Benfica deve fazer mais

1) Em primeiro lugar penso que os três grandes clubes portugueses fizeram muito bons negócios.

2) Não esperava que os dois principais rivais do Benfica conseguissem valores tão próximos do SLB apesar de os negócios serem tão diferentes.

3) O Benfica vende menos direitos e por isso, se fizer o trabalho de casa, terá liberdade para nestes 10 anos potenciar os direitos que não vendeu agora e que os rivais venderam. 

4) O Benfica como uma das maiores marcas do país terá de capitalizar esta diferença em todos estes direitos. Para mim, a maior dimensão do SLB não está neste momento visível em todos estes negócios.

Segundo as contas do jornal Record, o Benfica poderá ser dos rivais aquele que pode encaixar uma verba maior (pode chegar aos 600 milhões), mesmo que os 400 que receberá da NOS sejam, à vista desarmada, o valor mais baixo na comparação com os rivais.
A conclusão é simples. Ao contrário de dragões e leões, as águias apenas cederam direitos de transmissão televisiva e retransmissão do canal do clube.

Quanto ao resto, os encarnados continuam "senhores" de negociarem a publicidade (nas camisolas e no estádio), ao contrário dos rivais, que no acordo que selaram já têm prevista esta gestão, entregue às empresas com as quais negociaram.

De resto, o Benfica já tinha negociado com a Emirates a publicidade das camisolas. «O acordo entre Benfica e Emirates valerá cerca de 8 milhões de euros anuais por três épocas e na eventualidade de ser prolongado até às 12 temporadas (como é o acordo do Sporting) a verba final poderia aproximar-se dos 100 milhões de euros. O clube da Luz poderá, também, faturar mais 20 milhões de euros pela publicidade estática no estádio, mais 16 milhões de euros de dois anos adicionais pelo seu canal televisivo e outros 15 milhões por um contrato de patrocinador de telecomunicações.». ainda de acordo com o Record. 

Além disto, importa ainda salientar que «o Benfica fica automaticamente a lucrar com a existência de novos contratos entre a NOS e outros clubes, desde que estes cheguem a valores próximos do seu próprio contrato».


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Boxing day 2015

A Premier League é a única competição europeia que não é interrompida nesta época natalícia e hoje, dia 26, temos o famoso 'Boxing Day'. Vamos ver quais os jogos mais importantes a seguir na 18ª jornada do 'Boxing Day' da Premier League.


Stoke City x Manchester United
As primeiras equipas a defrontarem-se são o Stoke City (11º) e o Manchester United (5º). Os red devils vêm de uma série de resultados negativos e Louis van Gaal já viveu melhores dias ao comando do colosso inglês. Apesar de Wayne Rooney já ter afirmado que os jogadores estão com o treinador, uma derrota com o Stoke poderá colocar o cargo de van Gaal em risco, numa altura em que tanto se fala no ingresso de José Mourinho no United.

Chelsea x Watford
Agora sem o seu Special One e finalmente com Guus Hiddink a comandar os blues até final da época, os jogadores do Chelsea (15º) têm uma boa oportunidade em casa para provar que a saída de José Mourinho foi realmente a solução para todos os seus problemas. O Watford (7º) vem de uma vitória moralizadora por 3-0 frente ao Liverpool e o Chelsea precisa de manter a forma demonstrada contra o Sunderland (vitória por 3-1), caso contrário arrisca-se a sofrer mais um dissabor em casa esta época na Premier League.

Liverpool x Leicester
Jurgen Klopp prepara-se para ter mais um teste difícil na sua caminhada à frente dos reds, desta vez frente ao líder Leicester (1º). As raposas vão tentar defender a liderança em Anfield Road, aproveitando o mau momento de forma do Liverpool (9º), depois da surpreendente derrota do conjunto de Jurgen Klopp no terreno do Watford por 3-0. O técnico alemão veio criticar os jogadores publicamente e espera uma resposta à altura no jogo de amanhã frente ao líder.

Southampton x Arsenal
O Arsenal (2º) de Arsène Wenger continua a fazer uma excelente temporada na Premier League, estando na 2ª posição apenas a 2 pontos do líder Leicester. Se asraposas escorregarem contra o Chelsea, os gunners têm uma hipótese de ouro de subir ao primeiro posto da competição. No entanto, o Southampton (12º) de José Fonte e Cédric vai querer melhorar a sua forma, especialmente por ser um jogo em casa, depois de resultados extremamente negativos.

Manchester City x Sunderland
O Manchester City (3º) continua na perseguição aos primeiros lugares ocupados por Leicester e Arsenal e tem amanhã uma boa hipótese de encurtar a desvantagem de pontos frente ao Sunderland (19º), penúltimo classificado da Premier League. Com Kompany, Fernando e Zabaleta de regressa ao onze após lesão e Aguero ainda em busca da melhor forma, os citizens precisam de melhorar o seu jogo pois na próxima jornada visitam o terreno difícil do Leicester

Todos os jogos do Boxing Day (26/12) - 18ª jornada da Premier League:
Stoke City x Manchester United (12.45h)*
Swansea City x WBA (15.00h)
Tottenham x Norwich (15.00h)
Bournemouth x Crystal Palace (15.00h)
Aston Villa x West Ham (15.00h)
Chelsea x Watford (15.00h)*
Manchester City x Sunderland (15.00h)
Liverpool x Leicester (15.00h)
Newcastle x Everton (17.30h)*
Southampton x Arsenal (19.45h)*

*Transmissão em directo e exclusivo na BTV2.

Fonte: blastingnews.com

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Renato Sanches: a águia da musgueira

O miúdo não se tinha ido embora assim há tanto tempo. Bem torcera o nariz à distância, ao rio que tinha de atravessar para chegar ao Seixal e lá ficar, longe de tudo o que lhe era familiar. Só ia a casa nos fins de semana em que o calendário era amigo e lhe dava tempo para regressar ao local de onde saíra, mas até houve um que serviu para fortalecer esta amizade. Há um sábado que manda o Benfica ir jogar contra o Águias da Musgueira e um pequenote das tranças soltas na cabeça fica feliz da vida. Veste-se com o fato de treino do clube, senta-se no autocarro e fica no meio de um monte de miúdos encarnados, como deve ser. Assim que chega ao estádio, porém, “enfia-se para dentro” da cabine certa para ele, mas errada para os clubes. Corre para balneário do Águias, para perto dos que via como seus, e “tem de ir um delegado do Benfica chamá-lo”. Renato Sanches “recusava-se a jogar contra o pessoal da Musgueira”.

É teimoso, insiste que ali não vai ajudar a nova equipa a ganhar à antiga. Chega até a sugerir — e a acreditar — que possa acontecer o contrário: “Oh presidente, emprestem-me um equipamento que eu jogo por vocês!”. Não desarma e estica a corda o suficiente para não jogar por ninguém e, depois, ainda testar se a corda aguenta mais um puxão. “No final também não quis ir lanchar com a equipa do Benfica. Veio lanchar connosco”, conta o homem que, no tal dia, o miúdo mais chateou. Mesmo cansado e a roçar a fartura com tantas entrevistas e jornalistas a baterem-lhe à porta, António Quadros deixa-se levar por uma das histórias que guarda de Renato. Ri-se por lembrar a vez em que o miúdo não quis jogar, depois das muitas vezes em que o procurou para lhe contar as andanças no Benfica. “Quando vinha a casa depois dos jogos vinha ter comigo, para me contar o que tinha feito no jogo. Lembro-me de uma em que me disse: ‘Presidente, hoje fiz três golos ao Belenenses, demos uma tareia!’ E lá lhe dei cinco euritos para ele ir comer uma bifana. Ficou todo contente”, revela.

Por isso ou por, com o tempo, “ir reconhecendo o carro à distância”, Renato passou a procurar sempre por quem ainda hoje é o presidente do Águias da Musgueira. Um golo, uma assistência ou um jogo a dar nas vistas. Qualquer desculpa servia e a verdade é que pelo menos uma delas acontecia quase todos os fins de semana. Era o suficiente para António Quadros tirar a carteira do bolso e recompensá-lo com dinheiro para pagar um pedaço de carne enfiado no pão. Foi assim, à beira do presidente e com uma pedincha disfarçada com alegria, que Renato Sanches terá ganhado o hábito que ainda hoje o faz ir ao Complexo Desportivo da Alta do Lumiar. Vai, chega, passa os portões, sobe as escadas no topo Sul do estádio e caminha até ao bar do Águias da Musgueira. É lá que costuma parar e parou para comer uma bifana depois de “acertar na baliza” quando quis “mandar um charuto para fora”.

