FIFA estuda permissão para que jogadores atuem por mais de uma seleção
O vice-presidente da FIFA, Victor Montagliani, acenou pela primeira vez com uma flexibilização das regras de nacionalidade, que pode permitir jogadores a atuarem em mais de uma seleção profissional. Segundo a agência Reuters, o dirigente sinalizou que problemas internos de alguns países e os fluxos migratórios entre países abriram a entidade a considerar esta possibilidade.
Foi a federação de Cabo Verde motivou esta discussão após um pedido formal em favor desta alteração.
Foi a federação de Cabo Verde motivou esta discussão após um pedido formal em favor desta alteração.
«Muitos problemas surgiram recentemente. O mundo está a mudar. A imigração está a mudar. Há problemas de nacionalidade em todo o mundo, na África, principalmente, mas também na Ásia e na Concacaf. Então, acho que é um bom momento de olhar para isso e ver se há soluções, sem comprometer a integridade do desporto» afirmou Montagliani, que também é presidente da Concacaf (Confederação de Futebol da América do Norte, Central e Caribe).
Atualmente, a FIFA não permite que um jogador jogue por mais de uma seleção profissional. As exceções são abertas quando não se disputam jogos oficiais, como no caso de Diego Costa. O atacante do Atlético de Madrid foi convocado pelo Brasil para dois amigáveis em 2013 e, no ano seguinte, passou a jogar pela Espanha.
No entanto, a entidade permite, atualmente, uma troca de nacionalidade caso o atleta tenha disputado partidas apenas nas divisões de base. O primeiro caso de "transferência" entre seleções aconteceu em 2004, quando Antar Yahia, que tinha jogado nas divisões de base da França, passou a defender a seleção profissional da Argélia, disputando inclusive o Mundial de 2010. Desde então, essa possibilidade é aceite.
Nas regra da FIFA, jogadores sem ligação de sangue com um país só podem passar a representá-lo caso tenham vivido ou jogado no local por cinco anos. Porém, Montagliani afirmou que o comité da Federação considera alterar esse período.
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