A FIFA não protege o futebol
Quem passa aqui no blog com alguma frequência já deve ter percebido que não acho que as regras do futebol estejam actualizadas e em benefício do jogo. A FIFA não abre mão de um conjunto de leis inventadas no século XIX e não avança com medidas inovadoras para que a magia do desporto ainda seja maior.
Este fim de semana, em vários dos jogos dos campeonatos, aconteceu uma situação que me fez pensar. Até que ponto é justo uma equipa ser castigada com um penalty e uma expulsão no mesmo lance? O duplo castigo não será exagerado? Não seria de pensar numa situação em que se veria se o penalty era convertido e se deixaria o jogador entrar, com cartão amarelo, se a outra equipa falhasse?
Tudo isto porque um jogo em que acontece tal situação fica praticamente decidido e perde o interesse.
Lá está acima de tudo o que gostava é que este tipo de raciocínio fosse normal nas instituições da FIFA. Por exemplo, na NFL e NBA o órgão competente revê todas as temporadas as leis do desporto e actualiza-as, frequentemente, para o bem do espectáculo. Era bom que o desporto Rei seguisse estes bons exemplos.
7 comentários:
O avançado vai a marcar o golo e eu cometo uma falta sobre o avançado para penalti.
20 de outubro de 2013 às 20:58O arbitro decide-me dar o vermelho pois o avançado estava isolado.
O avançado não se levanta mais e sai lesionado mas a equipa adversária já fez as substituições.
A equipa do avançado que saiu de maca fica a jogar com 10 homens e falha o penalti...e ainda queres que eu vá jogar o resto da partida para rebentar com o resto dos avançados?
defender o futebol é defender os caceteiros? é defender quem não olha a meios (faltas) para atingir os seus objectivos?
20 de outubro de 2013 às 21:08uma equipa se tem uma falha tem de escolher se prefere a lotaria de ficar com menos um jogador e talvez sofrer um golo ou só de talvez sofrer um golo (isto porque um jogador isolado ainda tem muitas vezes o gr pela frente). as equipas fazem as suas opções. e como muitas vezes os árbitros erram há quem prefira cometer a falta à espera que não seja vista. ou seja, neste momento muitos já cometem as faltas com a esperança de não irem para a "prisão" e mesmo assim queres lhes dar um cartão para os livrar da cadeia se forem topados??
achas que os jogos ficam muito desequilibrados? é simples! são os jogadores é que não devem fazer as faltas! tão simples quanto isso!
Amigo Fura, neste tema, e mais concretamente nas questões que levantaste, não concordo com soluções tipo futsal ou hoquéi em patins. Aliás, se há treinadores que na sombra dizem aos seus jogadores para jogarem "canela ao pescoço", quando pela frente se desculpam com "intensidades", não duvidaria que face a isso, haveria estratégias para mandar os melhores jogadores da equipa adversária para o estaleiro.
20 de outubro de 2013 às 21:08Para além disso, o futebol seria tudo menos fluido. Quantas paragens não iria haver? É preciso pensar também nesses condicionantes.
Já agora, penso que estás a falar do que aconteceu no Newcastle-Liverpool, certo? Epá, o central se fosse mais inteligente jamais teria abordado o lance daquela maneira... Por outro lado, tem havido muitos árbitros com sensibilidade para o futebol e que evitam expulsões em lances parecidos.
Por fim, o que me faz confusão é alguns árbitros não terem um mínimo de bom senso, como o Rui Costa que amarelou o Djuricic porque a sua caneleira caiu para o relvado... claramente um excesso de zelo, mas que poderia ter um desfeixo negativo se o sérvio tivesse feito uma falta mais dura.
Da mesma maneira, também acho completamente despropositado o amarelo por tirar a camisola numa celebração. Mas, atenção, se o jogador tirar a camisola e fizer publicidade a algo, acho bem ser admoestado.
Eu acho que já há leis mais do que suficientes. O problema são as interpretações e o bom senso de quem as pratica.
sim essa do Rui Costa e Djuricic roçou a palhaçada
20 de outubro de 2013 às 21:23As regras devem proteger os jogadores que levam gente aos estádios e punir os caceteiros.
21 de outubro de 2013 às 00:49Os jogadores tecnicamente mais evoluídos são hoje em dia mais protegidos que anteriormente (hoje é impensável um jogador manter-se num clube de topo se for como o Eusébio e precisar de oito operações aos joelhos durante a carreira).
O Ronaldo ou o Messi sofrem muitas faltas e algumas bem duras, mas se fosse há 20 anos já tinham terminado as carreiras, tal como fizeram ao van Basten.
Tem que se proteger os jogadores. Mesmo com a maior atenção a lances perigosos acho que não chega. Não me parece que se expulse demais. Acho até que se expulsa de menos.
Para mim uma entrada como por exemplo aquela do Bruno Alves que rebentou com o Rodrigo em 2012 tem que dar vermelho.
E se a entrada for feita dentro da área é penalti e acabou. Nem sequer se marcam tantos penaltis quanto isso (é ver as pintelhices que são assinaladas a meio campo e as cacetadas que ficam por assinalar dentro da área).
Não estou nada de acordo com isto.O futebol de facto é o desporto rei.E tornou se no desporto rei desta maneira,vir agora com modernices e essas coisas todas para mim não faz sentido,a magia do futebol é isto,é a polemica, é o momento,o momento que um jogador falha um golo de baliza aberta,e um arbitro comete um erro porque no momento foi daquela forma que interpretou.O sal e a pimenta do futebol é isto.
21 de outubro de 2013 às 01:52Dou total razão ao Rafael Ortega.
21 de outubro de 2013 às 11:19As leis do futebol têm que existir para punir os caceteiros e potenciais assassinos (e nós já tivemos bastantes na Liga Portuguesa) e proteger os jogadores que efectivamente jogam.
Infelizmente já vários jogadores viram as suas carreiras encurtadas por lesões graves devido a entradas assassinas de colegas de profissão. O Van Basten e o Futre são apenas dois exemplos, mas até o próprio Rodrigo nunca mais foi o mesmo depois daquela entrada por trás do "Bruto" Alves.
Digo mais, as leis do futebol deviam contemplar a erradicação de jogadores que fazem da arte da sarrafada a sua carreira, como Andrés, Paulinhos Santos, Mários Silvas, Jorges Costas, Brunos Alves, etc...
A FIFA se estivesse realmente interessada em defender o espectáculo ao invés da corrupção, andaria atenta aos jogadores cujas atitudes em campo são contrárias ao espírito do desporto e erradica-los sem dó nem piedade.
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