Foi assim, de voz cheia com a ginga de quem brinca, que Miguel Martinho o cumprimentou no dia seguinte ao miúdo de 18 anos se estrear a titular no Estádio da Luz, para o campeonato — com um golaço. Quando chegamos ao bar com vista para o relvado, Miguel é uma de quatro pessoas sentadas à mesa que resistem ao avanço da hora de almoço. Passou o tempo dos clientes comerem, é altura de os patrões encherem a barriga e a cozinheira, de bata vestida, partilha mesa com o hoje responsável pela formação do Águias da Musgueira. É ele que estranha a cara que não conhece e pergunta quem é a visita. “Ah, mais um jornalista”, desabafa. Sabe logo ao que o Observador ali vai, como Renato Sanches sabia quando, horas depois a disparar um míssil contra a Académica, o apanharam ali a comer uma bifana. “Os jornalistas tiveram a sorte de apanhar o gajo a comer. O chavalo até ficou meio coiso: ‘Eish, nem aqui me deixam em paz. Já sabem que não posso falar’”, diz, esclarecendo que o Benfica “não o deixa falar”, ao contar a reação que viu o jovem ter ao ser descoberto no sítio onde julgava estar escondido.

Ninguém no bairro o terá denunciado ou batido com a língua nos dentes. Não, a fama foi atrás de Renato porque, em mês e meio, o médio finta as expectativas, estreia-se pelo Benfica, passa a titular e torna-se o mais novo deste século a marcar pelos encarnados em casa (o Observador vai à Musgueira após o jogo com o Atlético Madrid, na última jornada da fase de grupos da Liga dos Campeões). Daí a apanharem-no a comer uma bifana onde as come sempre foi um instante. “Quando tem folgas ou joga ao domingo em Lisboa, aparece. Sempre que pode vem cá ver o pessoal e os jogos dos juniores e dos seniores”, garante Miguel, cada vez mais alegre à medida que se vai alongando a conversa sobre Bulo, alcunha inventada pela avó materna e pela qual o tratam familiares, amigos e desconhecidos. Porque rara é a alma na Musgueira que não sabe quem ele é desde que, há 11 anos, o Benfica o levou. E por isso é que Vítor Pereira chegou a ser uma raridade.

“Foi o ano passado, não foi?” Enquanto diz isto, Miguel vira a cabeça para a esquerda e aumenta o tom de voz, como um anzol que se lança para pescar a atenção de quem está sentado na mesa ao lado. Além da chávena de café e do copo balão, meio cheio com whisky, Vítor passa a ter a distração da conversa. Antes de intervir, o senhor dos óculos assentes na ponta do nariz dá uns segundos para Miguel Martinho introduzir a história. “Bem, o Renato é conhecido aqui no clube, toda a gente sabia que ele jogava no Benfica”, começa por dizer, sobre “aquela vez” em que o Águias da Musgueira organizou um jogo — uma “Taça da Amizade” — com o Alta de Lisboa, o rival com quem “não se dá bem”, mas partilha relvado. “O Vítor estava na porta do estádio e qualquer pessoa tinha de pagar bilhete. Mas o Renato estava habituado a chegar aqui e entrar logo, sem pagar. Não dizia nada e entrava porque toda a gente o conhecia”, resume.

Toda a gente menos Vítor Pereira, à altura acabado de chegar à presidência do clube e sem tempo para saber quem era o miúdo das tranças que passara por ele mudo e calado. “Fiquei em brasa, estava um bocado para o embroado já. Virou-me as costas e entrou por ali dentro sem dizer boa tarde nem nada, como estava habituado a fazer”, recorda, para depois contar que foi “logo atrás dele”. Assim como Vítor “não o conhecia de lado nenhum”, também Renato “não fazia a mínima ideia” de quem era o homem que o obrigou, e aos amigos, a pagarem um euro pelo bilhete que nunca costumavam precisar. “Estava habituado a fazer isso. A direção tinha mudado, ele não sabia e pronto, deu naquilo. Mas ele percebeu e depois pediu desculpa. Coisas de miúdo”, resume, cara séria, deixando que Miguel se ria pelos dois. Como Renato Sanches, há outros “quatro ou cinco que jogaram à bola” no Águias e, quando aparecem por ali, fazem o mesmo — Miguel Rosa, hoje no Belenenses, ou Bruno Patacas, que passou épocas no Nacional da Madeira, são exemplos.

Elson Tavares podia ser outro. Uma “cena de miúdo”, porém, fez com que um azar se agravasse para um problema e Elsinho, diminutivo pelo qual a Musgueira o trata, não conseguiu arranjar lugar no comboio encarnado que deu boleia a Renato Sanches. Embora ainda o tenha chegado a apanhar. “Sou dois anos mais velho que ele e, antes de irmos para o Benfica, apareceu-me uma coisa no joelho. Na altura, claro, só queria jogar, jogar e jogar, não queria parar para tratar”, conta, ainda equipado e com um sorriso conformado, no final de um treino dos seniores do Águias. É lá que joga o médio rápido de pés e cheio de ideias na cabeça sobre o que fazer à bola que, em miúdo, também ficou bem visto nos olhos do Benfica. Tanto que ele e Renato a enfiaram-se no carro de António Quadros e foram “treinar a um campo ao lado do Estádio da Luz”, para ver no que dava.

Deu em coisa boa, porque “passado um quarto de hora, nem tanto, e alguns pais que estavam na bancada a ver o treino começaram a perguntar: ‘Epá, quem é aquele pretinho que ali está a jogar?’”. O então e hoje presidente do Águias ficou “caladinho que nem um rato”, mais preocupado em ouvir do que em falar. “É que o puto é mesmojeitozinho, olha para aquilo, ele toca na bola e acontece sempre alguma coisa”, escutou também. E o que de bom ouviu boca alheia dizer nesse dia era sobre Renato, e não Elsinho, mesmo que o Benfica tenha decidido ficar com ambos. “Mas só fiquei à volta de duas semanas, não mais do que isso. Eles viam que estava a coxear muito e disseram-me que, como o problema era anterior, mandaram-me embora”, lamentou, sem mágoa na confissão. O telefone da Luz ainda o chamou mais duas vezes, mas nunca conseguiu fintar o joelho e arrancar rumo à baliza para onde hoje vê Bulo a correr.

Elsinho ficou, Renato foi e daí que hoje já não se deem “tanto como antes”. Cumprimentam-se, falam e metem a conversa em dia quando se veem, que é como quem diz, quase sempre que o menino bonito da Luz aparece na Musgueira. Não precisa de estar muito com ele para saber que “ele não se tem deslumbrado” com os pulos que deu no último mês. “Tem-se mantido concentrado”, garante, antes de carregar no “naaa” com que começa por responder ao Observador, que lhe pergunta se Renato Sanches tem sentido pressão: “Vê-se logo dentro de campo que não acusa nada”. Como se viu quando deu meia volta com a bola e a bateu com força para a convencer a entrar com um golaço na baliza da Académica. Ou quando se fartou de a pedir no pé, os 18 anos a mostrarem-se enquanto os graúdos da equipa se escondiam, na última meia hora com o Atlético de Madrid. Longe de um relvado, Renato “é um bom amigo, brincalhão e nada tímido”, mesmo que Miguel Martinho diga que ele “só dá conversa às pessoas com quem tem confiança”.

Como a irmã mais velha, que muitas vezes lhe arranjou as tranças que tem penduradas na cabeça, ou os dois irmãos mais novos. E a Dona Maria, a mãe, que à medida que os anos foram passando, sempre foi confiando em António Quadros e lhe foi dizendo: “Toma conta do meu menino”. O presidente não esquece o dia em que um dirigente do Benfica lhe disse que pretendia ficar com Renato Sanches e estava desejoso para que a mãe pegasse na caneta e assinasse o consentimento. “Não, não, eu não assino nada sem a ordem aqui do Sr. Quadros”, disse, como reproduz a memória do homem que, em 1963, foi um dos fundadores do Águias da Musgueira. Nunca em tantos anos de clube teve que dar conversa a tantos jornalistas e pessoas curiosas em saber a história do miúdo que dali veio.

António encolhe os ombros enquanto diz que “já não [tem] nada para dizer”, mas, da primeira vez que falou para uma entrevista, Renato “foi logo” ter com ele. “Presidente, você é o responsável por isto tudo, portanto, agora aguente-se!”, disse, na altura, Bulo, dando um troco na mesma moeda que o presidente do Águias lhe deu quando o menino fez birra ao saber que ia jogar para o Benfica. “Ele não reagiu bem: ‘O quê? Não vou nada, não quero ir, não vou para o Seixal, é muita longe!’. Fui-lhe dizendo que era bom para ele, para o seu futuro, e para se aguentar porque tinha condições para lá ficar durante muito tempo. Mas a vida dele era aqui, com os amigos e a família”, conta quem, há uns anos, perdeu a visão mas não deixou a memória ganhar ferrugem. Por isso não se esquece das 25 bolas e da “compensação financeira” que um dirigente do Benfica, que já não o é, lhe prometeu quando Renato Sanches se mudou para o Seixal.

