City 1-0 United: blues perto do título inglês 44 anos depois
Grande expectativa para o derby de Manchester deste ano - o jogo do título inglês 2011/12!
Depois de o United ter desperdiçado 5 dos 8 pontos que tinha de vantagem nas últimas 3 jornadas, o City podia, em caso de vitória em sua casa, onde nos últimos 27 jogos venceu 77 dos 81 pontos disputados, igualar o rival no topo da tabela e ficar em vantagem no desempate. Por outro lado, é um estádio onde os red devils se dão bem, últimas 5 visitas para a Premier League só uma derrota; hoje até chegava o empate, mas não era o dia dos jogadores de Ferguson...
Mancini a apostar na equipa que se esperava, o típico 4-4-2 do City com Aguero e Tévez na frente de ataque. Já Ferguson com algumas surpresas, como Park Ji-Sung, ou mesmo Scholes e Giggs, mas já sabemos que o escocês, em jogos grandes, gosta de colocar os seus jogadores mais experientes.
Até começou bem o United, aproveitando um adversário mais nervoso, mas foram mesmo só os primeiros 10 minutos, pois no restante tempo de jogo só deu Manchester City. Os campeões em título foram recuando para a sua área e à passagem da meia hora de jogo já defendiam com 10 dentro dos últimos 20 metros. No entanto, o City nunca causou grande perigo, não conseguindo entrar no autocarro montado pelo adversário. A 1ª parte parecia destinada ao nulo quando surgiu um canto; sempre tão importantes os lances de bola parada nestes jogos grandes. Grande buraco no centro da área, o canto é muito bem marcado, mas a defesa e o GR não podem permitir que o jogador mais perigoso da outra equipa salte sem oposição; assim, Kompany fez o 1-0 já no tempo de compensação.
Primeira metade da 2º tempo morna, com apenas uma oportunidade de Yayá Touré. Ferguson demorou a colocar mais velocidade na frente, Young só entrou aos 80 minutos, e ainda por cima, Mancini, por sua vez, mexeu muito bem na equipa e a entrada de Nigel de Jong foi o golpe final num Man. United sem ideias - fechou o meio campo e a área de influência de Rooney e soltou Yayá, o melhor jogador em campo, para com o seu poder físico e capacidade de reter a bola, causar perigo e desgastar o adversário.
Foi mesmo a chave da vitória táctica do City fechar Rooney, vinha de 13 golos em 11 jogos na Premier League, mas foi um fantasma e graças a isso a sua equipa só conseguiu rematar 1 vez à baliza de Joe Hart.
Nota para um desentendimento entre os dois treinadores que só não chegaram a vias de facto pela intervenção de outros elementos dos bancos. Nada costume em Inglaterra estas cenas, mas só realça a importância que este jogo tinha face à grande rivalidade dois 2 clubes: o City ganhou muito mais do que um jogo hoje!
Final da partida que aproxima os blues do sonho: 44 anos depois, o Man. City está muito perto de conquistar o campeonato inglês, apenas o terceiro título nacional. Tem os mesmos pontos que o United mas leva vantagem no primeiro critério de desempate: a diferença entre golos marcados e sofridos – a equipa de Mancini tem oito de vantagem.
Grande tropeção da equipa que tem dominado a ilha de sua Majestade, 8 pontos em 4 jogos é muito mau.
Grande tropeção da equipa que tem dominado a ilha de sua Majestade, 8 pontos em 4 jogos é muito mau.