segunda-feira, 19 de fevereiro de 2018

Guttmann, Eusébio e a história entre duas Taças dos Campeões Europeus

«É um dos mais lendários treinadores do futebol europeu e um mito na história do Benfica. Uma nova biografia conta a história de Béla Guttmann e o Observador faz a pré-publicação de um excerto.

Foi um dos treinadores mais importantes da história do futebol europeu, com particular ligação ao campeonato português, onde treinou o Porto e o Benfica. Mas a história da vida de Béla Guttmann, que antes de ser técnico foi jogador, confunde-se também com as transformações vividas na Europa durante o século XX. E essa vida que David Bolchover procura descrever numa nova biografia. O Observador faz a pré-publicação de um excerto em que o autor recorda a vitória da primeira Taça dos Campeões Europeus e a caminhada para a segunda.

“Conquiste-se um importante troféu uma vez, e os críticos dirão que foi pura sorte. Conquiste-se o segundo, e os mesmos serão obrigados a engolir as suas palavras. A época de 1961/62 serviu para Béla Guttmann inscrever o nome no panteão dos grandes treinadores.

Um encontro de acaso na improvável localização de um barbeiro, meses antes da primeira vitória na Taça dos Campeões, preparou o caminho para êxitos futuros. Guttmann esbarrou com José Carlos Bauer, antigo internacional brasileiro, agora a treinar a Ferroviária no seu país natal, e que considerava um sagaz perito da modalidade.

«Ele cumprimentou-me efusivamente, explicando que estavam em digressão (por Lisboa) e que depois seguiriam para África», recorda Guttmann:

Eu disse-lhe: «Ouve lá, meu velho, se vires algum jogador talentoso que eu possa aproveitar, que tenha nascido em Portugal, não te esqueças do nome.» Um mês depois dessa conversa, estava eu no mesmo barbeiro, e, parece uma piada, entra o Bauer outra vez. «Que é feito? Encontraste alguém para mim?» «Oh», respondeu ele, «vi um miúdo preto em Moçambique… até o quis para mim… mas aqueles doidos estão a pedir 20 000 dólares por ele!» «Como é que o rapaz se chama?» Tinha a cara cheia de espuma quando respondeu: «Eusébio!»

Eusébio da Silva Ferreira era jogador do Sporting de Lourenço Marques. O Sporting Clube de Portugal considerava o seu homónimo de Moçambique como fonte de jogadores para o clube, e perdeu as estribeiras quando descobriu que Guttmann usurpara os seus alegados direitos, contratando o atacante altamente promissor para os quadros do velho rival.

Um diretor do Sporting apresentou-se em casa de Eusébio e ofereceu-lhe 500 000 escudos, uma soma enorme para um rapaz de 18 anos, para mudar de ideias. «Pôs o dinheiro em cima da mesa e disse-me que era meu se assinasse pelo Sporting», recorda Eusébio. «Eu respondi que aquilo era uma baixeza, que eu não era doido e não ia assinar dois contratos.»

Quando Eusébio apareceu, de facto, na primeira sessão de treino, em princípios de 1961, Guttmann ficou a observá-lo junto à linha, deliciado com aquela contratação à socapa, encantado com a devastadora aceleração.

Guttmann passara a perna a todos, e nem sequer fora por sorte. O mestre das redes de contactos passara décadas a alimentá-las, e fora um desses contactos que o levara à sua futura estrela. E ele agarrou-se a ela tenazmente. Eusébio foi escondido no Algarve durante 12 dias, por medo de que o Sporting tentasse novamente aliciá-lo. «Mandei três guardacostas para o acompanhar, e dei-lhes as minhas ordens», conta Guttmann. «O Eusébio não pode ser deixado sozinho nem por um minuto, e só pode ficar na casa do Benfica.»

Quando Eusébio apareceu, de facto, na primeira sessão de treino, em princípios de 1961, Guttmann ficou a observá-lo junto à linha, deliciado com aquela contratação à socapa, encantado com a devastadora aceleração de Eusébio, o seu remate explosivo e a sua habilidade para iludir os adversários. Sem conseguir conter-se, acabou por virar-se para o seu adjunto, Fernando Caiado, e gritar: «O menino é ouro!»