Lamenta o facto de a promessa não ter ficado escrita em papel, sem disfarçar algum desalento que nem a iminente reunião com Nuno Gomes, o atual diretor da formação do Benfica, consegue curar. “Aposto que não vai dar em nada, estou mesmo à espera ele diga: ‘Desculpe lá, mas nessa altura não era eu que estava à frente da formação’. O problema é que foi um acordo de boca e, na altura, eu confiei”, lamenta. António, contudo, admite que lhe “dá alegria” hoje ouvir, de três em três dias, “os comentadores na rádio e na televisão” dizerem que “o melhor jogador do Benfica em campo começou no Águias da Musgueira”. Talvez o digam por verem, como vê Miguel Martinho, o responsável pela formação do pequeno clube, um “daqueles putos a quem chamamos jogador de bairro”. Porque “se lhe dissessem, depois do jogo com a Académica, que tinha de ir jogar pela equipa B dali a meia hora, ele jogava e chegava lá com a mesma garra”. Os futebolistas que “crescem no bairro são assim”, resume. Algures por aí, Renato Sanches estará a acenar que sim com a cabeça.

Fonte: observador.pt

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O baile do Sporting...

Deve ser esta a causa de tanto gemido e gritaria



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Orgulho ferido

É esta a mensagem simples que tem de passar para os jogadores e responsáveis actuais do SL Benfica. É este o sentimento que reina na nação benfiquista e os homens que neste momento têm a sorte de vestir o manto encarnado sagrado devem exibir-se consoante este sentimento dos milhões de benfiquistas. A rivalidade com o Sporting está marcada a tinta no ADN do que é o SLB mas marcada de uma forma muito especial. Ao contrário de outros clubes grandes o registo do Benfica com o seu maior rival histórico é claramente um registo de superioridade, ao longo das décadas. Superioridade clara em títulos, em vitórias, em adeptos, enfim, em tudo! Isto não pode nunca ser colocado. 

Outra característica escrita muito fortemente na mística do clube da águia é a capacidade de responder com força e de uma forma clara às derrotas. Derrotas dolorosas vai sempre haver, estamos a falar de um jogo, é mesmo assim. A diferença é a forma como se reage a estes murros e como ao longo da história (excepção ali no final da década de 90 e princípio do novo milénio) o Benfica tem sabido responder a noites menos boas. Foi assim quando foi vergado por 7-1 em casa do Sporting, pois quando se fizeram as contas desse campeonato foi o Benfica que levou a Taça. Foi assim quando depois dos 5-0 e na visita seguinte ao Dragão os encarnados venceram o FC Porto por 0-2. Tem de ser assim hoje!


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Hat-trick de roubalheira

Isto não é colinho é um escândalo! Três jogos seguidos a serem beneficiados pela arbitragem. Grande vénia a Bruno de Carvalho que de uma maneira nunca vista conseguiu em poucas semanas condicionar vergonhosamente as arbitragens. Mas ganhar assim vai lá vai...


Isto é penalty! Com 0-0. Aos 84 minutos! Vergonha!
E não, não há penalty nenhum 2 minutos depois sobre Slimani. Nem vão por aí! Quem faz a primeira falta é o avançado do Sporting. Depois o defesa desequilibra-se e cai em cima do argelino.

Recordo que na jornada anterior os leões venceram por 1-0 com um penalty conquistado numa jogada manchada por um fora de jogo de 1 metro e que no derby Carlos Xistra "não viu" um penalty cometido sobre Luisão com o jogo ainda em 0-0.
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Domingão


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Colinho em Alvalade

Depois do Sporting ter sido muito, mas mesmo muito, ajudado por Carlos Xistra no derby da 8ª jornada volta a arbitragem a favorecer claramente a equipa de Bruno de Carvalho na recepção ao Estoril. No lance que decide a partida há um fora de jogo gigante do avançado leonino que depois sofre o penalty que derrotou o Estoril. Epá, entreguem já a Taça!


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Tondela 0-4 Benfica: depende do adversário

O Benfica conseguiu ontem uma expressiva vitória na deslocação a Aveiro para defrontar o modesto Tondela. Os quatro golos sem resposta não disfarçam a sensação de que este SLB de 2015/16 joga consoante o que o adversário deixa. No entanto, só com vitórias é que uma equipa começa a crescer e a ganhar confiança para se impor com todos os adversários. Frente a um Tondela que também vive um mar de incertezas fica a vitória, a primeira fora para o campeonato, e o final da série sem marcar golos longe do Estádio da Luz. 


Agora segue-se jogo decisivo da Liga dos Campeões frente ao Galatasaray. Já terça-feira no Estádio da Luz.
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Jorge Jesus volta a atacar o Benfica

A troca de palavras entre Benfica e Sporting está para durar. Desta vez, é Jorge Jesus novamente o protagonista, ao dizer numa entrevista à GQ que Rui Costa é o único elemento da estrutura do Benfica que percebe de futebol.

Jorge Jesus conta que no regresso à Luz, no passado domingo, não esteve com os seus ex-jogadores mas apenas com Rui Costa, a quem tece os maiores elogios. “Ele é o único elemento daquela estrutura que percebe de futebol, é o único elemento que tem algum conhecimento das coisas. É, na minha opinião, o elemento que dá àquelas pessoas que gravitam todas à volta da estrutura do futebol, e que não entendem nada daquilo, alguma sustentabilidade ao nível do conhecimento do jogo e do jogador”, diz Jesus na entrevista à GQ, cuja nova edição chegará às bancas na próxima semana.

“O eventual futuro que o Benfica possa ter no futebol ou passa pelo Rui Costa, ou não passa por ninguém”, diz Jorge Jesus, com quem o Benfica está em litígio pedindo uma indemnização de 14 milhões de euros por quebra de contrato.

Nesta entrevista, o treinador do Sporting falou ainda sobre a sensação que teve no regresso à Luz, onde os “leões” venceram por 3-0. “"Senti respeito. Senti que ali passei momentos felizes da minha carreira desportiva, mas, neste momento, estava do outro lado. Normalmente, estava no banco oposto àquele... Nada disso mexeu comigo porque sabia que estava a dirigir outra equipa. Tinha de estar com a minha autoconfiança como quando estava sentado no outro banco, neste caso, do rival.”

E sobre a reacção dos adeptos – foi assobiado – disse que não ficou surpreendido: “Não esperava que me aplaudissem, não esperava que me dessem flores.”

Jesus foi ainda confrontado com a imagem que algumas pessoas têm dele: a de que é arrogante. E respondeu de forma curiosa, confessando que gosta do confronto: “Às vezes, se calhar, parece que tenho um pouco de arrogância. Mas, às vezes, também sei que tenho, quando quero e para quem quero. Conforme os momentos. Dá-me gozo. Eu gosto do confronto, e como gosto do confronto aquilo que vocês transformam em arrogância é um pouco isso. É um pouco fazer sentir ao outro: ‘Queres confronto? Então vamos lá para o confronto!’”

Nos excertos da entrevista divulgados pela GQ, fica ainda a saber-se o momento que Jorge Jesus considerou ser o mais difícil de gerir na sua carreira: o empurrão que o avançado Oscar Cardozo lhe deu, após a derrota na final da Taça de 2013. “Mas, depois, consegui resolver com alguma facilidade porque ele é um miúdo bom. Aquilo foi um momento, não digo de loucura dele, mas de algum desequilíbrio emocional porque tínhamos perdido duas finais numa semana."

Fonte: publico.pt
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Suspeitas de corrupção em Alvalade

Agora o feitiço virou-se contra o feiticeiro. As más línguas mudaram-se para o outro lado da 2ª circular.

A derrota dos albaneses do Skenderbeu em Alvalade, no passado dia 22, por 5-1, em partida referente à 3.ª jornada do Grupo H da Liga Europa, não mereceu muitos comentários no mundo do futebol. Afinal de contas, uma equipa albanesa a ser goleada (ainda por cima na condição de visitante) não é novidade. E nem o facto de o Sporting ter apresentado vários suplentes levantou grandes suspeitas. Contudo, não deixou de ser estranha a forma como os futebolistas do campeão da Albânia cometeram dois penáltis escusados na primeira parte ou como ficaram em desvantagem numérica também antes do intervalo.

Uma semana volvida, porém, ficou a conhecer-se um volume invulgar de apostas em torno da partida. E no entender da Federbet, a associação que monitoriza a maioria das casas de apostas com o intuito de impedir os jogos combinados, há alguma coisa que não bate certo. De resto, o Skenderbeu já tem atrás de si um historial com mais episódios considerados, no mínimo, suspeitos. Por isso mesmo, e apesar da UEFA estar atenta ao caso mas sentir-se “de mãos atadas”, a Federbet ameaça denunciar o clube albanês à polícia suíça. Isso mesmo foi noticiado em Espanha através do “El Confidencial”.

