Chelsea surpreende meio mundo ao bater o Barcelona
Na primeiro jogo da 2ª Meia Final da Liga dos Campeões 2011/12 encontravam-se as duas equipas que, nas últimas 10 épocas, mais vezes marcaram presença nesta fase da prova: Barcelona em casa do Chelsea, numa noite chuvosa em Londres. Hoje foi o o 11º jogo entre estas duas formações - 3 vitórias para cada lado e 4 empates - sendo que em eliminatórias o Barcelona passou 3 vezes e os ingleses só uma.
Não resisto a uma pequena curiosidade estatística: nesta Champions, o Barcelona tinha completado, antes deste jogo, mais 3244 passes que o Chelsea!
Pouca expectativa para este jogo de hoje e a 1ª parte mostrou-o porquê - Chelsea sem capacidade para ter bola e causar perigo e Barcelona à espera que o tempo passasse para resolver o bilhete para a final em Nou Camp.
Posse de bola esmagadora do Barcelona neste 1º tempo (72% em toda a partida), com pelo menos 3 hipóteses de golo na cara de P. Cech, uma delas bateu na trave, mas com muito pouco interesse neste jogo (há clássico no sábado).
Do lado do Chelsea, uma equipa bem mais fraca que o adversário, conseguiu causar algum perigo nos lances de bola parada, principalmente lançamentos laterais, mas mostrou muito pouca vontade em passar o meio campo.
No entanto, o minuto 47 mostrou-me porque gosto tanto de futebol. Barcelona adormecido com Messi a perder uma bola (?!?!) no meio campo, bola imediatamente de colocada, por Lampard, em Ramires (o único jogador que pode criar perigo a este Barça), este galgou o meio campo e chegando à área meteu a bola no matador Drogba que bateu Valdés e deu a liderança ao Chelsea - no único remate à baliza em todo o jogo dos blues.
Destaque para Ramires, para mim, um dos melhores jogadores que passou pelo campeonato português nos últimos 20 anos.
2ª parte ainda mais de sentido único mas sem o Barcelona encontrar a chave para aqueles 4 homens de azul mesmo à frente dos defesas centrais John Terry e Tim Cahill - jogo monstruoso desta dupla. Os catalães foram tendo as suas oportunidades mas foi, sem dúvida, um dos piores jogos da era Guardiola, sem criatividade. Houve ali uma imagem que me ficou na cabeça: Xavi a receber a bola no meio do meio campo e a ter 4 homens à sua frente, sem fazerem pressão sufocante mas não permitindo espaços nas costas do meio campo defensivo, onde Xavi coloca tantas vezes a bola para Messi resolver.
Interessante fórmula de Di Matteo, sem qualquer ideia de ter a bola, nem de a recuperar, mas com toda a atenção em ocupar os espaços em que o Barça se torna letal; jogo impressionante de sofrimento dos homens do Chelsea - alguma sorte também, mas como ganhar ao Barcelona sem ela? Então aquela bola ao poste mesmo a terminar é o expoente máximo da felicidade.
Tarefa complicada para os dois colossos de Espanha, e ninguém me convencerá do contrário: Mourinho e Guardiola pensaram mais no clássico de sábado que nesta 1ª Mão.
As más notícias para o técnico português é que o FC Barcelona não costuma falhar duas vezes seguidas...
As más notícias para o técnico português é que o FC Barcelona não costuma falhar duas vezes seguidas...
1 comentários:
Pois, mesmo não tendo visto a segunda parte, fiquei com a sensação que este 1-0 é curto para se jogar em Barcelona. Mas posso estar enganado. espero estar.
18 de abril de 2012 às 23:48Enviar um comentário
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