Portugal é o país que pior distribui as receitas televisivas
Um estudo da UEFA revela que Portugal é o país que representa o maior desequilíbrio na distribuição das receitas televisivas.
Para se ter uma ideia, o campeonato português tem praticamente quatro vezes mais discrepância na distribuição de receitas televisivas do que o segundo país com maior disparidade.
"Portugal é agora a única maior liga europeia em que os clubes vendem os seus direitos televisivos individualmente, o que se reflete na enorme diferença entre os três principais clubes e os restantes. O racio de um clube grande para clube médio é superior a 1.500 por cento em Portugal, comparado com uma média de 240 por cento nas 24 ligas com venda centralizada", pode ler-se na décima edição do "The European Club Footballing Landscape".
De acordo com o números apresentados pela UEFA, e que dizem respeito ao ano de 2017, o campeonato português tem o sétimo maior mercado de direitos televisivos com um total de 126 milhões de euros. A liga inglesa foi a que gerou mais receitas (2,9 mil milhões), seguida da espanhola (1,2 mil milhões), italiana (mil milhões), alemã (820 milhões), francesa (617 milhões) e turca (295 milhões de euros).
Em média, cada clube da I Liga recebe 7 milhões de euros de receitas televisivas domésticas, muito atrás de um clube inglês (145 milhões), de um clube espanhol (62 milhões de euros) e até de um clube turco (16 milhões de euros).
Clubes portugueses são os que mais dependem de prémios da UEFA
O já referido estudo da UEFA revela que Portugal tem a Liga, entre os 20 principais campeonatos europeus, em que os clubes mais dependem dos prémios da UEFA: 23 por cento das receitas totais.
Por outro lado, a I Liga é das que menos vive das receitas de patrocínio, contrariamente à generalidade dos clubes das grandes ligas em que os patrocínios são a maior fonte de rendimento. Em contrapartida, tem uma grande dependência dos prémios da UEFA, o que não acontece nos outros campeonatos.
Tal como acontece em Inglaterra, Espanha, Itália, França e Turquia, a maior fonte de receitas do campeonato português são os direitos televisivos domésticos: 29 por cento.
Seguem-se os prémios da UEFA (23 por cento), os patrocínios (22 por cento) e a bilheteira (13 por cento).
FONTE
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4 comentários:
O que prova que a estratégia que o Benfica tem seguido nos últimos anos, sempre a melhorar as suas contas, sempre a tentar adquirir uma maior percentagem de receitas de patrocinadores de fora, assim como a contínua aposta na formação, é a mais correcta. Com resultados concludentes.
25 de janeiro de 2019 às 16:17Pelo contrário, os nossos directos rivais estão cada vez mais dependentes das receitas de TV e, o que é pior, das receitas da Europa, o que os coloca numa situação de fragilidade já que se a centralização das receitas de TV for para a frente, irá haver uma maior distribuição de receitas pelos mais pequenos e serão eles que irão perder mais.
Errado! Os clubes grandes são 97% da população é isso reflecte-se nas audiências. Mas acaso o Benfica tem de ter o que é seu de direito, por ter mais adeptos, par andar a sustentar clubes alinhados com o sistema corrupto? Já basta o que mamam à nossa custa, quando cobram balúrdios para entramos nos estádios deles e ainda sermos enxovalhados e impedidos de estar com as nossas cores!
25 de janeiro de 2019 às 17:32Acaso os jogadores recebem o mesmo?Não, cada qual recebe o que produz, acaso clubes como o Feirense, sem menosprezo têm de receber milhões, e nós, que somos 60% temos de perder o que é nosso para alimentar clubes, que são, ainda por cima, satélites da corrupção?
Os clubes pequenos que cresçam e assim ganharão mais. Vejam o exemplo do Vitória de Guimarães, que já tem uma grande moldura humana na cidade e ambiciona ir à Europa. Se assim for, crescerá a nível de força, por si, não tirando aos outros.
Não confundir igualdade de oportunidades com a hipocrisia de nivelação de receitas, o Benfica, é, por seu mérito, o clube com mais adeptos, logo tem de receber mais. Senão, qual a vantagem de se ter mais adeptos?
Que veremos a seguir? Os pequenos quererão as cotas de sócios dos grandes? As receitas de bilheteira?
Esse discurso é o politicamente correcto dos coitadinhos, que na verdade obstaculiza Às reformas em Portugal e não ajuda esses clubes.
Eles crescerão se começarem a apostar numa formação de qualidade, potenciando talentos que vendam por bom dinheiro; voltarem a dar grandes espectáculos enchendo os estádios e ganhando sócios; indo à Europa e ganhando com isso mais dinheiro, lucros e prestígio. Não virem pedir aquilo que não produzem.
É o discurso pós-moderno do coitadinho, que se está a tornar na diabolização dos grandes...