O lance do 4-0
Para além das situações invulgares da primeira parte e do “patrocínio” do guardião albanês no lance do 4-0, o que fez disparar o alarme da Federbet foi o que se passou nos últimos minutos. Com a partida decidida - e apesar do Sporting ter um homem a mais, jogar em casa e ser muito mais forte -, a lógica diria que poderiam aparecer mais golos, mas o comportamento dos apostadores foi contrário ao habitual. Quando Tobias Figueiredo assinou o quarto golo dos leões, aos 69 minutos, um eventual quinto remate certeiro pagava 1,55 por cada euro apostado. Depois, e com o passar dos minutos, a odd subiu para 1,68 aos 72’. Tudo normal, pois quanto mais se aproxima o final do encontro, a tendência é subir o prémio para quem aposta em mais golos e baixar a recompensa de quem acredita que o resultado não vai sofrer alterações. A questão é que a partir dos 72 minutos entrou imenso dinheiro em jogo. Quando o volume não é exagerado, as casas de apostas nem alteram as odds, mas quando a verba ultrapassa determinado limite é preciso reagir. E é aqui que tudo fica difícil de explicar. Com o relógio a andar, de repente o que deveria estar a valer 1,7 ou 1.8 caiu para 1,33.

“Minuto a minuto as apostas para o total de golos e para a diferença entre as duas equipas revelavam apostas contra toda a lógica”, explicou ao “El Confidencial” o secretário geral da Federbet, Francesco Baranca. E a verdade é que o 5-0 surgiu aos 77 minutos...

Baranca diz ainda que pode existir uma razão para a expulsão, para os penáltis sem razão aparente e para o “frango” do guarda-redes do Skenderbeu. “Segundos nos informaram várias testemunhas, quando uma partida está ‘controlada’, os jogadores que fazem coisas sem razão aparente podem estar a fazê-lo para receber bónus”. Esta forma de actuar tem quase sempre como origem a Ásia e os especialistas estimam que numa partida da Liga Europa, com estes “truques”, se pode ganhar entre 5 a 10 milhões de euros.

Para a Federbet tudo poderia ter sido apenas e só um mau para a equipa albanesa, pois isso pode suceder até às grandes formações mundiais. Porém, não é preciso recuar muito no tempo para encontrar mais situações suspeitas envolvendo este clube deveras misterioso que esteve para desaparecer em 2009, antes de ser comprado por um empresário local que, num ápice, levou a equipa à conquista dos derradeiros cinco campeonatos locais, a “via verde” para a entrada nos jogos que valem muito dinheiro no mercado das apostas ilegais.

A Liga dos Campeões
A 21 de julho, nas pré-eliminatória da Liga dos Campeões, o Skenderbeu atuou na Irlanda da Norte, contra o Crusaders, depois de ter ganho por 4-1 em casa. Aos 78 minutos, os albaneses lideravam 2-1 face a um conjunto semi-profissional. De repente, as apostas viram contra a lógica e passa a ser mais expectável um novo golo dos norte-irlandeses. “A odd devia estar por volta dos 5 euros por cada um apostado, mas face ao dinheiro que entrou acabou em 1,9”, recorda Baranca. E o que é aconteceu? O Crusaders marcou dois golos nos descontos… Em jogo estavam entre 1 e 3 milhões de euros em apostas “anormais”.

Em agosto, na segunda mão do playoff de acesso à Liga dos Campeões, o Dínamo Zagreb (onde alinham vários futebolistas portugueses) estava comodamente a vencer por 3-1, em casa, depois de já ter ganho o primeiro duelo, na Albânia, por 2-1. Com a eliminatória decidida, os croatas não queriam mais nada do jogo, pois não precisavam. De resto, até jogavam em inferioridade. Mas, aos 78 minutos, as odds indicavam apenas 1,2 para que a equipa local voltasse a marcar. A Federbet diz que, nestas condições, o valor devia andar por volta dos 2,5. A questão é que, mais uma vez, entrou um ror de dinheiro (entre 5 a 10 milhões de euros) e o Dínamo, mesmo só com 10 elementos, marcou aos 80 minutos.

Até alguém ter começado a juntar todos estes “pormenores”, o Skenderbeu era um caso de sucesso, já que nunca uma equipa albanesa tinha chegado tão longe nas pré-eliminatórias da Liga dos Campeões. Baranca estranha, contudo, a passividade da UEFA, ao contrário do que sucedeu em 2011 com os turcos do Fenerbahçe. “Que mais precisam para fazer algo? Falam do milagre albanês, até por terem conseguido a classificação para a fase final do Europeu de 2016, mas a verdade é que há 15 anos que ‘arranjam’ jogos”, denuncia, salientando ainda que existir um vice-presidente albanês na UEFA…

Fonte: record.pt
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Agora já não falam de arbitragem. Tudo dito então

As semanas que antecederam o derby foram semanas de ataques constantes à arbitragem pelos responsáveis do Sporting. Um ataque brutal que já não se via há anos. Noto com curiosidade que depois do jogo nada mais se ouviu a Bruno de Carvalho sobre o caos que estaria a minar uma das áreas mais importantes do futebol nacional. Penso que então está tudo dito sobre o que se passou na Luz com Carlos Xistra... 

Os benfiquistas são diferentes, não gostam muito de colocar as culpas em terceiros dos erros próprios. Sabemos que somos muito maiores que os nossos rivais e que para ganhar basta fazermos as nossas coisas bem feitas, mesmo com tudo o que nos puderem lançar de fora. Tenho orgulho de ser de um clube assim.

Agora, isto é penalty sobre Luisão! Bryan Ruiz o culpado. Ainda com 0-0! Momentos antes do 0-1. Seria um jogo completamente diferente...


E não me venham com tretas que na área, no seguimento de um lance de bola parada, vale tudo. É falso. Os abraços, os encontrões, os empurrões, os bloqueios é uma coisa. Outra é agarrar o equipamento de um jogador. As leis do futebol são muito claras! Qualquer puxão de qualquer equipamento de um futebolista é livre directo. É o que está escrito.

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O que aconteceu no Benfica?

O Sporting conseguiu ontem uma das suas maiores vitórias frente ao eterno rival Benfica. Em pleno Estádio da Luz, os leões bateram os bi-campeões nacionais por 0-3, resultado construído na 1ª parte por Teo Gutiérrez, Slimani e Bryan Ruiz. Uma autêntica humilhação servida por Jorge Jesus que deixa os encarnados longe do 1º lugar e do tri-campeonato. Do outro lado da 2ª circular está agora o líder isolado da I Liga e maior candidato ao título nacional.


Isto no futebol não há espaço para grandes dúvidas, há vencedores e derrotados. Esta temporada está a começar a parecer que vai ser um baile de Bruno de Carvalho e Jorge Jesus a Luís Filipe Vieira e Rui Vitória. Já muito aqui escrevi sobre a minha estupefacção com a escolha de Vieira de terminar um dos ciclos de maiores vitórias do Benfica e deixar fugir JJ para Alvalade. Ele é o grande culpado e terá de sair da Luz se a temporada acabar em desgraça. A famosa estrutura que não precisava de Jorge Jesus tem sido esmagada em toda a linha. Onde andou a estrutura nestas últimas semanas quando o Sporting construiu esta vitória nos media? Também aí Bruno de Carvalho goleou.
Luís Filipe Vieira cometeu o mesmo erro que o SLB já tinha cometido com Toni e Mourinho e isso dá porcaria. Pagou-se na altura e vai-se pagar agora. Sei que há muitos benfiquistas que nunca foram com Jorge Jesus, tem uma personalidade especial, para dizer pouco. Mas na vida quem coloca à frente da competência a personalidade nas suas avaliações não vai longe. Escrevo com alguma certeza no que se segue: Jorge Jesus seria campeão no Benfica este ano. Veja-se como o FC Porto está igual... Veja-se como o Benfica piorou tanto... Jorge Jesus é, com todos os seus defeitos, o melhor treinador em Portugal. De longe!

Ontem sai do Estádio da Luz com bastantes certezas, ideias que já tinha mas que ontem se confirmaram em toda a linha. Uma delas é que a aposta na formação não dá títulos. Tirando os das capas dos jornais... Vi anos seguidos a acontecer no Sporting e agora irá acontecer no Benfica. Tem piada, é engraçado, dá gozo ver os miúdos brilharem aqui e ali mas quando chegamos aos jogos grandes, onde de facto se constroem títulos nacionais, os miúdos não servem. Anos e anos a ver isso a acontecer ao Sporting sempre que ia ao Dragão ou à Luz. Estes jogos definem-se, quase sempre, na categoria individual dos intervenientes, veja-se como os avançados do Sporting, com toda a calma do mundo fizeram a diferença. Pois, mas aquele tridente custou dinheiro. Houve investimento, não se cedeu às propostas do mercado. O que há, e como eu fico de boca aberta, é uma lagartização do Benfica e uma aproximação do Sporting às ideias que levaram o Benfica ao topo do futebol português. O SLB aposta na formação e não consegue ganhar os jogos contra os seus rivais (3 jogos esta temporada 3 derrotas, nenhum golo marcado). Tem 12 jogos oficiais 5 derrotas, isto é um número horroroso.

