Llorente afasta leões do sonho da Final da Liga Europa
O Sporting não merecia sair desta maneira da Liga Europa 2011/12, num lance de sorte e com Llorente a contar com um ressalto no poste para apurar o Athletic Bilbao para a Final. O lance até bom, de Gómez sobre João Pereira, mas aquela bola no poste a entrar na baliza custa a um SCP que merecia pelo menos o prolongamento. Numa altura do jogo em que até tinha a partida, aparentemente, controlada...
Dá para pensar que foi o ajuste de contas com o Universo por aquele lance no jogo contra o AZ que colocou o Sporting na sua última final europeia.
Sá Pinto sem poder contar com Izmailov, Rinaudo e Elias optou por Pereirinha, Matias Fernández e André Martins; registo mais um bom jogo do miúdo de Alvalade. Mas Carriço fez falta de início e, quando entrou, fez uma das melhores exibições que o vi fazer a médio defensivo.
Começou bem o A. Bilbao, à procura da vantagem na eliminatória, depois da derrota por 2-1 em Lisboa, e criou uma ou duas oportunidades de golo antes de conseguirem balançar as redes de Patrício aos 17 minutos. Bom cruzamento e Llorente a servir de pivô para o remate de Susaeta só parar no fundo da baliza. Respondeu bem o SCP e aos 20 minutos Pereirinha, isolado e de cabeça falhou o empate no jogo de forma incrível.
O jogo acalmou e só animou, e de que maneira, já passados os primeiros 40 minutos: 1º foi Llorente, completamente isolado, a permitir grande defesa a Rui Patrício. Depois, foi o empate do SCP na sequência de um canto e, com alguns ressaltos na jogada, a bola acabou por sobrar para Wolfswinkel fazer o golo. Mas, infelizmente, o SCP deixou solto Llorente, e este de uma maneira soberba com um toque de bola espectacular, isolou Ibai Gómez fazer o 2-1 que empatava a eliminatória.
2ª Parte trouxe várias
oportunidades de golo a abrir: Rui Patrício voltou a brilhar para travar o
remate de Susaeta, e depois viu Llorente enviar a bola ao poste (52’).
Passados dois minutos, foi Insúa a acertar nos ferros de Iraizoz, na
sequência de um livre.
Com o passar do tempo pareceu-me que o meio campo do SCP foi ganhando o controlo do jogo, e o Bilbao apostou mais num jogo direto para Llorente. O problema foi que os espanhóis defenderam muito bem Capel e este foi uma sombra que, sem Izmailov, não podia ser - resultado o ataque do SCP não criou perigo no 2º tempo.
E, pronto, aos 87 minutos chegou o lance que decidiu esta meia final de que já falei acima. Pena que o SCP , apesar de inferior no total dos 180 minutos, merecia a Final por tudo o que fez nesta Liga Europa. Fica o consolo de ter sido eliminado por uma grande equipa de futebol.
5 comentários:
Discordo que o SCP tenha sido inferior ao Bilbao no conjunto da eliminatória. Hoje o Bilbao foi superior, mas, em Alvalade, a superioridade do SCP foi muito maior, mais intensa e durou todo o jogo (excepto os 10 minutos seguintes ao 0-1).
26 de abril de 2012 às 23:30Ao contrário do que sucedeu em Alvalade, em que o anularam completamente, os centrais do SCP levaram um baile de Llorente, que fez 2 assistências e o golo que qualificou o Bilbao e, pelo meio, foi sempre perigoso e obrigou Patrício a aplicar-se a fundo. Llorente, esta noite, esteve extraordinário e foi ele que, quase sozinho, eliminou o SCP. A espaços, pareceu um jogador imbatível. Um jogo enorme, muita qualidade e capacidade física.
Suponho que deveriam ter jogado Xandão e Onyewu, dada a tendência do Bilbao para o (bom) jogo aéreo e a manifesta incapacidade de Polga - hoje - para marcar individualmente Llorente. Mas, é fácil prognosticar no fim do jogo. Repare-se que, depois de ter falhado a intercepção do lançamento para Llorente no 2º golo (não se pode falhar o corte duma jogada daquelas!), uma vez mais, é Polga quem permite a antecipação de Llorente no 3-1 (isto depois de João Pereira ter sido 'comido' infantilmente por Ibai Gómez, num momento crítico do jogo, quando a última coisa que se deve fazer é ir à queima; mas há coisas superiores à pouca capacidade de autocontrolo do J.Pereira...).
Jéffren também não acrescentou grande coisa, julgo.
Matías deveria ter sido substituído pelo André Santos, que é muito mais completo do que Carriço e sempre permitiria manter um traço ofensivo que o SCP perdeu em demasia.
Discordo, também, da apreciação feita sobre a performance do Carriço, que me pareceu não ter entrado bem no jogo e que chegou vezes de mais atrasado aos lances; poderia ter sido expulso, por isso.
