, igualando os 14 conseguidos por José Altafini, pelo Milan ,na Taça dos Campeões de 1962/63. Também se tornou no mais novo a conseguir 50 tentos na principal prova da UEFA.

A equipa catalã entrou em modo de contenção e pagou caro aos 32 minutos de jogo numa grande jogada de ataque: Boateng começa com um drible do lado direito, a bola vem ter ao lado esquerdo a Robinho que finta e passa a Ibrahimovic, este segura a bola e liberta no momento certo isolando Nocerino que, na cara de Valdés, empata o jogo no primeiro remate da equipa italiana.

Respondeu o Barça, por intermédio de Xavi, num bom remate à entrada da área mas quem resolveu foi o árbitro do encontro. Penalty assinalado aos 41 minutos, muito duvidoso: existe um agarrão de Nesta a Busquets na cobrança de um canto, mas o jogo ainda não está a seguir e quando a bola está jogável existe é falta de Puyol, que empurra Nesta. Enfim, Messi alheio a isto tudo mandou o GR para um lado e a bola para o outro: 2-1 ao intervalo.

Se a noite já estava a ser difícil para o juiz do encontro, mais ficou logo no 2º minuto da etapa complementar: Penalty em tudo idêntico ao 1º assinalado a favor do Barcelona que Björn Kuipers não marcou sobre Ibrahimovic.

Depois desta trapalhada toda o Barcelona resolveu a eliminatória aos 53 minutos, quando Messi fez uma clássica diagonal para o centro do campo, rematou, e o ressalto na defesa do Milan foi para ao pé esquerdo de Iniesta, que com todo o tempo do Mundo, ajeitou para o pé direito e fez o 3-1 final.
Desde que a principal competição de clubes da UEFA passou a designar-se Liga dos Campeões (1992/93) ainda nenhuma equipa tinha conseguido chegar ao grupo dos quatro finalistas em cinco temporadas seguidas - o Barcelona de Guardiola conseguiu hoje.

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Foi uma bela eliminatória que mostrou algumas das deficiências que o Barcelona tem este ano e que não teve o ano passado; Villa, por exemplo, faz muita falta, e a defesa  não está em grande forma - Piqué saiu lesionado e Abidal encontra-se doente.

Neste momento, penso que quer Barcelona, quer Bayern Munique, quer Real Madrid têm 33% de hipóteses de levar o caneco europeu.

Bayern que, depois da vitória por 2-0 em Marselha, repetiu o resultado com dois golos de Olic. Com esta derrota francesa, Portugal garante o 5º lugar do ranking UEFA deste ano.