Mega escândalo
Era dia de crise Barcelona, mas Neymar deixava a seguinte mensagem no Instagram, a rede social de partilha de fotografias: “Obrigado Jesus por mais um dia de alegria.” Enquanto o avançado brasileiro, a recuperar de uma lesão, dizia ao mundo que estava feliz com a vida, Sandro Rosell estava a viver as última horas como presidente do Barcelona, uma crise provocada pela nunca totalmente esclarecida transferência de Neymar no Verão passado. Na quinta-feira, ao princípio da noite, motivado por uma “acusação injusta”, Rosell apresentou a demissão do cargo de presidente do clube catalão, com “carácter irrevogável”.
Após uma reunião da junta directiva dos blaugrana que demorou mais que o esperado, Rosell apareceu na sala de imprensa de Camp Nou e limitou-se a ler um comunicado, confirmando as notícias que já circulavam na imprensa espanhola. “A minha etapa aqui terminou. Apresentei a minha demissão com carácter irrevogável e foi aceite por unanimidade”, disse Rosell, que abandona o cargo a dois anos do final do mandato, ele que foi eleito presidente em 2010. Para o seu lugar avança Josep Maria Bartomeu, até agora vice-presidente do clube responsável pela área desportiva.
Rosell não respondeu a perguntas, mas avançou com algumas explicações sobre o que o motivou a apresentar a demissão, relacionadas com a transferência de Neymar do Santos para o clube catalão, cujos contornos foram contestados por um associado do Barcelona e que motivou uma investigação judicial. “Este percurso teve momentos complicados, para mim e para a minha família, sofri algumas ameaças e, nos últimos dias, sofri uma acusação injusta. A contratação de Neymar provocou a inveja dos nossos adversários”, disse Rosell.
Em causa, está o valor da transferência do internacional brasileiro. Rosell sempre disse que o Barcelona pagou 57,1 milhões de euros ao Santos para ter Neymar, mas a denúncia do sócio em causa, Jordi Cases, diz que a transferência poderá ter chegado aos 94,4 milhões. Quarta-feira, o juiz Pablo Ruz entendeu que havia matéria para ordenar a abertura de um inquérito à transferência do brasileiro por alegado desvio de fundos.
Da parte do Barcelona, entende-se que não foi cometida nenhuma ilegalidade e que a cláusula de confidencialidade nos contratos relativos à transferência foram uma imposição das outras partes interessadas e não uma iniciativablaugrana. A imprensa espanhola refere como o valor da transferência poderá ter “engordado” entre comissões e contratos paralelos: o El País fala em 7,9 milhões pelos direitos de preferência sobre três jogadores do Santos e mais nove milhões por dois jogos particulares; o El Mundo refere-se a um prémio de assinatura de dez milhões, mais 2,6 milhões de comissão para o empresário (que é o pai de Neymar) e 8,5 milhões de comissões para a família do jogador.
Presidente austero
Alexandre “Sandro” Rossel i Feliu, empresário catalão de 49 anos, chegou ao Barcelona em 2003, integrado na direcção liderada por Joan Laporta, mas abandonou o clube em 2005 por divergências com Laporta. A 13 de Junho de 2010, Rosell tornou-se no 39.º presidente do Barcelona, com mais de 60% dos votos. Os seus primeiros tempos na gestão do clube foram marcados por alguma austeridade, tendo como missão reduzir o passivo do Barça que atingira os 431 milhões no tempo de Laporta. Rosell conseguiu reduzir o passivo para 331 milhões no final do exercício 2012-13.
Em termos desportivos, a era Rosell manteve o Barcelona na rota do êxito. Uma liga dos Campeões em 2011 e dois ligas espanholas são alguns dos nove títulos conquistados pelo Barça nos últimos três anos e meio. Rosel foi menos exuberante que Laporta nas contratações, aproveitando a estrutura com base nos formandos de La Masia. Os maiores investimentos foram as contratações de Fabregas e Neymar. Foi ainda durante a sua gestão que o Barcelona teve, pela primeira vez na sua história, publicidade nas camisolas, com um lucrativo contrato com a Qatar Sports Investments.
