SCP 2-1 A. Bilbao: este leão pode mesmo levantar o caneco!
Belo jogo de futebol hoje em Alvalade para a 1ª Mão das meias finais da Liga Europa 2011/12. Duas equipas que têm no leão o seu símbolo e que são muito semelhantes em termos de futebol: capazes de terem momentos do jogo muito bons e outros muito maus: do que vi esta época é a característica que vai ficar de Sporting e A. Bilbao. Sai por cima o clube lisboeta, dando a volta ao resultado, coisa que muito boas equipas não conseguiram frente a esta equipa basca.
Sá Pinto não pode contar com o lesionado Matias Fernández, e como Elias não pode jogar pelo SCP na Europa, foi o miúdo André Martins que entrou no meio campo, e, pelo que vi, gostei muito do jovem jogador.
Do outro lado, Bielsa não pode chamar ao jogo Javi Martínez, o melhor jogador deste Athletic, e a sua ausência notou-se muito.
Entrou muito bem o Sporting em campo e o Bilbao só conseguiu entrar no jogo já perto da meia hora da partida: ainda nem 10 minutos estavam decorridos e já os lisboetas podiam ter chegado ao golo num livre de E. Insúa e numa jogada de João Pereira que Wolfswinkel desperdiçou. Para este bom inicio, notou-se muito a influência de André Martins e, claro, do melhor homem em campo Marat Izmailov - que bem que joga à bola este russo, não conta é para as contas de Sá Pinto para a 2ª Mão (amarelos).
Como disse o A. Bilbao equilibrou o jogo e a meia hora de jogo seguinte foi toda do leão de Espanha. Marcou um golo, por Autenetxe, num livre em que Insúa faz um corte muito mau e oferece o golo ao espanhol. Mesmo antes do golo fica um lance de dúvida na grande área do Bilbao; sinceramente não percebo se há mão para penalty ou não, mas fico mais inclinado para ter havido falta.
Sentiu muito o golo do adversário e 4 minutos depois do golo, aos 58 minutos, o SCP só não ficou a perder por 2 golos porque o poste devolveu um remate espanhol. Sá Pinto também demorou a colocar um 2º avançado e o jogo estava todo do lado do Athletic; mas, lembro-me bem de pensar isto, esta equipa basca não sabe fazer contenção e continuou a atacar com muitos homens deixando o seu sector recuado muito exposto.
Aproveitou o Sporting, e aproveitou Izmailov: grande jogada pela direita do russo, bom cruzamento e Insúa, aproveitando um mau corte da defesa forasteira, marcou o golo do empate numa cabeçada ainda longe da baliza.
E desta vez foi o Bilbao que sentiu muito o golo! 5 minutos depois já Izmailov arrancava pelo meio campo, sem oposição, e metia a bola mesmo prontinha para o remate espectacular de Capel, com o seu pé esquerdo, que deu a vantagem ao clube de Alvalade.
Nos últimos 10 minutos, fruto de um Athletic perdido em campo, o Sporting podia mesmo ter chegado ao 3-1...
Pena não ter surgido o terceiro golo mas, do que ficou deste jogo, o Sporting pode sonhar com a final de Bucareste.
9 comentários:
a assistência para o golo do capel foi do izmailov e nao do rubio..
19 de abril de 2012 às 23:01tou com essa dúvida tou: foi o numero 10...
19 de abril de 2012 às 23:06Bom texto. E agora, é marcar no San Mamés! :)
19 de abril de 2012 às 23:22Sim o sporting pode levantar o caneco mas marcar no san mames nao e facil sou portista mas apoio as equipas portuguesas
20 de abril de 2012 às 09:23Força Sporting!Eu acredito na final!
20 de abril de 2012 às 12:44Uma palavrinha para os adeptos do bilbao. Muito enérgicos e ruidosos, e bastante simpáticos na confraternização à entrada do estádio e durante o jogo. Grande fair-play entre os adeptos e louvavel a faxa de homenagem da juve para o iñigo, aplaudida ao som de my love de Sinatra durante mais de um minuto pelos bascos.
