Luís Filipe Vieira: o vigilante
«Como a memória é curta, e no futebol ainda mais, quando dá jeito, manda a verdade recordar que há um ano, igualmente com onze jornadas disputadas na Liga, o cenário era bem diferente daquele que hoje se regista. O Sporting, inebriado pelo efeito Jesus, que se julgava ser prenúncio de conquistas a perder de vista, liderava com mais dois pontos que o FC Porto. Em patamar abaixo, consideravelmente abaixo, a sete pontos do leão, surgia o Benfica, desconsiderado e a enfrentar ventos e marés no combate a vaga de ataques sem rosto.
De fora e de dentro do clube, o cerco crítico assumiu proporções gigantescas. Adivinharam-se terríveis prejuízos. Conjecturaram-se colapsos traumatizantes no projecto de Vieira. Deu-se como garantido o despedimento do treinador. Sentenciou-se o fim do consulado do presidente.
Enfim, gerou-se uma barulheira sem ponta de credibilidade e de uma excentricidade opinativa mal sustentada, como se alguma vez a sobrevivência de um clube com a dimensão e a história do Benfica pudesse ficar dependente dos caprichos de um treinador, por mais rico que fosse o seu currículo internacional, o que nem sequer era o caso, como é público.
Um ano depois, já sem poeira no ar, verifica-se que o Estádio da Luz continua de pé e mais concorrido do que nunca, sendo na actualidade, como li em A Bola, o oitavo da Europa com mais assistências, apenas superado, convém sublinhar, por Borussia de Dortmund, Barcelona, Manchester United, Bayern, Real Madrid, Schalke e Arsenal, não constando na lista mais algum clube português entre os 20 primeiros deste ranking. Além de, em comparação com a mesma jornada da última época (11.ª), quem lidera agora é o Benfica, cinco pontos à frente do Sporting e sete do FC Porto. As voltas que muitos juravam que isto ia dar e... não deu. Melhor, deu, embora em sentido contrário: Jesus não funcionou como se pretendia em Alvalade, Lopetegui/Peseiro marcaram passo no Dragão e Vitória teve de fazer o favor de ser campeão, permita-se-me a ironia.
As forças demoníacas erraram. Nada do que previram aconteceu. Os factos falam por si e demonstram que tudo se resumiu a uma manobra desestabilizadora de grandes proporções que Luís Filipe Vieira - entretanto reeleito com 90 e tal por cento de votos e ainda assim houve quem tivesse visto nesse resultado sinal de distanciação por parte da família encarnada - destruiu pela discrição, pela firmeza das suas convicções e, principalmente, pela mais poderosa arma que utiliza quando quer proteger de intromissões alheias a instituição a que preside: apelo à união da família benfiquista para um Benfica maior e mais forte, inovador e preparado para vencer os desafios do futuro.
Vieira pode parecer um romântico ao adoptar um estilo de presidência cordato e dialogante, em choque com a truculência partilhada pela maioria. Nem sempre procedeu com o tempero conveniente, sem dúvida, mas teve a virtude de aprender depressa e, mais significativo, de saber estar à altura da grandeza do emblema da águia.
Cedo compreendeu que ser presidente do Benfica o devia inibir de alinhar em algazarras de bairro disfarçadas de rivalidades ou dar troco a reptos futeis de quem, provavelmente, gostaria de ser como ele mas não sabe como.
Proclamou o objectivo do tri quando muito boa gente chorava baba e ranho por causa da saída de Jesus. Reflexo de bem urdida operação de maledicência que gerou embaraços na organização encarnada e interferiu no trabalho de Vitória. Sem dramas, porém. Para quem o conhece minimamente já deve ter verificado que Vieira funciona como segunda linha de betão, difícil de transpor. Parece ausente ou distraído, mas quase nada lhe escapa.
É um vigilante atento, daqueles que se for preciso não dormem. Revela especial intuição para prever as coisas a preparar soluções. De aí que decorriam ainda os festejos do campeonato que Jesus prometeu e Vitória venceu e já Vieira apontava a meta do tetra, indiferente aos outros.
Esse é, aliás, um dos seus trunfos mais valiosos, acreditar na organização que criou, saber com o que conta em termos de disponibilidade/qualidade dos praticantes e ver no seu treinador, além de elevada competência, firmes traços de seriedade e lealdade.
Por outro lado, a boa saúde da águia na fase pós-Jesus permite acreditar que o V de Vieira associado ao V de Vitória traduz uma relação destinada a ser feliz.»
Fernando Guerra, in A Bola
2 comentários:
A LAVANDARIA RUI SANTOS NO TEMPO-EXTRA
1 de dezembro de 2016 às 15:13DA ÚLTIMA TERÇA-FEIRA
no dia do jogo assim de repente
logo nos pareceu auto-golo do patrício
e convém dizer que o auto golo resultou de dois factos:
-patrício tinha os pés e corpo dentro da baliza
-e aconchegou a bola encostando-a à barriga
repetimos: encostando-a à barriga
de salientar que o próprio patrício ao se aperceber do auto-golo
imediatamente esticou os braços
numa tentativa desesperada de colocar a bola fora da baliza
seguiu-se a conferência de imprensa
e sem mais nem menos
jj desvia o foco para o duplo amarelo
do defesa expulso
é lá …pensou-se logo no café onde estávamos
como jj já sabia do auto golo
toca de desviar atenções
e por isso se explica tão estrambólica conferência
mais um prego para a consolidação da ideia
do auto-golo
reação do patrício
e palavras do jj a desfocar o assunto
mas faltava a prova final
que sempre se esperou
a máquina 3d de rui santos
e ela apareceu e com as seguintes conclusões
tiradas por rui santos:
-“”a bola esteve dentro 80%
e fora 20% “”
vá lá…devagarinho… já estava quase toda lá dentro
mas se dúvidas houvesse
elas deixaram de existir
ouvindo as palavras explicativas de rui santos
…que estranhamente (ou não) não batiam certo com as imagens
disse rui santos:
fomos analisar o último frame
ehehehehehehehehehe
último frame????????
eheheheheheheheh
o último frame teria que ser com a bola encostada à barriga
e não, já com os braços parcialmente esticados
que foi aquilo que o rui santos mostrou
eheheheheheh
se com a imagem apresentada deu 80%
com a bola na barriga daria certamente 110%
por isso a lavandaria funcionou e bem
desafia-se por isso rui santos a fazer
a análise em direto com a bola
encostada à barriga
esse sim o último frame
porque enquanto isso não acontecer
para nós terá sido golo limpinho, limpinho
e ja agora a sporco tv que mostre as imagens todas
que até agora não mostrou
ps-para o sportinguista rui santos dizer que esteve dentro 80%
isso para nós quer dizer 100%
patrício a estender os braços + jj a desconversar + rui santos e o último frame (que não era) e mesmo assim 80% dentro + ausência de imagens da sporco tv =golo limpinho
é óbvio que todos eles tentaram esconder mais uma prenda
ps- rui santos também disse que coates não fez penalti!!!!!!!!!!!!!!!!
eheheheheheh lavandaria
PS-ACONSELHO QUE VEJAM AS IMAGENS
NO BLOG
COLUNA DE ÁGUIAS GLORIOSAS
Um artigo de grande qualidade e de invejável clarividência... não deixa de ser surpreendente que este senhor tenha escrito um artigo destes, a partir de hoje já o respeito mais um bocadinho.
1 de dezembro de 2016 às 15:35Rumo ao Tetra e seis.
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