A última vénia a Enzo
Como normal, quando sai um titular e símbolo da equipa, opto por um primeiro post de elogio ao jogador que deixa o Benfica e espero um pouco para começar a disparar. E como este médio argentino merece um elogio!
De Enzo Pérez vou-me sempre lembrar de uma vénia coletiva, no derby com o Sporting, com os benfiquistas todos de pé, Estádio da Luz cheio, a fazer o que tantas vezes se vê nos estádios argentinos mas tão poucas aqui em Portugal. Num jogo de tamanha importância são muito raras as vezes que me lembro de um jogador ser substituído e ter aquela reação do público. Das lágrimas de Amesterdão, se calhar a mais marcante imagem destes 4 anos, não posso dizer muito pois não vi: estava no estádio e os meus olhos ainda tinham mais lágrimas que os do jogador.
De Enzo Pérez vou-me sempre lembrar de uma vénia coletiva, no derby com o Sporting, com os benfiquistas todos de pé, Estádio da Luz cheio, a fazer o que tantas vezes se vê nos estádios argentinos mas tão poucas aqui em Portugal. Num jogo de tamanha importância são muito raras as vezes que me lembro de um jogador ser substituído e ter aquela reação do público. Das lágrimas de Amesterdão, se calhar a mais marcante imagem destes 4 anos, não posso dizer muito pois não vi: estava no estádio e os meus olhos ainda tinham mais lágrimas que os do jogador.
Mas voltando à venia: Enzo tinha enchido o campo, tinha, como tantas vezes fazia, aparecido na 2ª parte, quando os adversários já não tinham pernas e ele tinha para dar e vender. Tinha marcado um golo fenomenal, ao ângulo, sentando segundos antes, com uma finta, o adversário, tinha ganho o jogo. Génio!
Enzo era a raça da equipa, era o guerreiro, e como os benfiquistas pediram um jogador destes durante anos. Se alguma vez Enzo chegou ao final do jogo com os calções brancos terá sido um milagre. Atirava-se à bola e atirava-se outra vez, mordia os adversários, corria atrás da bola. Era fantástico a defender. Mas nesta descrição de jogador cabem uns tantos. A diferença é que à capacidade de defender e pressionar juntava-lhe uma enorme técnica, visão de jogo e arte com a bola nos pés. Pausava o desafio quando era preciso e arrancava para o golo quando lhe apetecia. Dava a bola atrás, quando a equipa precisava de respirar, mas também fazia aquele passe meio golo para o avançado festejar.
Tenho pena que o futebol mundial seja assim, percebo que Enzo tenha de pensar no seu futuro e na sua família mas fico triste. De qualquer maneira, o Benfica segue, segue bem vivo, como se provou nestes últimos anos, com outras saídas e outras vendas. Mas deixo um sentido agradecimento e o reconhecimento a alguém que soube vestir e sentir a camisola encarnada, a camisola de Eusébio e Coluna.
1 comentários:
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30 de dezembro de 2014 às 10:24Enviar um comentário
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