Por fim pergunto, foi Rui Vitória que decidiu isto? Não! Quem decidiu é que é o culpado. O Sporting falido, sem ir à Champions, investiu em internacionais, não vendeu ninguém e ainda foi buscar Jesus, Falido mas investiu para sair do buraco. O Benfica não, vinha dos títulos, desmantelou o 11 tipo nos últimos anos e agora lança às feras uma mistura de miúdos com os velhos que não conseguiram grandes transferências. É a total incompetência e isso a um nível de topo custa muito caro.

Infelizmente, a minha avaliação é totalmente destrutiva, mas sinceramente depois da pré-época em que se destruiu tudo o que havia, não se pode agora tentar vender milagres. Não contem comigo para isso. Vieira - RUA! Já! 
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Olé! Olé!

Foi uma noite gloriosa! O Benfica conseguiu fazer história na Liga dos Campeões ao vencer em casa do Atlético de Madrid por 1-2. Com uma exibição deslumbrante o SLB escreveu nova página de ouro na mais importante competição de clubes do mundo, a fazer lembrar noites como a de Londres (1991) e a de Liverpool (2006). Ao contrário destas duas memórias a vitória de ontem não assegura nenhuma passagem de eliminatória mas só matematicamente, pois o Benfica está agora com um pé nos oitavos de final da Champions. Aliás, 90% das equipas que venceram os dois primeiros jogos numa fase de grupos desta prova da UEFA seguiram em frente.


Uma equipa lutadora, guerreira mesmo, capaz de se levantar dos socos que o Atlético lhe consegui infligir nos primeiros 30 minutos, enorme personalidade, enorme maturidade, fantástico sentido táctico e grande qualidade individual são alguns dos adjectivos que podem ser atribuídos à equipa que Rui Vitória montou ontem na visita à capital espanhola. Foi um jogo disputado, não se tratou de um esmagamento encarnado, mas quem poderia pedir isso quando pela frente se tinha a equipa da moda do futebol europeu dos últimos anos? A equipa de Diego Simeone teve ontem o seu pior resultado europeu jogando em casa e isso é dizer muito. Ontem a equipa que não deixou uma bola por disputar e quem comeu a relva foi a lisboeta, ontem a equipa letal foi a de Vitória (2 remates no alvo = 2 golos), ontem a raça foi toda do bi-campeão nacional! Gigantes!

Foi uma vitória do colectivo, sem dúvida, mas também temos de fazer a vénia devida a alguns dos jogadores. E que posso escrever sobre Gaitán? Genial?! É pouco... O argentino mostra uma qualidade assombrosa cada vez que toca na bola, decide partidas ao mais alto nível e faz tudo isso parecer fácil. Não é. É preciso estar num patamar a que só chegam umas dezenas de jogadores.
Grande golo de Gonçalo Guedes, classe na hora de atirar à baliza, algo que faltou do outro lado nos milionários avançados colchoneros. Júlio César foi decisivo e mostrou mais uma vez grande qualidade. Também Nélson Semedo soma e segue com exibições de altíssimo nível e já ninguém ligado aos encarnados pensa no antigo defesa direito. Jardel esteve também impecável.

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Dois medos

Depois do que vi nesta última jornada do campeonato português fico, como qualquer benfiquista, com mais algumas esperanças que o tri-campeonato possa ser possível. Dois medos fazem perigar essa esperança, dois medos em forma de saídas do futebol nacional. Gaitán e Lopetegui... São os dois bons de mais para o Benfica!
Nico continua a espalhar magia nos relvados portugueses e vamos ver se Luís Filipe Vieira consegue segurar o argentino na janela de transferências de Janeiro. É que me parece muito difícil, principalmente agora que Gaitán é presença assídua na selecção das pampas. Estas chamadas seguidas do extremo encarnado à equipa do seu país são sempre sinal que alguém se prepara para fazer muito dinheiro.

Sobre Lopetegui é vê-lo a repetir os mesmos erros da época passada... Chega a ser patético. Uma coisa é ser incompetente outra é ser incompetente e burro. Não aprendeu nada! Ainda bem! Com André Villas Boas de saída do Zenit até tremo com cada desaire dos russos. É que a saída de Lopetegui seria um golpe profundo nas aspirações benfiquistas. É raro ver tanta incompetência no banco dos dragões.


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Bruno de Carvalho viste?

Como se ganha um jogo a ser escandalosamente prejudicado?


P.s - Desculpem lá mas sobre futebol, e depois da exibição de ontem, não dá para falar muito. Não é a minha especialidade falar sobre cruzamentos largos e remates de fora da área. A minha única esperança é que este tipo de reviravoltas, se a estrutura for inteligente, pode galvanizar um grupo. Esperamos que sim...
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Um dos meus golos preferidos do Benfica

Hoje sirvo um bocadinho de paixão benfiquista! Tem andado arredada deste tasco nos últimos tempos não é verdade? O meu pai já me chamou à atenção e tudo.

Será sempre um dos momentos mais marcantes do meu benfiquismo! Épico! Estava no Estádio e até comprei bilhete nos últimos dias! Ainda bem!





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Mas que raio se passa no meu Benfica?!

Buscas no Estádio da Luz. Nome do Benfica associado ao tráfico de droga. Dirigentes presos com 10Kg de cocaína no seu carro. Reuniões de pessoas empregadas do Benfica com colombianos nas instalações do clube.

Não quero estar aqui com grandes promenores pois ainda não se sabe nada oficialmente mas isto é muito grave. O SLB já disse que este empregado fazia tudo a título pessoal mas não deixa de ser uma pessoa de confiança que afinal não seria nada boa gente. Que anda este indivíduo a fazer na estrutura encarnada? A ser pago com as quotas que eu entrego todos os meses. Vergonha!

Já nem sei o que dizer sobre o que se passa no Sport Lisboa e Benfica... Um inquérito interno transparente e público é obrigatório mas não chega. Quem deu entrada a este senhor no clube também tem de sair.


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Voltam para Portugal de burro

O Sporting Clube de Portugal já pediu à FPF para adiar o seu próximo jogo para o campeonato nacional. O motivo é simples: os jogadores do Sporting vão ter que regressar da Rússia de burro. É que é o único meio de transporte que Bruno de Carvalho conseguiu arranjar com o plafond que tem agora à disposição nos cartões do clube. Vão demorar algumas semanas...


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A história da bicada do século

«Jorge Jesus atendeu o telefone, e do outro lado da linha estava o senhor X, que ele conhecia de outras andanças, de outros negócios. “Está tudo bem contigo e com a tua família?”, perguntou o senhor X, mas o que lhe interessava saber era como estavam as coisas entre ele e o Benfica. O senhor X abriu o jogo, disse-lhe que estava a telefonar mandatado pelo Sporting e por Bruno de Carvalho (BdC), que o queria a ele e não queria Marco Silva. “É tudo muito bonito”, respondeu-lhe Jesus, mas o senhor X e BdC só podiam estar malucos — onde é que já se tinha visto aquilo, o Sporting com dinheiro para pagar o que pagava o Benfica, se o que se contava era que não tinha um euro para mandar cantar um cego?... O senhor X descansou-o.

“O dinheiro é com o Sporting”, disse ele, pedindo-lhe que avançasse um número, não aquele que achava poder receber em Alvalade, mas o que realmente queria. “Cinco milhões.” O senhor X anotou e prometeu ligar-lhe dentro de dias com novidades. Despediram-se. Uma semana depois, o senhor X voltou a ligar, e Jesus ouviu o que queria. “Cinco milhões de euros. Se quiseres, são teus.” Jesus não quis, ficou de pensar no assunto, ainda tinha tempo. Aqueles eram os primeiros dias de maio, e nem ele nem Luís Filipe Vieira tinham falado da renovação; e havia um campeonato e uma Taça da Liga para ganhar. Além disso, sobretudo por isso, Jorge Mendes ficara de arranjar-lhe um clube grande dos grandes campeonatos.

Do lado do treinador, o assunto ficou em banho-maria, mas em Alvalade começou a cozinhar-se um futuro com Jesus, e as informações não demoraram muito a transpirar do edifício da SAD. No dia 18 de maio, uma segunda-feira, num almoço informal de Bruno de Carvalho com três jornalistas, o tema Jesus caiu no prato. “Isso é impossível”, desmentiu BdC. Tudo treta, conversa do Jesus para o Benfica subir a parada. Na quarta-feira, 20 de maio, “A Bola” fez manchete: “Sporting quer Jesus” — e BdC voltou a desmentir. “Se ele vier”, ironizou na Euronext Lisbon, “o Cristiano Ronaldo e o Messi também são bem-vindos, de caretas.”