Não podendo alinhar na Taça dos Campeões devido à sua muito recente contratação, Eusébio estreou -se num jogo nacional amigável uma semana antes do triunfo de Berna, conseguindo um hat-trick. Marcou outra vez na estreia no campeonato, semanas depois, após o que foi nomeado suplente no jogo contra o Santos de Pelé, num torneio internacional de fim de época disputado em Paris, em junho de 1961.

Com a sua fatigada equipa a perder por 4-0 ao intervalo, Guttmann olhou para o banco e mandou entrar a sua nova gema. «Mandei-o entrar, e ele marcou três golos, todos de uma distância de 20 ou 25 metros», recorda ele. No dia seguinte, o jornal desportivo francês L’Équipe ignorava o resultado do jogo, e, em vez dele, titulava «Eusébio-3, Pelé-2». Guttmann conquistara o passaporte para a imortalidade futebolística.

Antes do início do campeonato seguinte e da campanha da Taça dos Campeões, o Benfica teve que defrontar os campeões americanos do Peñarol na Taça Intercontinental, competição lançada no ano anterior e que punha frente a frente os dois grandes continentes do futebol.

Mário Coluna marcou o golo solitário do primeiro jogo em Lisboa, após o que a equipa embarcou para a longa viagem até Montevideu para a segunda mão, 15 dias depois. Exausta e desambientada, a equipa do Benfica foi goleada por 5-0.

No entanto, e segundo o regulamento, o número de golos marcados era irrelevante, e ambas as equipas conquistaram dois pontos. Era, portanto, necessário um terceiro jogo, que, coisa bastante injusta, deveria decorrer dois dias depois no Estádio Centenário de Montevideu.

Exigiam-se medidas de emergência, e Guttmann não se fez rogado, e convocou imediatamente dois substitutos que embarcaram de Lisboa depois de um jogo de reservas. Veio a nova aquisição, Eusébio, que não aparecera nos dois primeiros jogos, e, em nova demonstração da coragem do treinador e da sua crença que a juventude não era senão para o sucesso, fez estrear também um extremo esquerdo de 17 anos. Guttmann detetara o pequeno e irrequieto António Simões na época anterior. «Ele disse ao adjunto, o Caiado, que aquele rapaz tinha que jogar com os grandes na próxima época», recorda Simões. «Tem que jogar com o Costa Pereira, o Coluna e o Águas, porque já não tem nada a aprender.»

As substituições de Guttmann melhoraram drasticamente o desempenho da equipa, apesar de os jogadores terem acabado de desembarcar de um longo voo. Eusébio marcou com mais um dos seus típicos remates de longa distância, mas, ainda assim, o Benfica perdeu por 2-1, um resultado que ainda faria o treinador protestar muitos anos mais tarde. «Estou a dizer-lhe, o árbitro estava comprado», desabafa ele. «Gente dos bastidores confirmou-me isso mesmo… Eu queria que mudassem o árbitro (para o terceiro jogo), mas só consegui que árbitro e juiz de linha trocassem de posição. Perdemos por causa de uma grande penalidade.»

A primeira mão terminou com um empate a 1-1, mas qualquer esperança que os austríacos pudessem ter de vitória improvável em Lisboa foi desfeita por um novo turbilhão. Colocando Coluna num papel mais central para dar espaço a Eusébio.

Isento da fase preliminar da Taça dos Campeões Europeus, o Benfica começou seis semanas mais tarde a sua defesa do título internacional. Seis meses, apenas, após a venenosa semifinal contra o Rapid, Guttmann regressava a Viena, desta vez para defrontar o Áustria Viena. A cidade estava novamente exultante, e toda a gente se esforçava por arranjar bilhetes para mais um jogo do extraordinário torneio. O Estádio do Prater encheu-se com 80 000 espectadores, um número que ainda hoje é recorde para um jogo entre clubes na Áustria.

