2014 começa com entrevista a LFV
Grande entrevista ao Presidente do SL Benfica Luís Filipe Vieira que o jornal A Bola traz na sua primeira edição de 2014. Deixo a 1ª parte, sendo que a podem ler na totalidade AQUI:
É com um discurso frontal que o líder encarnado coloca o dedo na ferida que foi
o mês de maio de 2013, assume o desalento pelos dois últimos campeonatos que o
Benfica «entregou» ao FC Porto e não esconde que a vida não está fácil no
Portugal de hoje. Porém, tem um rumo para os encarnados e acredita na equipa
comandada por Jesus.
Como viveu o presidente do Benfica os dias em que o seu clube tudo foi
perdendo, Liga portuguesa, Liga Europa, Taça de Portugal?
- Não há palavras que possam traduzir o sentimento, a sensação de frustração
que senti - como todos os benfiquistas - durante esses dias e que acompanhou
durante muitas semanas. Tivemos mérito em chegar lá, creio que não tivemos a
sorte do jogo em duas dessas finais e, claramente, não estivemos a altura do
que nos era exigido na final da Taça de Portugal. É um ano para não esquecer,
foi sem dúvida dos momentos mais difíceis que vivi aqui no Benfica.
- A decisão de renovar o contrato de Jorge Jesus, no contexto em que
sucedeu, foi a mais difícil, no âmbito desportivo, dos seus mandatos?
- Acho que a pergunta deve ser feita de outra forma. Que gestor, analisando o
que tinha sido feito nos últimos 4 anos, tomaria uma opção diferente? Houve uma
avaliação séria ao trabalho de Jesus. Este foi o primeiro ano em que, no atual
formato da Champions, estivemos no pote 1. No primeiro ano do Jesus o Benfica
era 23.º do ranking europeu, na época passada acabamos em 5.º, atrás do Bayern
de Munique, do Dortmund, Chelsea e Real Madrid... Isto são factos. Em quatro
anos estivemos numa meia-final e numa final europeia... Quando se lidera um
Clube como o Benfica há muitas vezes a tentação de gerir com o coração, e isso
é o pior que podemos fazer. Jesus cresceu e evoluiu ao longo destes quatro
anos, mas o Benfica também evoluiu e cresceu com ele. É evidente, tenho essa
noção, seria sempre uma decisão que não mereceria a concordância de todos, mas
qual é a decisão que merece unanimidade?
- Fica a ideia de que o Benfica tem tido muita dificuldade em ultrapassar o
bloqueio psicológico do maio maldito...
- Acho que efetivamente durante demasiado tempo não nos conseguimos desligar
desse final de época. Não começamos o campeonato com zero pontos, começamos
muito abaixo de zero, porque efetivamente foi traumático, mas creio que
passados estes meses esse capítulo já está fechado. Porventura ainda não
estamos a jogar o que jogamos no ano passado, mas vamos lá chegar, estou
convencido disso.
- Seis meses depois, já a frio, que balanço faz do caso entre Jesus e
Cardozo?
- O mesmo que fiz no próprio dia. Não devia ter acontecido, mas também é
verdade que ganhou uma dimensão maior da que devia porque foi um caso que
envolvia futebol e envolvia o Benfica. Como é evidente não fiquei satisfeito,
mas não podemos nunca retirar do contexto as situações. Sinceramente creio que
foi bem resolvido. Não houve nenhum ultimato de ninguém, houve ofertas mas não
houve garantias, o jogador reconheceu o erro, foi penalizado e, finalmente
reintegrado.
- Não levou muito tempo a resolver?
- Essa é a crítica mais ouvida da parte daqueles que estão de fora, que não
percebem que o futebol é um jogo de emoções, que acham que tudo se resolve de
forma simples. Muitas vezes acontecem situações que os jogadores não conseguem
controlar, há inúmeros casos desses e em todos eles a solução nunca é fácil
porque envolve três vertentes: a desportiva, a financeira e a humana. Quem
disser que um caso destes é fácil de gerir e resolver não sabe o que está a
dizer.