BdC tinha de manter cara de póquer enquanto esperava que Jesus resolvesse a sua vida; e a vida de Jesus estava nas mãos do deus dos agentes. No dia 26 de maio, terça-feira, o treinador e Jorge Mendes jantaram no Hotel Tivoli, e o segundo mostrou ao primeiro a carteira de clientes. Pediu-lhe compreensão. “É o que há”, confessou Mendes. O que havia era poucochinho: o Real Madrid preferia um espanhol a um estrangeiro; a reunião com Laporta não dera em nada; e Bartomeu continuaria presidente do Barcelona e Luis Enrique treinador do Barcelona. E, continuou Mendes, já que nem os oito milhões dos chineses nem a Lazio lhe serviam, o Qatar era uma alternativa simpática, uma espécie de aninho sabático e bem pago (seis milhões de euros), enquanto Laurent Blanc não caísse da cadeira no PSG. Jesus disse a Mendes que não queria nada daquilo, e Mendes disse a Vieira que Jesus não iria a lado nenhum. O presidente do Benfica iria tentar convencer Jesus uma última vez.

A 29 de maio, sexta-feira, o Benfica venceu a Taça da Liga (2-1 ao Marítimo), e Jorge Jesus marcou um treino para o fim de semana, porque a época só acabava no domingo. Depois do jogo, no autocarro, Luisão disse a Jesus que nem pensar, que era tempo de férias e que havia malta com bilhetes na mão para o Brasil. O treinador cedeu. Mas Jesus ainda não estava de férias. Na segunda-feira, 1 de junho, encontrou-se com Vieira na Luz e falaram sobre o que queriam fazer do Benfica. Avisado por Mendes e com as capas dos jornais na cabeça, Vieira garantiu a Jesus o mesmo ordenado, sob algumas condições — a tal fórmula 20 + 5, um plantel com 20 jogadores à escolha do treinador e cinco miúdos da formação. Em 30 minutos, Jesus ficou a saber ao que ia; nos restantes 90, ficou a perceber ao que Vieira ia. “Vê lá a tua vida, tens família, casa, não estás para novo, o Mendes consegue arranjar-te um clube onde ganhes bem.” E falou-lhe do avião que estaria pronto, assim que Mendes viajasse nele do Porto para Lisboa, e que os levaria para Paris.

Jesus sentiu-se a mais e ligou a um amigo: “Estes gajos não me querem lá.” No dia seguinte, ele, o advogado e o amigo encontraram-se às 8h30 na sua segunda casa na Aroeira, construída com 800 mil euros avançados pelo Benfica. Jesus não tinha pregado olho, dizia que não sabia o que faria da vida e pôs-se a divagar sobre o Benfica, com quem tinha contrato, sobre o FC Porto, que o abordara há meses, e sobre o Sporting, que lhe prometera cinco milhões de euros.

O pensamento foi interrompido por um telefonema. “Já tens as malas prontas?” Às 8h50, Vieira pressionou-o para ambos irem com Mendes a Paris, mas Jesus negou-lhe o capricho, porque não iria para uma mostra pela mão de ninguém. Discutiram durante cinco minutos, e a chamada terminou com um “volto a ligar-te” do lado de lá.

Foi então que Jesus pôs em marcha o plano: telefonou ao senhor X, que ligou a Bruno de Carvalho, e este pediu ao senhor X que dissesse a Jesus para estar na casa do administrador Rui Caeiro, na morada tal, às nove da noite. Jesus jantou com BdC e com Rui Caeiro e, em 10 minutos, acordaram os valores; o resto foi conversa de bola até às quatro e meia da manhã. O dia seguinte, 3 de junho, quarta-feira, seria longo e começou pelas 8h30, quando Jesus deu a palavra a BdC de que seria o seu novo treinador. Seguiram-se duas reuniões: uma, às 15h30, em Alvalade, entre BdC, dois administradores leoninos, o senhor X e o advogado de J.J.; e outra, às 18h, num escritório de advocacia, com J.J. num dos pisos, os administradores do Sporting noutro, BdC em Alvalade e os advogados a fazerem ‘piscinas’ entre andares. Às tantas, o Sporting fez uma exigência: a cláusula de rescisão. Jesus não gostou: só por uma vez tivera cláusula, com o Benfica, e se o Sporting não retirasse a alínea ele lavaria as mãozinhas da coisa e ficaria na Luz, de onde lhe telefonavam há horas sem que ele atendesse. Vieira, Paulo Gonçalves (responsável jurídico das águias) e Rui Costa; e um deles deixou a mensagem: “Cinco, seis milhões de euros.” Era tarde. BdC cedeu a Jesus e fez-se um memorando de entendimento. Às 21h, a notícia rebentou: J.J. no Sporting. [Fontes próximas do Benfica negam a oferta de última hora e garantem que as únicas mensagens trocadas entre Jesus e Vieira aconteceram às duas da manhã: J.J. disse ao presidente que tudo o que vinha nos jornais era verdade; Vieira disse a J.J. que a lealdade não se compra por tuta e meia.]

A assinatura do contrato foi adiada de quinta-feira, dia em que Jesus foi barrado no Seixal, para sexta, porque o Sporting queria resolver-se com Marco Silva; e J.J. atrasou as suas férias dois dias (partiu num cruzeiro no sábado, 6 de junho). Ainda houve um contratempo: uma das vias do contrato estava mal reconhecida, e o problema só ficou resolvido às 22h, com uma esferográfica a pôr o preto no branco no meio da rua. Estava feito. J.J. lá foi para as Américas, por entre flashes e perguntas sem resposta no aeroporto de Lisboa; a 9 de junho, terça-feira, BdC referiu-se a este ‘golpe’ como “a bicada do século”, num encontro com jornalistas. A guerra entre Benfica e Jesus começava aqui — os da Luz não lhe pagariam o salário de junho e lançariam uma intenção de processo por quebra unilateral do contrato. Para o Benfica, J.J. trabalhou em Alvalade quando ainda era seu assalariado.

Há dois indícios públicos de que Jesus tenha pulado a cerca antes de tempo: primeiro, Danilo, que o Sporting quis mas acabou no Dragão, disse que andava a falar com Jesus por telefone, a 13 de junho, um sábado; depois, o próprio Jesus foi apanhado pelos jornalistas na quarta-feira, 17, em Alcochete, naquela que apelidou de visita de reconhecimento. [Entre Danilo e Alcochete, Rui Vitória foi apresentado no Benfica a 15 de junho.]

Foi um erro tático de J.J., e um amigo disse-lhe que tinha dado muito nas vistas e que não devia admirar-se se o Benfica não lhe pagasse o salário de junho. “Mas então porquê?”, perguntou J.J. “Espera e verás.” Não foi preciso esperar muito. Domingos Soares de Oliveira, CEO do Benfica, enviou uma carta a 23 de junho a pedir a comparência de Jesus na Luz no dia 26, por questões de “extrema gravidade”, mas a missiva só chegou ao treinador a 29 porque fora enviada para a antiga morada — a primeira casa na Aroeira. Foi Ivone, a mulher de J.J., que deu com ela. [“Não é a morada errada, mas a que consta nos Recursos Humanos. Quem tinha de mudar o endereço era o visado”, refuta alguém próximo da Luz.] Jesus responde a 29, escrevendo que fora “escorraçado do Seixal” e que por isso não tinha nada que comparecer no estádio. O Benfica recebe o texto de J.J. a 30, o último dia do contrato que ligava as partes.

A 5 de julho, o dinheiro não caiu na conta de Jesus, que esperou um pouco mais, porque era domingo e podia ter havido um atraso no sistema. A 8 de julho, quarta-feira, J.J. telefonou a Vieira, que lhe disse que o Benfica não era com ele, que não tinha nada a ver com aquilo, que era coisa de Soares de Oliveira. O impasse prolongou-se até meados do mês, até que Vieira deu autorização para que as partes começassem a falar. Os dois advogados, do Benfica e do treinador, puseram-se em contacto e alinhavaram uma data para uma reunião: 3 de agosto, segunda-feira, um dia depois do casamento de Jorge Mendes, onde Jesus e Vieira conversaram sobre o tema. Mas o encontro é adiado para 10 de agosto, logo após a Supertaça, que o Sporting ganhou por 1-0; a 13 de agosto, o “CM” fez manchete com as mensagens de Jesus aos jogadores do Benfica enviadas antes da Supertaça; e a 14 de agosto, às 17h11, a entourage de Jesus recebeu a informação de que o Benfica iria acionar judicialmente o treinador por quebra de contrato. Ninguém avisou J.J. das intenções dos encarnados, porque o Tondela-Sporting se jogava nessa noite, mas convenceram-no a falar das SMS com Talisca após o encontro... se o ganhasse. “Assim, vais de peito cheio.” O Sporting venceu em Aveiro, por 2-1, e Jesus desafiou o Benfica a mostrar as SMS na conferência de imprensa. J.J. tem a certeza de que nenhuma mensagem trocada com os futebolistas encarnados o compromete — teve uma “conversa de chacha” com Talisca quando Bruno Paulista lhe perguntou pelo antigo colega do Bahia; falou com Salvio porque quis saber como é que ele andava de saúde; e recebeu algumas SMS que lhe massajaram o ego, como esta: “Desde que se foi embora, isto é um descanso, mister.”