Embora o estádio estivesse lotado, o ambiente era um pouco menos assustador desta vez. Todo o clima em torno do Áustria Viena, que Guttmann viria a treinar por pouco tempo dez anos mais tarde, divergia profundamente dos seus rivais locais. «O Rapid estava para rudeza proletária e subúrbio como o Áustria estava para cidade, pastelarias e classe média judaica», resume o sociólogo Roman Horak, numa generalização de antes da guerra que ainda mantinha a validade, se excetuarmos a parte sobre os judeus.

A primeira mão terminou com um empate a 1-1, mas qualquer esperança que os austríacos pudessem ter de vitória improvável em Lisboa foi desfeita por um novo turbilhão. Colocando Coluna num papel mais central para dar espaço a Eusébio, Guttmann conseguiu obter uma vitória por 5-1 e desfazer os austríacos. O tradicional horário português para o início do jogo, às 23h00, contribuiu para a sua desorientação, e quando saíram de campo nem sabiam em que dia da semana estavam.

Guttmann transformara o Estádio da Luz numa fortaleza inexpugnável, e a equipa numa força que inspirava medo em todo o continente europeu. «O Benfica», disse ele certa vez, «tem uma mística muito própria, um ambiente inexplicável e muito seu.» Tinham -no, sem dúvida, nesse momento, e era graças a ele.

Apesar do progresso na taça europeia, o Benfica tropeçara seriamente no início do campeonato nacional. A equipa só venceu um de seis jogos entre meados de outubro e princípios de dezembro, ficando praticamente afastada da possibilidade de renovar o título logo no início da época. Fosse porque a equipa perdera a fome do pão com manteiga do futebol de campeonato depois do triunfo europeu, ou porque a reorganização do plantel originava problemas iniciais, Guttmann pressentiu que alguma coisa ia mal nas fileiras.

Defenderia mais tarde que adotara a habitual tática de reação, hostilizando uma das estrelas para reforçar a disciplina do conjunto. Ao entrar no balneário, no fim de um jogo, Guttmann viu que o capitão José Águas parecia especialmente desmoralizado:

«O que é que se passa?», perguntei -lhe eu. Ele não respondeu, mas o Costa Pereira sussurrou -me ao ouvido: «Ele fez um mau passe, e o Eusébio disse-lhe umas coisas mesmo duras!» Eusébio estava a regressar do chuveiro nesse mesmo instante, mas eu não disse nada, não queria piorar as coisas. Mas no treino seguinte juntei os rapazes todos e disse -lhe: «Ouve o que te digo, Eusébio, podes ser a maior estrela do plantel, mas daqui para o futuro, se não mostras respeito pelos teus companheiros de equipa, dou -te um pontapé no rabo e podes voltar direitinho para Moçambique!» Ele nunca esqueceu a lição.

Eusébio estava lesionado aquando da primeira mão dos quartos de final, em início de fevereiro de 1962, em Nuremberga. O Nuremberga, e não o Bayern de Munique, era então o gigante do futebol bávaro e alemão, tendo ganho a liga por oito vezes, um recorde histórico. Conhecido na Alemanha apenas como Der Club (O Clube), a principal estrela e também capitão era Max Morlock, já veterano com os seus 36 anos de idade, mas vencedor de um campeonato mundial e charneira do poderoso ataque do Nuremberga.

Como se a perspetiva de defrontar a nata da Alemanha sem dispor da sua maior estrela não bastasse, ainda por cima o relvado estava coberto de neve, condições que os portugueses nunca tinham experimentado. Guttmann, que jogara boa parte da carreira em superfícies semelhantes, tentou tranquilizar as tropas: «A neve só é problema se tiver mais de meio metro de altura», gracejou ele.A equipa do Norte de Londres tinha ainda a vantagem menor de jogar primeiro em Lisboa, jogando assim em frente dos seus adeptos no encontro decisivo, e escapando à forte paixão da segunda volta no Estádio da Luz, que reduzira a cacos o Áustria Viena e o Nuremberga.