«A Taça da Liga nasceu com o pecado original do penalty fantasma assinalado por Lucílio Baptista e que deu o troféu a Quique Flores e ao Benfica. E se este ano tivemos um clássico para a história ao nível da qualidade de jogo e um equilibrado embate entre Braga e Sporting, certo é que o futebol em si ficou quase para segundo plano, pois assistimos a uma sinfonia de erros grosseiros de árbitros e VAR com o subsequente recital de presidentes a malharem nos homens do apito, voltando assim esta Taça a ser assombrada como no início do seu historial.
25 de janeiro de 2019 às 17:45No vertiginoso e espectacular clássico, em que o Porto mostrou ser a equipa portuguesa com mais classe e solidez, o Benfica teve razões de queixa em alguns julgamentos. Porém, órfãos de Paulo Gonçalves, é óbvio que os encarnados estão a provar o sabor do próprio veneno. E quando Luis Filipe Vieira vem endurecer a voz, metendo chumbo grosso no discurso, alguém na comunicação do clube lhe devia lembrar que o próprio afirmou com soberba, noutros tempos, que «só os burros falam de arbitragem». Contudo, convém agudizar que as palavras violentas contra Fábio Veríssimo já levaram a que este pedisse licença por tempo indeterminado da sua actividade. Uma coacção óbvia do presidente do Benfica, um precedente grave, que põe em cheque futuras actuações de outros árbitros e que abre a porta para que qualquer dirigente exija a jarra para um juiz que não agrade ao seu clube. Algo que Frederico Varandas, bem e de uma forma eficaz, denunciou e condenou logo a seguir à vitória que possibilitou ao Sporting mais uma final.
Sem esquecer que Luis Filipe Vieira ainda foi taxativo dizendo que há «árbitros condicionados» e «ameaçados com as suas famílias». Ora, em vez de obscurecer as nuvens com esta nebulosa de insinuações, pois que indique os nomes e faça uma participação às autoridades competentes, senão, caímos apenas no domínio da verborreia para enganar papalvos e tudo continua como dantes no quartel de Abrantes. E era interessante também de saber quais as multas que Vieira e António Salvador – curiosamente que só explode e se revolta contra os do apito nos jogos com os leões porque noutros campos tem o comportamento de um qualquer Tutankamon - terão de pagar por linguagem indecorosa e ofensas, depois das tumultuosas e pouco serenas alegações. É que se pagassem multas à séria como na Premier League, o clima não estava tão crispado e ruidoso. E vejam bem, adorava escrever sobre dois interessantes combates em campo, já não tenho mais espaço. A péssima qualidade dos agentes desportivos em Portugal, árbitros incluidíssimos, impõe-se na agenda mediática e permite que a lama invada e suje o que o futebol tem de mais bonito: o jogo.
PS: uma palavra final para algo inadmissível. É escandaloso saber que os crimes pelos quais estava acusado João Vale e Azevedo, relativos ao desvio de verbas do Benfica de direitos televisivos prescreveram. Isto data de 1998 e 1999, 20 anos e não conseguiram levá-lo a julgamento. Diz muito sobre tudo o que se passa no nosso País à volta do futebol.»
Pois ficamos todos à espera de José Manuel Meirim, não é?!... É que se nos atrevermos a estabelecer uma relação entre os castigos aplicados a um presidente de um clube dos maiores da nossa praça, por umas rebuscadas e infelizes "graçolas" de mau gosto, e aquilo que ouvimos aos presidentes do Benfica e do Braga depois de afastados da Final da Taça da Liga, vão chover castigos para além de um ano!...
Mas há quem tenha outras opiniões com as quais concordo. Desmistificar toda esta cartilha.
26 de janeiro de 2019 às 12:35"Proença foi eleito à conta da promessa, aliciando os clubes pequenos com uma fatia maior do bolo à conta dos três grandes (e principalmente do SLB), uma medida que agradaria ao oligopólio Sport tv + Oliveiras, não só porque passava a ter de negociar apenas com um interlocutor (com todos os riscos inerentes ao escancarar uma janela para a corrupção e falta de transparência) como de uma assentada anularia a afronta do SLB ao romper com o status quo não renovando nem negociando novo contrato com os ditos, mas correu-lhes mal porque a iniciativa do SLB rompeu com o marasmo e abriu o mercado a outros operadores que se chegaram à frente e com isso beneficiaram também Porto e Sporting que à conta do precedente do SLB negociaram acordos muito mais vantajosos num mercado que valia cerca de 8M€/ano passou a valer 40M€.
Os clubes pequenos, testas-de-ferro de ocasião dessa vontade em aniquilar as pretensões do SLB tb acabam por não se sair muito mal pq tb puderam fazer novos contratos tendo como base a nova evolução do mercado.
A partir daí enfiaram todos a viola no saco e não mais se ouviu falar em centralização de direitos, porque por vias e travessas lá conseguiram almejar as suas pretensões e afinal a visão do SLB até permitiu normalizar a distorção de mercado vigente ao tempo, o que desde logo desmonta toda a argumentação e retórica apresentada pelos seus defensores e revela o verdadeiro propósito escondido que consistia apenas na perseguição aos interesses legítimos do SLB e da sua vantagem económica natural enquanto maior clube português, líder de audiências e de mercado.
Grande Vieira digo eu!!!!
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