A história ganhou vida: no domingo, 16 de agosto, o comentador Rui Santos revelou na SIC Notícias que Jesus não recebeu o ordenado de junho; e, na segunda-feira, o Expresso escreveu que o Benfica queria processar Jesus em 7,5 milhões de euros, o valor da cláusula de rescisão. Agora, não há volta a dar, chegou-se a um divórcio litigioso e só há duas vias a seguir: tribunal de trabalho ou arbitral. A primeira hipótese, mais demorada, será a mais real. Porque o Benfica e Jesus vão marcar-se um ao outro esta época. Como um gato e o rato, que lhe fugiu.»

Fonte: expresso.pt
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Onde foram os benfiquistas?

Já não somos o maior clube do mundo em termos de sócios... Acredita tudo na famosa estrutura... De qualquer maneira, apesar de ser uma derrota pessoal do Presidente do SLB é acima de tudo uma derrota do Benfica.

O número de sócios do clube, na sequência da recontagem levada a cabo no passado 8 de Junho, ainda não foi assumida de forma oficial, mas já surge nas instalações do Museu Cosme Damião.

O número está agora fixado em 156.916, significando que o clube da Luz terá perdido cerca de 100 mil sócios desde a contagem anterior, isto tendo em conta que até ao dia 8 de Junho o número inscrito nos cartões de sócio já estava acima dos 283 mil.


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SLB 0-1 SCP: uma derrota anunciada

Já se esperava vida difícil para o novo Benfica de Rui Vitoria no primeiro jogo da temporada 2015/16 onde defrontava logo o novo Sporting de Jorge Jesus. Os sinais de uma pré-época terrível eram claros no reino da águia e o rival entrava em campo cheio de motivação e esperança. Tudo confirmado no final dos 90 minutos da Supertaça Cândido de Oliveira em que ficaram bem claras as diferenças entre as duas equipas e em que Jorge Jesus ganhou em toda a linha mostrando toda a sua categoria. Ganha JJ e Bruno de Carvalho, que apostou forte nele, e perdem Luís Filipe Vieira e Rui Vitória.


Não quero hoje descascar muito em Luís Filipe Vieira, o grande e único culpado do que se passa no Benfica e de ter organizado uma pré-época amadora. Na minha modesta opinião será o tempo a dar-me razão que o Vieirismo acabou quando o Presidente do SLB resolveu não continuar com JJ. De qualquer maneira, um clube como o Benfica tem condições para entrar em qualquer campo de Portugal e jogar para ganhar e tem de ser esse o objectivo para esta nova temporada. Agora que o desinvestimento numa equipa que ganhou tudo é claro e que o investimento dos rivais é forte não há dúvidas. Isso para mim é incompreensível. É incompetência.
O futebol é um sector de negócios particular: é o investimento que cria sucesso. Como já se está a ver no rival Sporting. Mais, o passado recente vitorioso é um tesouro que deve ser guardado com todo o afinco pois é uma gigante bola de neve. Querer saltar de uma bola de neve a meio da descida dá bronca da grande. Romper com as pessoas que criaram esse sucesso é estúpido. São ideias simples mas muito consistentes. Vieira, do alto do seu trono, acha que pode ganhar escolhendo outro caminho. Se perder terá que se demitir e convocar novas eleições.

Quem está a por a cabeça no cepo de uma forma mais rápida é Rui Vitória. É verdade que ontem tinha uma estreia difícil mas foi totalmente esmagado pela categoria do treinador rival. Primeiro, perdeu no pré jogo pois foi na conversa de Jorge Jesus e quis mostrar que tinha feito alterações na táctica do bi-campeão nacional. Que não estava tudo igual. Mudou mal. Entrou em campo com dois médios defensivos, coisa nunca vista na era de JJ, e a equipa não mostrou em nenhuma altura da partida que havia uma ideia de jogo. Nada! Zero em termos de ideia e construção ofensiva.
Perdeu no estudo do adversário. Não vi nenhum sinal de que os jogadores tinham instruções especificas para travar as forças dos rival. Nada! Zero! Já o Sporting mostrou esperteza e conhecimento do rival em vários aspectos. Um muito claro: sempre que Gaitán pegou na bola foi travado em falta. JJ sabia que era por ali, não deixou. Isto é ser treinador de um grande!
Perdeu na motivação dos seus atletas. Foi evidente a entrada forte e aguerrida dos leões em campo nas duas metades da partida. Vinham do balneário com as orelhas a arder. Correram, deixaram tudo em campo. Já os encarnados nada! Zero! Muitos ainda estarão em modo férias, perdidos na América do Norte. Há ali alguns craques que sem um maluco atrás deles 90 minutos, chateando, gritando,... me deixem sem saber o que vão render. Será que Rui Vitória percebeu que podia motivar os atletas usando as palavras de JJ que avançou que foi ele, quase sozinho, que ganhou no Benfica?
Perdeu nas substituições: tirou um avançado (Talisca) e colocou um médio, alterando a táctica, para passados 5 ou 10 minutos voltar atrás e tirar um médio para lançar um avançado. Sem ideias do que queria. Nada! Zero.
Mas olhem, menos mal, apostou na formação! Nelson Semedo safou-se bem. Como me parece claro essa aposta é bonita e de louvar mas assim as taças acabam noutros museus. É o caminho que o Benfica de Vieira vai seguir. Não é de todo o meu.

Este novo Benfica de Vieira entrará, com certeza, na desculpabilização dos resultados através dos erros de arbitragem. Eu vou também entrar nessa nova moda. É verdade que em primeiro lugar há um golo mal anulado ao Sporting. Mas, o penalty que fica por marcar sobre Gaitán mancha sem dúvidas este jogo. Naquela altura do jogo, com o mundo sobre os ombros dos encarnados, a perder com um rival difícil, aquela oportunidade de golo vale ouro. Como ficou provado, o Sporting teve muito tempo para dar a volta ao incrível erro do assistente e marcar um golo. O Benfica já não tinha e aquele penalty grosseiro fez muita falta.
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Brilhantina 2.0

Tenham nojo! Tenham muito nojo!

Aquele que eu considero um dos maiores rivais do SL Benfica dos últimos 10 anos (só mesmo atrás de Pinto da Costa e do seu FCP) voltou hoje ao activo e a um lugar de alto poder no futebol português.
Pedro Proença foi hoje eleito para a Liga de Clubes e é o novo Presidente dessa instituição. O candidato apoiado pelo Sporting e FC Porto derrotou o candidato apoiado pelo Benfica Luís Duque.


Ainda nem há 2 meses celebrei a conquista pelo meu Benfica da hegemonia do futebol nacional (AQUI). Cada vez penso mais que esse domínio vai ser curto... Nem falo de plantéis que ainda é muito cedo mas o poder que o Benfica tinha conquistado de forma muito clara nas instituições do futebol português tem os dias contados. Hoje foi uma clara derrota desse poder e meus amigos se há lei fixa no mundo dos homens é que quando o poder fica vago muito rapidamente é novamente ocupado.
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A minha escolha para treinador do Benfica

O terramoto passou e é agora tempo do rescaldo. Jorge Jesus vai ser o novo treinador do Sporting, no dia 1 de Julho, Marco Silva foi despedido e a cadeira de técnico principal na Luz está vazia. Luís Filipe Vieira sai um pouco mais limpo do que eu pensaria e escrevi no 1º post mas não contem comigo para cuspir no prato onde comia ainda há 2 dias. Face a Jorge Jesus sentirei sempre e apenas gratidão. Já deveria ter renovado há muito tempo e nada disto teria acontecido. Essa porcaria que no final da época falamos é uma treta. Se é bom assina o quanto antes. Ou há confiança no projecto ou não se é líder nenhum. Olhem os rumores sobre Maxi Pereira...

Viremos então a página, altura de escolher novo treinador e esse será no segundo seguinte a assinar o melhor do mundo. O Benfica segue vivo! Rumo ao 35!

Dos nomes que se falam o meu preferido é Marco Silva, desde há muito tempo sou admirador, vejo nele a ambição necessária e o perfil parecido ao que eu acho chave para treinar o Benfica. No Sporting fez bastantes erros mas vi-o sempre muito sozinho, não tinha a estrutura que o bicampeão nacional construiu nos últimos anos.

Rui Vitória seria a minha 2ª opção. Tem trabalho com os jovens, faz muito com poucos recursos e conhece a casa - já foi o treinador dos juniores no Seixal. Mas, sinceramente acho-o muito calmo, não lhe vejo a energia e ambição que eu gosto de ver no cadeirão da Luz.

Em relação a Vítor Pereira só 2 palavras: NEM PENSAR!

Paulo Bento poderia ser uma opção, tem carácter, mas não a elasticidade táctica para o Benfica. Por favor, não quero voltar a ver o meu SLB a jogar em 4-3-3.