Essa tentativa de moralização pouco resultado teve. A vantagem inicial conseguida por Cavém depressa foi anulada, e o Benfica regressou a casa com um défice de 3-1, e a coroa em sério risco de ser-lhe arrebatada. Mas se os jogadores acaso sentiram o seu domínio ameaçado, tiveram uma estranha maneira de demonstrá-lo. Na segunda mão, em Lisboa, foi a vez de o Nuremberga ser demolido por uma edição especial de blitzkrieg. A perder por dois golos ao fim de quatro minutos de jogo, por mais um aos 20, os alemães acabaram por ser goleados por 6-0, com Eusébio e José Augusto a averbarem dois golos cada. Como pesos-pesados grogues de tanta pancada, os jogadores do Nuremberga ficaram desfeitos, desnorteados… e surdos. «Neste sítio», comentou Morlock rilhando os dentes, «só se consegue jogar com algodão nos ouvidos».


Se o caminho para a final de 1961 fora relativamente fácil, desta vez os obstáculos eram cada vez mais altos. A seguir, veio o Tottenham Hotspur, que na época anterior se tornara o primeiro clube do século xx a vencer a Liga Inglesa e a Taça da Liga, e que já desfizera o Górnik Zabrze, da Polónia, e o Dukla de Praga, da Checoslováquia, para aceder à meia-final. Os Spurs ostentavam um plantel com vários grandes jogadores: o dinamizador capitão e meio campista Danny Blanchflower, da Irlanda do Norte; Dave Mackay, um defesa duro e determinado, escocês; o talentoso avançado-centro, dotado de grande inteligência de passe, também da Escócia; o galês Cliff Jones, um dos melhores alas do mundo; e, acima de tudo, o grande ponta de lança inglês Bobby Smith e o jovem guarda-redes Jimmy Greaves, recém-contratado e futura lenda do futebol inglês, que faria a sua estreia naquela meia-final.

A equipa do Norte de Londres tinha ainda a vantagem menor de jogar primeiro em Lisboa, jogando assim em frente dos seus adeptos no encontro decisivo, e escapando à forte paixão da segunda volta no Estádio da Luz, que reduzira a cacos o Áustria Viena e o Nuremberga. Guttmann tinha consciência de que tinha que dar o seu melhor para conseguir o apuramento, e não desapontou os adeptos. O resultado final da eliminatória, uma vantagem pela margem mínima para o Benfica, ficou a dever muito à caixinha de truques que Guttmann amealhara ao longo de 30 anos de carreira internacional como treinador. O seu adversário, o relativamente inexperiente Bill Nicholson, perdeu na batalha dos pequenos pormenores, uma derrota fatal num confronto tão equilibrado.

Apesar de ter testemunhado a demolição do Nuremberga, Nicholson esqueceu-se de preparar psicologicamente a sua equipa para a avalanche inicial. Dois golos de Simões e José Augusto puseram o Benfica em vantagem nos primeiros 20 minutos, antes mesmo de os Spurs terem conseguido entrar no jogo. E, embora o Tottenham tenha dominado na segunda parte e Smith tenha marcado um golo, outro golo de um inspirado José Augusto fixou em 3-1 o resultado que o Benfica levava para a segunda mão, em Londres.

Era uma boa vantagem, mas Guttmann sabia que podia evaporar-se em poucos minutos de ação frenética num White Hart Lane lotado e ensurdecedor, com os adeptos ingleses eletrificados com a possibilidade de a sua equipa se tornar o primeiro representante do futebol inglês na final da Taça dos Campeões Europeus.

Tudo fez para evitar que isso viesse a acontecer. A arma principal foram os órgãos de comunicação. «Quando vou para a conferência de imprensa antes do jogo», disse certa vez José Mourinho, «na minha cabeça o jogo já começou». «Tem que se sair como vencedor numa conferência de imprensa», concorda Alex Ferguson. Os comentadores de futebol costumam apontar esse tipo de declarações como prova da inteligência aguda dos treinadores, da sua capacidade para sentir a subtil influência das mensagens dos média na psique dos jogadores. Era isso que Béla Guttmann fazia há mais de 50 anos.”»

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