Tottenham quer vingança histórica
A história europeia tem destes capítulos interessantes: dois grandes emblemas, com a história de ambos marcadas por uma eliminatória conjunta, que só se encontram 50 anos depois para uma espectacular reedição.
Benfica e Tottenham voltam a entrar lado a lado numa competição europeia 52 primaveras depois esta noite em Londres. Será o reencontro após as meias finais da Taça dos Clubes Campeões Europeus de 1962, eliminatória que o SLB venceu por 4-3 e que garantiu ao encarnados a Final de Amesterdão em que se sagrou bicampeão europeu. Para o Tottenham nenhuma reedição na Europa poderia ter o sentimento mais perto de uma vingança, se é que isso existe no desporto. A equipa da altura é ainda hoje considerada a melhor de todos os tempos dos Spurs: jogadores como Danny Blanchflower, Dave MacKay, Cliff Jones, John White e Bobby Smith tinham conquistado, no ano anterior, a 1ª dobradinha na história do futebol britânico do séc. XX. Mas não conseguiram vencer o génio da melhor equipa campeã europeia e nos dois jogos já se encontravam a perder antes dos 15 minutos de jogo.
Tudo muito diferente esta noite, pois claro! As gerações de ouro das duas formações já passaram e hoje a prioridade das duas equipas até está mais no campeonato do que na Liga Europa. Benfica terá jogo decisivo pelo título na Madeira já na 2ª feira e Tottenham terá derby com o Arsenal no Domingo para lugar na Champions 2015. Não me admirava nada que as equipas olhassem mais para o jogo da 2ª mão como a parte importante destes 180 minutos.
Por outro lado, os londrinos têm registo impressionante contra equipas portuguesas no White Hart Line: 5 jogos, 5 vitórias, 15 golos marcados. Já esta temporada venceram também os 6 jogos europeus no seu Estádio com 18 golos marcados em 6 partidas.
No entanto, do lado das águias de Lisboa, existe um caçador de britânicos que deve ter sorrido com o sorteio destes 8os de final. Óscar Cardozo defrontará o 6º emblema inglês desde que chegou à Europa e nenhum dos anteriores deixou de sofrer com o mortífero pé esquerdo do Tacuara. Aliás, são 10 jogos, 9 golos (4 de penalty) contra ingleses nas provas da UEFA.
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