Treinador estrangeiro só um nome como Carlo Ancelotti (Rui Costa conhece tão bem) pois é fundamental alguém que saiba muito sobre o futebol português - os nossos rivais estão bem servidos nesse capítulo.
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O relato da troca de camisola de Jorge Jesus

Do que se vai contando este parece ser o relato mais credível do terramoto que está a abalar o futebol português:

Vieira sabia há muito tempo que as negociações com Jorge Jesus iam ser difíceis. É complicado para uma pessoa que só mostrou competência no seu último contrato baixar drasticamente o seu salário. Sabia também que JJ não partilha da ideia da introdução de jovens da formação no 11 titular do SLB. Assim, LFV assinou com Rui Vitória um pré-acordo caso Jorge Jesus não ficasse no Estádio da Luz. Mas Jorge Jesus soube deste pré-acordo e não gostou. Não gostou também de não ter sido consultado em nenhuma das contratações que já foram oficializadas pelo SLB para a próxima temporada. Para complicar tudo a reunião de 2ª feira entre os dois correu mal e JJ saiu com toda a impressão que já não era querido pelo Presidente das águias. Ou ficava como o Presidente queria ou paciência. JJ sentiu-se magoado e começou a pensar no forte interesse mostrado pelo Presidente do Sporting, Bruno de Carvalho.

Uma última figura central nesta história: Jorge Mendes. O empresário de futebol mais influente do mundo tinha convencido Vieira, a 100%, que Jesus, a sair, só para fora de Portugal. Isto deixou mais descansado Luís Filipe Vieira que nunca aceitaria deixar o bi-campeão fugir para um rival.
Ontem de manhã (4ª feira) quando começou a cheirar a acordo entre Alvalade e Jorge Jesus, Vieira entrou em pânico. Marcou um almoço com Jorge Jesus para o manter como treinador principal dos encarnados mas o seu antigo braço direito não apareceu. Já em desespero tentou telefonar para marcar um jantar e a chamada não foi atendida. Enviou mesmo um SMS e nada... Jorge Mendes também tentou mas não conseguiu entrar em contacto com o treinador. Já iam tarde e o antigo técnico do Benfica já estava comprometido com o eterno rival de Lisboa. Só já nesta madrugada voltou a falar com Jorge Mendes para o informar que já tinha acordo com o Sporting.


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Repetir um erro histórico colossal dá...

Porcaria! Tenho um grande respeitinho pela história e por tudo o que podemos aprender dela. Vem da minha formação académica. Se há algo que se aprende rapidamente é que um povo que não aprende com os seus erros e os repete sofre!

Sou um apaixonado pela história do Benfica claro está. Da sua história recente sou um profundo conhecedor. Assim, escrevo com toda a certeza: as duas piores fases do SLB nestes últimos 30 anos começaram em decisões iguais à que Luís Filipe Vieira tomou durante esta semana. O despedimento de Toni e o de José Mourinho. O primeiro começou uma travessia no deserto de 11 anos, o segundo fugiu para o FCP que em duas temporadas ganhou tudo o que havia para vencer.


Vieira vai contra os sócios, vende a ideia que não há dinheiro (mas anda a assinar contratos de patrocínio milionários) e tenta passar sem feridas de uma decisão que já há muito queria. A saída de Jorge Jesus. Nunca planeou ser campeão esta última temporada, queria que ela chegasse ao fim rápido para depois não haver problema em não renovar com Jorge Jesus.
Agora ele que não tenha dúvidas: a sua cadeira está posta em causa com esta decisão. Ou ganha ou perde, não há terceira opção. Se perder terá de dar lugar a outro. Os benfiquistas não são parvos. É urgente começar a construir um alternativa credível. Mais do que pela sua capacidade Vieira tem sido reeleito pela falta de um rival forte.

Muitos vão escrever que o Benfica é maior que qualquer homem. Claro que é! O ADN vencedor encarnado não depende do trabalho de um homem, segue sempre vivo. Mas para quê mudar? Mudar a pessoa (JJ) que melhor percebeu esse ADN nos últimos 30 anos. Por causa de dinheiro? O Benfica não é uma empresa, é um clube! Deixar sair um homem que ganhou 6 troféus nos dois anos do último contrato é um erro. Não recompensar a competência num mundo tão competitivo como o futebol é outro. Já para não falar em entregar esta oportunidade numa bandeja dourada a um eterno rival... Estas vitórias contam no mundo da rivalidade da 2ª circular, mais do que 3 pontos.

Não há aqui qualquer profecia da desgraça há uma constatação de factos. Vieira arrisca tudo e os benfiquistas têm de perceber isso, não há mandatos seguintes se esta aposta falhar.
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Obrigado Jorge Jesus!

Termina hoje a viagem de um dos melhores treinadores da história do meu Benfica. Como benfiquista deixo um sincero agradecimento por tudo o que deu ao SLB. E foi tanto! Obrigado Mister!


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Já se respira melhor no futebol mundial

No 1º dia sem Blatter como responsável máximo do futebol mundial em muito muito tempo (1998) não posso deixar de me sentir entusiasmado com as portas que se abrem para o futuro do desporto rei!


Uma FIFA mais transparente, mais democrática, estudo e melhoria das regras do desporto, reformulação da arbitragem, introdução de tecnologias auxiliar os árbitros, verbas melhor alocadas e controladas,... Tantos são os horizontes que agora se abrem! Será um processo longo e demorado mas era necessário começar pelo lugar máximo da Federação e isso já está conseguido.

P.s - No último post que tinha escrito descrevia uma revolução há muito esperada (tecnologia na arbitragem em Portugal) neste escrevo sobre o final da era Blatter na FIFA! Lutas antigas! Uma maravilha de semana!
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Um dia que me enche de alegria

Tecnologia! Tecnologia a auxiliar árbitros num campo português! É sem dúvida um dia histórico e importante para todos os que durante estes anos lutaram e disseram não ao status quo que reinava no desporto rei lusitano.

O sistema GLT (tecnologia da linha de golo) vai ser utilizado na final da Taça da Liga, agendada para hoje, 29 de Maio e que vai opor o Benfica ao Marítimo. É a mesma tecnologia que foi utilizada no Mundial 2014.
Trata-se então de uma estreia no futebol português, uma vez que será a primeira vez que o árbitro poderá através de meios tecnológicos confirmar se a bola entrou ou não totalmente dentro da baliza.
Assim, a Liga de Clubes passa a mensagem de que o objetivo passa por introduzir este e outros meios nas próximas temporadas em mais jogos.



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O grande vencedor de 2014/15

É Jorge Jesus! Sem dúvida!


Se o ano passado tinha dado este título a Luís Filipe Vieira que manteve o treinador, depois do final calamitoso que viu na época de 2012/13, esta temporada, depois de perder metade da equipa titular e perante a chuva de milhões no Dragão, o treinador do Benfica conseguiu o objectivo benfiquista do bicampeonato 31 anos depois! Jardel, Samaris, Pizzi e Jonas, titulares indiscutiveis na equipa campeã, foram todos obras de JJ.

Está a caminho de se tornar o melhor treinador da história do Benfica a nível nacional. É dar o contrato ao homem e com os milhões que forem precisos.
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E agora um momento de humor!

ahahahahahaahahahahahahahahahahahaahahahahhahahahahahahahahahahahahahaahhahahahahhahaggaghhhahhahahahahaahahahahahahahahahahaha!!!!


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Sou do Benfica

E isso me envaidece! Mais nada! Grande festa em Lisboa! Mais um dia inesquecível que o Benfica me oferece! Que noite espectacular que vivi neste Domingo!

O Benfica é então bicampeão nacional e afirma-se, claramente, no presente momento, como o clube dominador do futebol em Portugal. A primeira vez que tal acontece em muito muito tempo. Na minha vida é a primeira vez!


O que escrevi acima é então o mais importante. O resto é balelas! Dizer que a festa ficou estragada por um conjunto de delinquentes, criminosos mesmo, é não perceber nada do que é o benfiquismo. Da alegria que vi e continuei a ver durante toda a noite. Como se fosse possível alguém estragar uma festa tão genuína como é a que Portugal vive quando o Benfica é campeão. Eu por exemplo estava mesmo ao lado dos incidentes e continuei a festejar normalmente sem qualquer tipo de impedimento. A festa acabou mais cedo apenas isso.

Dar atenção ao essencial é uma das maiores lições de vida que se pode aprender.
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O berço do bicampeonato?

O Sport Lisboa e Benfica joga hoje na cidade berço o 1º match point que dispõe para se sagrar campeão nacional 2014/15. Jorge Jesus e os seus atletas entram em campo para tentar escrever uma das mais belas páginas da história recente do emblema da águia: se fizer o mesmo resultado do Fc Porto conquistará pela primeira vez, desde 1984, o bicampeonato nacional. Mas em Guimarães o Benfica vai encontrar uma das melhores equipas do campeonato, que ainda na perdeu com os 4 da frente no seu castelo.


É daqueles dias que não dá para escrever com muita cabeça... Desculpem lá mas os nervos já são muitos... Lembrar Fehér. Sempre presente! Especialmente neste estádio onde nos ofereceu o seu último sorriso.


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