- Continua a sentir Jorge Jesus como parte da solução?
- Pelo que disse atrás, a resposta é sim. Temos beneficiado com a estabilidade
da equipa técnica. É evidente que esperava ter mais títulos conquistados nestes
anos, mas precipitar uma decisão pode significar destruir um longo caminho que
foi construído até aqui.
- A mensagem de Natal que enviou a todos os benfiquistas tinha recados para
o treinador?
- Eu não mando recados ao meu treinador, eu falo com ele quando é necessário. Isso não passou de um título de jornal que muito provavelmente não tinha nada melhor para ter na primeira página nesse dia e que, depois, alguns especialistas desenvolveram. Não acha que expressei o sentimento de todos os benfiquistas? Se não digo nada é porque devia dizer, quando manifesto o sentimento de todos os benfiquistas é porque estou a enviar recados..... Há uma coisa que tenho a certeza, Jesus concorda com a mensagem de Natal na totalidade, como aliás já o manifestou publicamente.
- Eu não mando recados ao meu treinador, eu falo com ele quando é necessário. Isso não passou de um título de jornal que muito provavelmente não tinha nada melhor para ter na primeira página nesse dia e que, depois, alguns especialistas desenvolveram. Não acha que expressei o sentimento de todos os benfiquistas? Se não digo nada é porque devia dizer, quando manifesto o sentimento de todos os benfiquistas é porque estou a enviar recados..... Há uma coisa que tenho a certeza, Jesus concorda com a mensagem de Natal na totalidade, como aliás já o manifestou publicamente.
- O treinador, como se viu, por exemplo, em Guimarães, não anda com os
nervos demasiado à flor da pele?
- Não. O Jesus sempre foi assim, desde o primeiro ano em que chegou ao Benfica
sempre foi igual. Não é uma questão de nervos, é uma questão de feitio. Há quem
goste, há quem não goste, mas aquilo é ele.
- A irregularidade exibicional do Benfica, de mãos dadas com a crise que
continua a assolar Portugal, tem afastado adeptos da Luz. Como inverter este
ciclo?
- Há uma coisa que é verdade, que é a irregularidade exibicional do Benfica.
Quanto ao afastamento de adeptos da Luz não corresponde à verdade. Dos seis
jogos em casa disputados para o campeonato, em termos comparativos com o ano
passado, estamos com mais espetadores, mesmo tendo em conta que no primeiro
jogo tivemos menos 18 mil espectadores, fruto da ressaca do fim da época. O que
significa que nos restantes cinco jogos estivemos sempre acima da média de
espectadores da época passada. Mas isso não invalida que efetivamente estejamos
a apresentar exibições que não estão ao nível do que podemos fazer. Já agora,
também não podemos esquecer a crise económica e, principalmente, a carga fiscal
cega que taxou o futebol com 23% IVA.
- Sente-se compensado do esforço que fez ao manter os jogadores mais
valiosos do Benfica no plantel?
- Foi um esforço assumido e que não me arrependo de o ter feito. É evidente que
ficar de fora da Liga dos Campeões foi uma desilusão e mais duro é esse golpe
quando ficamos de fora perante um Olimpiakos em cujo campo fizemos o melhor
jogo da época e num jogo onde deveríamos ter ganho de forma folgada. É duro
ainda quando conseguimos 10 pontos e houve equipas a passar à fase seguinte com
6, mas isso é futebol e nada podemos fazer. Ficaria arrependido se não tivesse
feito esse esforço.
- Lembrou que o Benfica fez 10 pontos na Champions, mas mesmo assim ficar em
terceiro lugar num grupo acessível não é demasiado frustrante?
- Frustrante foi não ter passado a fase de grupos, o resto é secundário. Grupos
acessíveis? Essa é a parte do futebol falado. Não adianta dizer que fomos
superiores ao Olimpiakos, porque o fomos, infelizmente as bolas não entraram.
Fonte: ABola
1 comentários:
ó vieira vai gozar com o crl pá, se vendes alguem importante, pede pra cagar e sai imbecil.
2 de janeiro de 2014 às 14:03Enviar um comentário
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