Fenomenal jogo de futebol ontem em Alvalade e um SCP 'deluxe' a jogar excelente futebol, a construir e a desperdiçar golos (que só espero não venham a fazer falta, em S. Mamés). Como eu gosto de ser português (ainda por cima, sportinguista) e ver uma equipa nacional impôr-se a um adversário estrangeiro em todos os aspectos do jogo, jogando com ainda mais arreganho do que a mais intensa e aguerrida equipa espanhola! É verdade que o SCP abanou muito após sofrer um golo tão infeliz quanto injusto, mas a tremideira não chegou a durar 10 minutos (durante os quais o Bilbau poderia ter feito 2-0, na única verdadeira oportunidade que criou durante 93 minutos, pois o 1-0 foi fruto da infelicidade de Insúa e o Bilbau não tinha feito NADA para o justificar...e nada mais fez até ao final do jogo). A substituição de Carriço (grande jogo) por Carrillo foi decisiva para Sá Pinto reequilibrar o SCP e atirá-lo para a reviravolta. Ontem, o Bilbau mostrou-se muito menos perigoso que o Metalist. E, quando quis atacar, após o 1-1, viu-se o que espero suceda em S Mamés: o SCP a entrar com muita facilidade no último reduto basco, pois estes expõem-se muito quando partem para o ataque. Enquanto os espanhóis não se decidiram a jogar o jogo pelo jogo (após o 1-1), o SCP entupiu-os completamente, a ponto de o Bilbau não ter criado uma única jogada verdadeiramente perigosa durante toda a 1ª parte e, se calhar, durante toda a partida.
20 de abril de 2012 às 16:23O lance do Amorebieta podia ter dado penalti para o SCP, mas é facto que ele não quis jogar a bola com o braço: cortou o centro com a barriga, a bola saltou-lhe para o braço e ficou presa entre este e o tronco; mas, é indiscutível que o jogador cortou e reteve a marcha na bola com o braço, na grande área. Aceito que o árbitro não tenha assinalado falta (como aceitaria se decidisse fazê-lo), mas acho absolutamente inexistente a (suposta) falta do Insúa que dá azo ao golo basco. E, mais que discutir se foi ou não penalti (porque penalti não é igual a golo, para nenhuma equipa), parece-me ter de ser realçado que o golo dos bascos (que pode vir a ser determinante e foi das maiores injustiças que já vi acontecerem durante um jogo de futebol) é falso como Judas e uma oferta da equipa de arbitragem (pois me pareceu ter sido o auxiliar a indicar a falta ao árbitro).
Estou convencido de que, se o SCP jogar em S. Mamés com idênticos arreganho, determinação e concentração, pode ganhar o jogo. Se marcar primeiro, o Bilbao vai partir à louca para o ataque e a coisa pode ficar bem gira para nós.
Eduardo já cá fazia falta!
20 de abril de 2012 às 16:27Também gosto de ver um clube da minha cidade abafar uma equipa que andava a ser a menina bonita do futebol europeu. Eu acho que eles também vieram um pouco à City, não achou? convencidos que eram favas contadas...
Sem dúvida, com esta determinação o SCP vai passar. Mas o Izmailov vai fazer muita falta.
Por acaso, não notei qualquer soberba por parte dos bascos, mas cada um vê as coisas à sua maneira. Penso que foi determinante a entrada em jogo do SCP, muito empenhada, determinada e organizada. O Sá Pinto preparou a equipa ao milímetro e a colocação do Capel à direita a maior parte do tempo não foi obra do acaso: é que o defesa esquerdo (que até marcou o golo) é o mais fraco da equipa deles. Logo no princípio do jogo, perceberam que podiam sofrer um golo (aquele petardo do Insúa, se tem desviado 20 centímetros, era golo!) e também se sentiram logo muito limitados a jogar pelos corredores laterais, como gostam de fazer, pois a equipa do SCP estava meticulosamente colocada em campo e não ficou a perder na raça - antes pelo contrário, foi superior ao Bilbao - nas disputas individuais. O André Martins foi absolutamente espectacular nesta fase do jogo: cortou inúmeras jogadas dos bascos e iniciou várias jogadas perigosas e rápidas do SCP. Brilhante!
20 de abril de 2012 às 19:12A propósito do Izmailov, acho que esteve pouco em jogo na 1ª parte (quem sobressaiu foi o André Martins), tendo subido bastante de produção na 2ª parte, essencialmente quando o jogo ficou um pouco partido e os bascos perderam coesão - ou seja, quando passou para o centro do terreno.
21 de abril de 2012 às 00:13É muito gratificante perceber que já aguenta 90 minutos a grande ritmo e não há jogo em que não tenha pelo menos um pormenor delicioso, daqueles só ao alcance dos predestinados; ontem, foi todo o lance da preparação do passe para o Capel que deu o 2º golo: a forma como ele avança no terreno e, subitamente, faz uma inflexão inesperada para a esquerda que tira os bascos da jogada e desposiciona a defesa (o que o Capel aproveitou muito bem) é algo de sublime.
Nos bascos, gostei imenso do Ander Herrera: vê-se à légua que é grande jogador, tem uma leitura de jogo sensacional e a forma como ocupa os espaços e faz compensações é digna de análise e elogios, pois ele faz parecer fácil algo que muito poucos jogadores conseguem fazer.
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