Brexit pode mudar bastante a Premier League
A saída de do Reino Unido da União Europeia irá levar a profundas alterações na Premier League. A Federação Inglesa de Futebol tem um plano, que visa limitar o número de estrangeiros para cada clube. Escreve o jornal 'The Times' na sua edição desta terça-feira que a FA irá apresentar a proposta aos clubes numa reunião a ter lugar no dia 20 de novembro, entre o organismo e a Premier League.
Uma das grandes mudanças passa pela redução do número de estrangeiros por cada clube, que passará dos atuais 17 permitidos pelos regulamentos, para 12. Se a proposta passar, apenas sete dos 20 clubes que disputam a Premier League estariam a 'salvo': Crystal Palace, Wolverhampton (ambos com 12 estrangeiros), Southampton (11), Everton (dez), Cardiff City (sete), Burnley (seis) e Bournemouth (cinco).
Mas a regra não se aplica de forma cega, até porque há exceções. O Manchester United, por exemplo, conta nesta altura com 14 estrangeiros, sendo que apenas 12 deles entram nas contas. É que Paul Pogba e Romelu Lukaku fizeram parte das suas formações em Inglaterra. Mas Eric Dier, por exemplo, estaria em risco no Tottenham, uma vez que fez a sua formação no Sporting, ou seja, não contava como jogador formado em Inglaterra.
Neste momento há cinco clubes que estariam em sérios apuros se a regra fosse aplicada de imediato. O Manchester City, que conta com 17 estrangeiros no plantel, seria obrigado a cortar cinco. Tottenham, Brighton, Huddersfield e Watford também têm 17 jogadores estrangeiros, seguidos de Chelsea, Liverpool, Fulham e West Ham com 16, Arsenal 15, Manchester United e Newcastle com 14 e Leicester com 13.
Esta decisão da FA para lidar com o Brexit visa também aumentar o valor de mercado dos jogadores ingleses, obrigando os emblemas do Reino Unido a apostarem mais nos jogadores formados em Inglaterra. No último fim-de-semana, apenas 62 ingleses foram titulares num universo de 220 jogadores.
O 'The Times' dá o exemplo do Chelsea onde nenhum dos sete jogos formados no clube foram utilizados por Sarri no encontro frente ao Everton. Em Inglaterra diz-se que os 'blues' não deixaram sair Victor Moses e Gary Cahill apenas para cumprir a quota de jogadores 'homegrow' [jogadores que passaram pela formação de clubes ingleses ou galeses entre os 16 e os 21 anos].
Se a regra entrasse em vigor no imediato o Wolverhampton de Nuno Espírito Santo estaria a salvo, juntamente com a sua 'armada' portuguesa. Os 'Wolves' contam com Rúben Neves, Diogo Jota, Rui Patrício, Rúben Vinagre, Hélder Costa e Ivan Cavaleiro no seu plantel.
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3 comentários:
Sinceramente acho que deveria de ser assim em todos os campeonatos. Isso obrigaria os clubes a contratarem estrangeiros com mais cuidado e detalhe para que não se cometa o erro de contratar paletes de jogadores estrangeiros apenas porque tem algum talento. Haveria mais disputa interna mais competitividade nacional e internacional pois não haveria "grande" discrepância na luta das competições europeias.
13 de novembro de 2018 às 17:2312 estrangeiros permitidos; acham pouco? Numa equipa só jogam 11 jogadores; as equipas podem continuar a entrar em campo com 100% de estrangeiros. Fazer passar a ideia de que reduzir para 12 é quase uma castátrofe só se compreende por haver um forte lobby para não se aplicarem as atuais regras para futebolistas de fora da Europa. Estes britânicos que sejam homenzinhos; votaram no Bresit, agora que assumam as consequências.
14 de novembro de 2018 às 00:17Sérgio.
Mas entao o Eric Dier nao é jogador da selecção Inglesa? logo presume-se que seja Ingles de passaporte e nunca possa entrar nas cotas de estrangeiro, alem que se saiba nasceu em Cheltenham, Reino Unido antes de os pais emigrarem para o estrangeiro.
14 de novembro de 2018 às 10:50Enviar um comentário
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