Alemanha 4-2 Grécia: Mannschaft é a principal candidata
Jogou-se hoje, em Gdansk, o segundo jogo dos quartos de final do Euro 2012: Alemanha e Grécia discutiam o lugar no pódio europeu. Coincidência das coincidências encontravam-se os dois países que estão no centro da crise da moeda da União Europeia e assim o jogo, para os dois povos, ultrapassava a já enorme emoção de um jogo de acesso à fase final da prova.
Os gregos teriam de ser verdadeiros heróis olímpicos para vencer a situação política e a história desportiva, pois em 8 jogos com a Alemanha o máximo que tinham atingido eram 3 empates. Além disso a Alemanha vinha de 14 vitórias seguidas em jogos oficiais.
Para mostrar que a equipa da Alemanha estava a personificar bem o seu papel de Angela Merkel, o treinador Low deixou de fora os três avançados titulares até aqui e colocou dois miúdos em campo e um avançado em fim de carreira. Que sobranceria... Marco Reus, André Schürrle e M. Klose apareciam no lugar de Podolski, Gómez e Muller.
Do outro lado, para entrar no papel de país à rasca, a Grécia de Fernando Santos não podia contar com a estrela da companhia, Karagounis, injustamente castigado para estes quartos de final e com mais uns quantos lesionados.
Nota para outro relvado em péssimas condições, pelo menos para uma competição desta importância.
Os primeiros 20 minutos foram jogados a ritmo não muito alto, com a Grécia a fazer o anti jogo irritante e característico e a Alemanha a chegar por uma vez, numa jogada fantástica ao primeiro toque, à baliza adversária. Com o relógio mesmo a marcar a metade da 1ª parte a Mannschaft acordou e em poucos minutos teve 3 hipóteses de golo, sempre em transição, movimentação e passe rápido. Jogam muito os alemães e não têm qualquer problema de ter a iniciativa do jogo.
O único golo desta 1ª parte chegou ao minuto 38 num grande remate de longa distância de Philipp Lahm, o capitão germânico, aproveitando um mau posicionamento e pressão da defesa grega. Estava feito o mais difícil e o intervalo chegou sem mais destaques. Bons 45 minutos de André Schürrle mas com os avançados titulares a Alemanha teria resolvido a questão na 1ª parte.
Fernando Santos tentou alterar o rumo do jogo com um dupla substituição: Ninis por Gekas e Tzavelas por Fotakis. Quis dar novo fôlego ao ataque helénico mas foi novamente a Alemanha a entrar com melhor dinâmica. No entanto, com 5 minutos do 2ª tempo, numa perda de bola do meio campo alemão (Schürrle), troca de bola rápida helénica, contra ataque de Salpingidis com passe para Samaras carimbar o empate e a festa grega.
A festa, apesar de bonita, foi curta, 5 minutos depois Ozil libertou Boateng que cruzou para Khedira num bom remate de primeira recolocar a Alemanha em vantagem.
Mais 7 minutos e mais um golo Alemão depois de um livre de Ozil, tipo canto curto, e antecipação de Klose no primeiro poste ao GR Sifakis para o 3-1. Neste pesadelo grego de 13 minutos ainda houve tempo para o 4-1 por Reus, com a defesa grega completamente perdida.
Mesmo a terminar a partida, um erro do árbitro que deu um penalty por mão de Boateng, quando é um claro lance de bola na mão, Salpingidis reduziu o marcador: 4-2 resultado final.
Continua a caminhada imbatível da Alemanha que já antes de começar era para mim a grande favorita e cada vez mais vejo Lahm a levantar a Taça em Kiev, no 1º de Julho.
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