Um peso clássico
A vitória do FC Porto na Luz, na passada sexta-feira, veio reabrir uma luta pelo título a três. E passou a fazer, também, com que o Benfica, e Rui Vitória, estejam agora obrigados a desafiar a História na corrida ao tricampeonato. Até à data, em 81 edições do campeonato, nunca houve um campeão que tivesse perdido três clássicos para a Liga com os rivais históricos, como já é o caso deste Benfica.
O campeonato entre os três grandes decide o campeão?
Não necessariamente, mas ajuda muito. Até agora, quatro em cada cinco títulos (79% do total) foram ganhos pela equipa que somou mais pontos nos clássicos, considerando todos os jogos entre Benfica, FC Porto e Sporting. E nos anos em que Belenenses e Boavista foram campeões (1946 e 2001, respetivamente), essas equipas também levaram vantagem nos confrontos com os três históricos.
Qual foi o pior registo de um campeão no confronto direto com os rivais?
Como já foi dito, nenhum campeão até agora perdeu três clássicos. O máximo é de duas derrotas e sucedeu por nove vezes: cinco com o Sporting (1948, 1949, 1958, 1974 e 2000), duas com o Benfica (1957 e 2005) e duas com o FC Porto (1998 e 2006). Mas, curiosamente, já aconteceu por duas vezes uma equipa ser campeã sem ganhar qualquer clássico. Foi o Benfica a consegui-lo, na década de 60: em 1963/64, com Lajos Czeizler, e em 1968/69, com Otto Glória, somou três empates e uma derrota nos confrontos com os rivais e mesmo assim festejou o título. Nesse último ano teve ainda a particularidade de cumprir o ciclo dos clássicos sem marcar qualquer golo: três empates a zero e uma derrota por 1-0 com o FC Porto.
Como já foi dito, nenhum campeão até agora perdeu três clássicos. O máximo é de duas derrotas e sucedeu por nove vezes: cinco com o Sporting (1948, 1949, 1958, 1974 e 2000), duas com o Benfica (1957 e 2005) e duas com o FC Porto (1998 e 2006). Mas, curiosamente, já aconteceu por duas vezes uma equipa ser campeã sem ganhar qualquer clássico. Foi o Benfica a consegui-lo, na década de 60: em 1963/64, com Lajos Czeizler, e em 1968/69, com Otto Glória, somou três empates e uma derrota nos confrontos com os rivais e mesmo assim festejou o título. Nesse último ano teve ainda a particularidade de cumprir o ciclo dos clássicos sem marcar qualquer golo: três empates a zero e uma derrota por 1-0 com o FC Porto.
Qual foi a última vez em que um campeão não foi o melhor no ciclo dos clássicos?
Já lá vão dez anos: foi o FC Porto, de Co Adriaanse, que em 2005/06 perdeu os dois jogos com o Benfica, venceu um e empatou outro com o Sporting. Os leões foram os melhores no campeonato a três dessa Liga (duas vitórias, um empate e uma derrota) mas ficaram-se pelo segundo posto. Daí para cá, o campeão de cada temporada tem saído sempre por cima no minicampeonato dos três grandes.
Já lá vão dez anos: foi o FC Porto, de Co Adriaanse, que em 2005/06 perdeu os dois jogos com o Benfica, venceu um e empatou outro com o Sporting. Os leões foram os melhores no campeonato a três dessa Liga (duas vitórias, um empate e uma derrota) mas ficaram-se pelo segundo posto. Daí para cá, o campeão de cada temporada tem saído sempre por cima no minicampeonato dos três grandes.
E já aconteceu um campeão ganhar os seus quatro clássicos desse ano?
Já, sim senhor, por duas vezes: o último a fazê-lo foi o FC Porto de José Mourinho, em 2002/03. O primeiro a conseguir a proeza foi o Benfica, de Jimmy Hagan, em 1971/72. E, novamente com Hagan, esteve quase a repeti-la na época seguinte: em 1972/73 somou três vitórias e empatou nas Antas, no quarto e último clássico dessa época. Foi o célebre campeonato sem derrotas, com 28 vitórias e dois empates.
Já, sim senhor, por duas vezes: o último a fazê-lo foi o FC Porto de José Mourinho, em 2002/03. O primeiro a conseguir a proeza foi o Benfica, de Jimmy Hagan, em 1971/72. E, novamente com Hagan, esteve quase a repeti-la na época seguinte: em 1972/73 somou três vitórias e empatou nas Antas, no quarto e último clássico dessa época. Foi o célebre campeonato sem derrotas, com 28 vitórias e dois empates.
E ao contrário, já algum dos três grandes ganhou os quatro clássicos na mesma época sem acabar campeão?
Nunca. O melhor desempenho de um não-campeão no ciclo dos clássicos é do FC Porto, em 1948/49: três vitórias e um empate com os rivais de Lisboa. E, mesmo assim, acabou esse campeonato na quarta posição, atrás de Sporting, Benfica e Belenenses.