Além disso, a construção de jogo ofensivo do SCP na 2ª parte ficou entregue a André Martins (mais um grande jogo, especialmente a 1ª parte, claro), que já estava desgastado e, daí, uma perda de rendimento global da equipa nessa fase do jogo.
Desta vez, o Pereirinha falhou passes vezes de mais na 1ª parte (além daquele golo falhado na cabeçada à frente da baliza...); acho que devia ter sido substituído ao intervalo, pelo Jéffren ou por Carrillo. Também Capel caiu muito na 2ª parte e deveria ter sido substituído.
Por fim, quero deixar expresso o meu repúdio pelo comportamento da equipa de arbitragem, com uma dualidade de critérios gritante, em prejuízo do SCP: os jogadores do Bilbao fizeram inúmeras faltas (nunca assinaladas!), algumas delas grosseiras e nas barbas do árbitro e do assistente - como a cotovelada do Ander Herrera no Schaars que dá origem ao 1º golo do jogo - e fizeram-se sempre à falta, fingiram faltas vezes sem conta. Aquilo que eu vi foi o árbitro a assinalar faltas contra o SCP por tudo e por nada e a mostrar amarelos aos jogadores do SCP e, ao mesmo tempo, a não assinalar faltas claríssimas ao Bilbao. Teve influência no resultado (o lance do 1-0, o empurrar o SCP para trás através da marcação de tudo quanto fossem faltas que pudessem permitir ao Bilbao fazer uso do jogo aéreo na área do SCP) e através da marcação de faltas e lançamentos laterais ao contrário; viu-se bem, várias vezes, o desespero dos jogadores do SCP perante essa mesma e vergonhosa dualidade de critérios. Uma vez mais, Amorebieta não deveria ter terminado o jogo e, contudo, terminou-o.
Enfim, o SCP sai com honra da Liga Europa, eliminado por uma grande equipa de futebol, numa eliminatória renhidíssima e entusiasmante, em que se viram dois jogos empolgantes. Deveriam ter ido ambas à final.
Llorente foi realmente incrível. Acho que nenhuma dupla de centrais a jogar em PT o parava hoje.
26 de abril de 2012 às 23:40Talvez tenha exagerado na análise que fiz à exibição de Carriço mas achei um erro enorme ele não ser titular. Mas lá está não estou nos treinos não posso saber com certeza.
Uma grande eliminatória
Custa sair desta forma. Mais que queixarmo-nos do 1º golo irregular, por ser precido de uma agressão com o cotovelo, temos delamentar o sa ter baixado tanto as linhas. Advinhava-se o golo, já que na 2ª parte o scp foi uma sombra das ultimas 3 que fizera contra os bascos. Custa, mas há que seguir em frente, agora é ganhar a taça e os restantes jogos, incluindo contra o porto.
27 de abril de 2012 às 02:14E ainda podem chegar ao 3º lugar que o Braga está em baixo!
27 de abril de 2012 às 09:48Com a derrota caseira do Braga, ontem, o 3º lugar está agora só dependente do SCP. É uma bela razão para se 'vingarem' de um afastamento doloroso da final da Liga Europa. E implica a concretização de algo que, nem sei bem porquê, é um desejo grande que tenho: o de que o SCP bata o FCP, no Porto, dando um banho de bola ao adversário. Eu nem sou anti-portista, mas aquele 0-0 da 1ª volta ainda me está atravessado, tanto ou mais que a muito imerecida derrota por 1-0 com o SLB, que já foi vingada.
28 de abril de 2012 às 10:51A propósito do meu post anterior, devo reconhecer que o André Santos não poderia ter entrado em San Mamés, porque ficou na bancada a ver o jogo. Aqui, acho que o Sá Pinto cometeu erros na escolha dos jogadores que levou para o jogo (para o banco), pois, além do André Santos, também o Ribas teria sido mais útil à equipa como eventual substituto do van Wolfswinkel do que o seria Rubio. E foi notória, na 2ª parte, a forma como o holandês desceu de rendimento, muito massacrado pelo jogo faltoso que sobre ele fizeram os bascos na 1ª parte e pelos quilómetros que a sua posição em campo e a forma de jogar da equipa adoptada por Sá Pinto o obrigam a correr atrás da bola; ora, Ribas, todos sabemos, é um 'doente' da preparação física e é mais corpulento que Wolfswinkel.
Mas, creio, não adianta chorar sobre o leite derramado. A equipa do SCP pareceu-me quebrar fisicamente na 2ª parte, ficou algo partida, sem meio campo capaz de criar jogo e com dificuldades em fazer a contenção do adversário, que é justamente o que melhor vinha fazendo nos jogos anteriores contra equipas da sua igualha (Bilbao, Metalist, SLB, City). Muito simplesmente, o SCP deve a si próprio e às inúmeras ocasiões de golo desperdiçadas em Alvalade (4 por Wolfswinkel e 1 por Carrillo, só para referir as mais claras) a sua saída da Liga Europa. Para o ano há mais!
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