Não se espera muito do novo Presidente da FIFA
As mudanças num dos organismos mais corruptos do nosso Planeta, a FIFA, só serão atingidos com tempo, paciência e a partir do interior... Espero que seja essa a grande ideologia do novo Presidente da FIFA, Gianni Infantino. O suiço-italiano, advogado de 45 anos, ex-secretário geral da UEFA, foi ontem eleito por larga maioria no congresso extraordinário da Federação que tutela o desporto rei. Casado, pai de quatro filhos, é muitas vezes mencionada uma frase sua em que procurou sintetizar o espírito do desporto-rei: “Futebol é paixão, emoção, tolerância, respeito… o futebol é magia!”
Teremos que esperar para ver mas para já, tende em conta toda a campanha de Infantino, não se auguram as mudanças necessárias na FIFA. A verdade é que nenhum dos candidatos se apresentava como a face da mudança de paradigma e a vitória de Infantino, apesar do discurso do vencedor, não foi celebrada com grande optimismo pela maior parte da crítica do planeta futebol.
O FIFPro, sindicato mundial dos futebolistas profissionais, pediu reformas mais radicais e acusou o novo presidente da FIFA de fazer parte “de uma estrutura e de uma cultura de liderança abertas a práticas corruptas.”
“Infantino, um verdadeiro poliglota, foi depressivamente hábil ao dirigir-se aos votantes na língua que eles entendem: prometendo-lhes mais dinheiro para as suas federações, para o desenvolvimento, até mesmo um milhão de dólares por ano para despesas com deslocações”, escreveu David Conn no diário britânico The Guardian. Aconselho a leitura deste artigo para se entender melhor que Infantino prometeu mais dinheiro e não reformas (AQUI).
No seu manifesto de candidatura, o novo presidente da FIFA também anunciava um aumento “muito significativo do Programa de Assistência Financeira”, traduzido num mínimo de cinco milhões por federação e 40 milhões por confederação, ao longo de quatro anos, para investimento no desenvolvimento do futebol. “A FIFA tem reservas de 1500 milhões, o errado seria não investir esse dinheiro nas federações”, defendeu-se Infantino. Do seu programa também consta a pouco consensual proposta de alargar o Campeonato do Mundo das 32 equipas actuais para 40.
0 comentários:
Enviar um comentário
Partilha a tua opinião!