E qual foi o pior desempenho de um grande no conjunto dos clássicos?
Também é do FC Porto: na temporada 1945/46, perdeu os seis jogos que efetuou com os grandes de Lisboa, campeão Belenenses incluído. Aliás, os dragões terminaram esse campeonato no 6º lugar, com mais derrotas do que vitórias.
Jorge Jesus e o Sporting são os únicos que podem ganhar os quatro clássicos nesta Liga.
Também é do FC Porto: na temporada 1945/46, perdeu os seis jogos que efetuou com os grandes de Lisboa, campeão Belenenses incluído. Aliás, os dragões terminaram esse campeonato no 6º lugar, com mais derrotas do que vitórias.
Jorge Jesus e o Sporting são os únicos que podem ganhar os quatro clássicos nesta Liga.
Qual é o melhor desempenho do técnico leonino no campeonato entre os três grandes desde 2009/10?
Conseguiu duas vitórias, um empate e uma derrota na época de estreia, e também em 2012/13 e 2013/14. A única temporada em que terminou este ciclo invicto foi precisamente a última, em 2014/15, quando venceu o FC Porto no Dragão e empatou os restantes três jogos. Se vencer um dos dois jogos grandes que ainda lhe faltam – Benfica em Alvalade e FC Porto no Dragão – fixa um novo máximo pessoal em clássicos ganhos numa mesma Liga.
A discussão na Liga portuguesa é demasiado centrada nos três grandes? Quantas vezes Benfica, FC Porto e Sporting, por qualquer ordem, monopolizaram o pódio, como parece perto de acontecer novamente este ano?
Mais de metade das vezes. Em 81 campeonatos o pódio foi exclusivo dos três grandes em 44 ocasiões. Ou seja, só por 37 vezes houve outras equipas a intrometerem-se nessa discussão. E nunca houve um pódio sem grandes, nem nos anos em que Belenenses e Boavista foram campeões. O máximo que aconteceu, nesse particular, foi registarem-se dois «intrusos» no mesmo ano: em 1972/73, o pódio foi composto por Benfica, Belenenses e V. Setúbal. E em 1975/76, por Benfica, Boavista e Belenenses.
Conseguiu duas vitórias, um empate e uma derrota na época de estreia, e também em 2012/13 e 2013/14. A única temporada em que terminou este ciclo invicto foi precisamente a última, em 2014/15, quando venceu o FC Porto no Dragão e empatou os restantes três jogos. Se vencer um dos dois jogos grandes que ainda lhe faltam – Benfica em Alvalade e FC Porto no Dragão – fixa um novo máximo pessoal em clássicos ganhos numa mesma Liga.
A discussão na Liga portuguesa é demasiado centrada nos três grandes? Quantas vezes Benfica, FC Porto e Sporting, por qualquer ordem, monopolizaram o pódio, como parece perto de acontecer novamente este ano?
Mais de metade das vezes. Em 81 campeonatos o pódio foi exclusivo dos três grandes em 44 ocasiões. Ou seja, só por 37 vezes houve outras equipas a intrometerem-se nessa discussão. E nunca houve um pódio sem grandes, nem nos anos em que Belenenses e Boavista foram campeões. O máximo que aconteceu, nesse particular, foi registarem-se dois «intrusos» no mesmo ano: em 1972/73, o pódio foi composto por Benfica, Belenenses e V. Setúbal. E em 1975/76, por Benfica, Boavista e Belenenses.
Então, para terminar, desde que há Liga quantas equipas além dos três grandes já ficaram no pódio?
Ao todo são nove. O Belenenses conseguiu-o por 18 vezes, o Boavista seis. V. Guimarães e V. Setúbal fizeram-no quatro vezes cada. Sp. Braga e o velhinho Atlético, duas cada. CUF, Académica e P. Ferreira, também o conseguiram. Os pacenses foram a última exceção à regra, em 2013.
Ao todo são nove. O Belenenses conseguiu-o por 18 vezes, o Boavista seis. V. Guimarães e V. Setúbal fizeram-no quatro vezes cada. Sp. Braga e o velhinho Atlético, duas cada. CUF, Académica e P. Ferreira, também o conseguiram. Os pacenses foram a última exceção à regra, em 2013.
1 comentários:
Um clube que contra os rivais não vence , ou melhor, perde todos os jogos não merece ser campeão. E não vale a pena sonhar com uma vitória em Alvalade pq não temos arcaboiço para isso. O meio campo não pressiona, a defesa não marca e isso é fatal. Por outro lado no contacto físico somos uma equipa macia, muito mole. Por essa razão não vencemos o pior porto dos últimos 20 anos com um treinador novo há 15 dias. Mas pior que tudo isto foi no final ver a malta a bater palminhas aos jogadores como se estivessem habituados a perder em casa com os rivais. Foi isso que mais me custou. Uma equipa de moles com uma massa associativa anestesiada e a habituar-se a perder.
15 de fevereiro de 2016 às 19:55Enviar um comentário
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