O seu sucessor, Josep Maria Bartomeu, era até agora o “vice” responsável pelas contratações, transferências e renovações de contratos. Tal como Rosell, este empresário de 50 anos também esteve no Barcelona entre 2003 e 2005, como responsável pelo basquetebol dos blaugrana. Será presidente até 2016, quando se realizarem novas eleições.
Fonte: publico.pt
Rosell não respondeu a perguntas, mas avançou com algumas explicações sobre o que o motivou a apresentar a demissão, relacionadas com a transferência de Neymar do Santos para o clube catalão, cujos contornos foram contestados por um associado do Barcelona e que motivou uma investigação judicial. “Este percurso teve momentos complicados, para mim e para a minha família, sofri algumas ameaças e, nos últimos dias, sofri uma acusação injusta. A contratação de Neymar provocou a inveja dos nossos adversários”, disse Rosell.
Em causa, está o valor da transferência do internacional brasileiro. Rosell sempre disse que o Barcelona pagou 57,1 milhões de euros ao Santos para ter Neymar, mas a denúncia do sócio em causa, Jordi Cases, diz que a transferência poderá ter chegado aos 94,4 milhões. Quarta-feira, o juiz Pablo Ruz entendeu que havia matéria para ordenar a abertura de um inquérito à transferência do brasileiro por alegado desvio de fundos.
Da parte do Barcelona, entende-se que não foi cometida nenhuma ilegalidade e que a cláusula de confidencialidade nos contratos relativos à transferência foram uma imposição das outras partes interessadas e não uma iniciativablaugrana. A imprensa espanhola refere como o valor da transferência poderá ter “engordado” entre comissões e contratos paralelos: o El País fala em 7,9 milhões pelos direitos de preferência sobre três jogadores do Santos e mais nove milhões por dois jogos particulares; o El Mundo refere-se a um prémio de assinatura de dez milhões, mais 2,6 milhões de comissão para o empresário (que é o pai de Neymar) e 8,5 milhões de comissões para a família do jogador.
Presidente austero
Alexandre “Sandro” Rossel i Feliu, empresário catalão de 49 anos, chegou ao Barcelona em 2003, integrado na direcção liderada por Joan Laporta, mas abandonou o clube em 2005 por divergências com Laporta. A 13 de Junho de 2010, Rosell tornou-se no 39.º presidente do Barcelona, com mais de 60% dos votos. Os seus primeiros tempos na gestão do clube foram marcados por alguma austeridade, tendo como missão reduzir o passivo do Barça que atingira os 431 milhões no tempo de Laporta. Rosell conseguiu reduzir o passivo para 331 milhões no final do exercício 2012-13.
Em termos desportivos, a era Rosell manteve o Barcelona na rota do êxito. Uma liga dos Campeões em 2011 e dois ligas espanholas são alguns dos nove títulos conquistados pelo Barça nos últimos três anos e meio. Rosel foi menos exuberante que Laporta nas contratações, aproveitando a estrutura com base nos formandos de La Masia. Os maiores investimentos foram as contratações de Fabregas e Neymar. Foi ainda durante a sua gestão que o Barcelona teve, pela primeira vez na sua história, publicidade nas camisolas, com um lucrativo contrato com a Qatar Sports Investments.
O seu sucessor, Josep Maria Bartomeu, era até agora o “vice” responsável pelas contratações, transferências e renovações de contratos. Tal como Rosell, este empresário de 50 anos também esteve no Barcelona entre 2003 e 2005, como responsável pelo basquetebol dos blaugrana. Será presidente até 2016, quando se realizarem novas eleições.
Fonte: publico.pt
3 comentários:
Pena que no Benfica não haja nenhum sócio que tenha coragem para questionar negócios que por lá se têm feito e continuam a fazer! Talvez muita "porcaria" fosse encontrada!
24 de janeiro de 2014 às 12:56Imagina se eles tivessem vendido um roberto duas vezes
24 de janeiro de 2014 às 20:02Porque não o fazes tu, Águia Preocupada?
24 de janeiro de 2014 às 20:05Enviar um comentário
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