Barcelona 1-3 Real Madrid: rei só Ronaldo!
Noite de gala em Camp Nou, com o FC Barcelona a receber o eterno rival Real Madrid na 2ª Mão da Meia Final da Taça do Rei. Depois de na partida em Madrid se ter registado um 1-1, Mourinho escreveu hoje um novo capítulo no que têm sido estes clássicos desde que chegou a Espanha em 2010. 1-3! Vitória clara, sem espinhas e com um domínio táctico esmagador da equipa da capital que ainda não se tinha visto. Grande jogo de uma formação que foi sempre mais rápida, mais forte, mais coordenada e que mais procurou a vitória.
E hoje, não há dúvidas nenhumas no globo inteiro, Portugal tem mesmo o melhor jogador de futebol da actualidade: Cristiano Ronaldo! Fantástico jogo, letal na hora que conta e parece que em vez de músculos tem dois motores nas pernas.
Com as equipas na máxima força tivemos um início de jogo electrizante com Messi a ter a primeira oportunidade de golo, logo no segundo minuto. Mas da pulga argentina foi tudo: 2 minutos... Desapareceu do jogo, foi anulado pela defesa do Real Madrid que lhe roubou mais bolas do que nos outros clássicos todos desta temporada. Aquele 10 trapalhão não era mesmo Messi pois não?
O jogo estava vivo e com as equipas à procura do ataque, deixando espaços, quando o foguete português apareceu no relvado (12') e fez o que lhe apeteceu de Piqué, que naquele caso foi ganhar um penalty, que o próprio converteu. Tornou-se assim no único jogador na história destes clássicos espanhóis a marcar de forma consecutiva por 6 vezes fora de casa.
Barcelona sempre à procura do lado direito para atacar, onde Ronaldo não defende, mas Fábio Coentrão esteve imperial e até ao intercalo só num livre directo de Messi a equipa da casa esteve perto do empate. Por outro lado, sempre que o Real Madrid passava o meio campo era jogada de perigo visto que os atacantes do blancos pareciam correr o dobro do que uma defesa catalã feita em cacos.
O início da 2ª parte foi semelhante à 1ª, boa oportunidade do Barcelona - numa bela jogada de entendimento ofensivo (51') - e golo na outra baliza. O 0-2 nasceu de uma bola displicente de Messi que foi aliviada por Khedira, na entrada da sua área, para a corrida de Di Maria; o argentino correu 40 metros, sentou Puyol (tal e qual!) e rematou para a defesa de Pinto, mas Cristiano Ronaldo estava à espera do ressalto e com toda a calma do Mundo carimbou o seu segundo. São 8 golos nos últimos 6 jogos em Camp Nou e 17 em 14 jogos desde o princípio de 2013.
Mas o pesadelo ainda não tinha acabado e, enquanto se ouvia nas bancadas o público a pedir a entrada de Villa, Varane subia ao 2º andar e num canto fazia o 0-3!
Jordi Alba ainda foi a tempo do golo de honra, depois de grande passe de Iniesta, sendo que o médio espanhol foi o único que esteve a um nível aceitável nesta equipa de Barcelona que está numa fase irreconhecível. Muito se queixaram de lances dentro da grande área dos visitantes mas, sinceramente, pareceu-me tudo legal.
Este pode muito bem ser um jogo histórico com uma viragem no futebol mundial e o final de uma era. A queda do Barcelona em Milão foi aproveitada pelo rival para desferir um golpe fundo e marcante.
Os rivais do Barcelona estão a conseguir fazer duas coisas que não eram vistas até há 2 semanas:
Os rivais do Barcelona estão a conseguir fazer duas coisas que não eram vistas até há 2 semanas:
1) Parecem conseguir que os blaugrana afunilem o jogo e estão a impedir que a bola seja tirada da zona onde cercam o jogador, recuperando-a. Messi é o exemplo mais claro disto, não está a soltar-se da muralha que lhe aparece à frente e não está a encontrar solução.
2) Não registei nenhum passe a rasgar a defesa nestes dois jogos que o Barça perdeu. Aqueles movimentos diagonais clássicos no meio campo desapareceram.
2 comentários:
simplesmente o melhor classico do mundo, pelo menos a nivel de clubes!
26 de fevereiro de 2013 às 23:15Ronaldo: Who else?
27 de fevereiro de 2013 às 12:34Já não há mesmo mais adjectivos para o descrever...
Excelente Mourinho que tão bem montou a equipa e aniquilou totalmente o Barça. Muitíssimo bem Coentrão e Varane, fundamental na eliminatória. Di Maria defendeu como nunca e transformou-se ao intervalo. Khedira correu mil vezes entre as áreas recuperando quase todas as bolas.
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